sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Rodopio


Vivo num rodopio que não controlo.
Rodopio que não seguro,
E não me importa.
Rodopio de valsas indançaveis,
De tangos incompletos,
De músicas inacabadas.
Rodopio nas palavras das tuas asas
Feito braços com que me abraças.
Feito mãos no rosto e com que me afagas.
Rodopio em bicos de pés,
Levada por teus sonhos,
Como meu amor que és.
Rodopio seguro e querido,
Desejado e amado.
Rodopio sem sentido,
Que em ti me perco,
Nas voltas dos corpos
Que juntos se entrelaçam,
Que juntos são apenas um.
Vivo num rodopio que não controlo.
Rodopio doce e suave,
De beijos feito.
Rodopio quente e estonteante,
Por entregas totais mantido.
Rodopio na vida, vida contigo repartida.

11/11/2011

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