terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Em jeito de mensagem de Ano Novo

Não há tempo como o tempo das emoções: é único e sem medida possível de ser medida.
Quase como a maré de um rio que sempre corre sem cessar e que sobe e desce sempre, sempre sem parar.
E as emoções são impossíveis de medir. Como medir a emoção que nos provoca o olhar da pessoa que amamos?...
Como medir a emoção que um beijo na boca, apaixonado nos provoca? E o tempo que demora?
Demora o tempo em que o gosto fica guardado no meu paladar? Ou demora o tempo que o separa de um outro beijo? Ou demora o tempo que o vou gravar na memória?
Ninguém sabe o tempo que demora. Demora diferente de mim para ti e de ti para outro alguém.
E as emoções são sempre tantas... E este foi um ano de emoções. De coisas menos boas, mas de muitas mais boas.
Foi um ano de revelações: de alguns mas, sobretudo, minhas. De me conhecer, de me saber, de aprender e de crescer.
E a cada novo ano aprendo que a vida é demasiado efémera para desperdiçar com a emoções que nos fazem menos bem, que nos puxam em vez de elevarem, que nos derrotam em fez de nos fazerem vencer. Emoções que pretendo e faço com que sejam de tempo curto – já que não as posso evitar ou fazer desaparecer.
E a cada novo ano cresço como pessoa melhor que ambiciono ser e tornar-me cheia daquelas emoções que se pretendem reviver e fazer demorar, se possível todos os dias até morrer.
Emoções que se mantenham suspensas no tempo, disponíveis para serem abraçadas e nos fazerem viver.
Emoções carregadas de esperança. Cheias de Amor. Plenas de felicidade. Sorrisos e lágrimas de tanta e imensa alegria.
E nada disto seria possível sem ti, que a cada dia me acompanha, “vive” os meus dias e me ajuda.
E é isto que te desejo, nada menos que isto: emoções que perdurem no tempo sem tempo.

FELIZ 2015

domingo, 28 de dezembro de 2014

Toco. Sinto.

Toco,
A pele que se arrepia
No pensar do que seria,
Sentir o teu beijo,
Quente na boca...
Que para ti se entreabria.

Sinto,
O desejo molhado
No sexo pronto e preparado
Para te receber,
Dentro deste ventre
Que te quer pertencer.

Toco,
Com os dedos de mim molhados
Nos teus doces e suaves lábios
Para te excitar os sentidos,
Te enlouquecer
E aumentar a líbido.

Sinto,
O teu desejo a aumentar,
O teu corpo com o meu a vibrar
E a te(n)são quase,
Quase a culminar
Nesse momento ansiado,
Esperado,
De um orgasmo,
Intensamente partilhado.
 
28.Dez.2014

O desejo cresce

O desejo cresce
Ao sabor de um demorado beijo,
De línguas ainda tímidas,
Pouco entrelaçadas.
As mãos viajam,
Vagarosas,
Por cima da roupa que já incomoda,
E o corpo aquece,
Numa vontade que (quase) queima.
Os olhos falam essa linguagem
Que só os amantes conhecem,
E os sexos,
Já molhados,
Anseiam que se desapertem
Os laços que amarram conceitos
E se liberte a luxúria
De amar com todo o corpo
E sem culpas.
Deixar-se entregar,
Dominar e pertencer,
Todas as vontades satisfazer
Até chegar ao culminar do prazer.
E de novo beijar,
E de novo tudo voltar a acontecer.
 
28.Dez.2014

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Devagar




Devagar,
Mostra-me as cores do céu
E o brilho das estrelas,
A cada hora do dia
Para que possa guardar...
Nas memórias da vida.

Devagar,
Ensina-me a distinguir sabores
De frutas doces e amargas,
Coloridas ou cansadas
Como os altos e baixos da vida.

Devagar,
Toca-me docemente como a brisa quente de Verão
Ou como o teu beijo de paixão,
Toca-me tão forte quanto a chuva de Inverno
Ou como lágrimas salgadas escorrendo no rosto.

Devagar,
Que a vida é feita de momentos
E eu quero guardá-los,
Dentro do peito,
Na pele gravados,
Como nossos recordá-los.

Devagar,
Amor,
Leva-me a sonhar e a (te) viver.
 
 
15.Dez.2014

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Não fazes ideia




Há dias em que me apetece mandar tudo dar uma volta. Desaparecer com tudo e todos.
Principalmente todos.
Principalmente a ti . Mas assim, de boca cheia e sem vontade de olhar para trás.
Principalmente porque te amo mais que a mim.
Porque estou rendida e não gosto de me sentir assim, dependente, como se não falando contigo, o ar me faltasse e eu, este corpo, não respirasse.

Não imaginas. Não sentes. Não fazes ideia.

Odeio estas horas em que estamos separados, verdadeiramente separados. Verdadeiramente afastados de alma e mente. Verdadeiramente des-sintonizados como se fossemos uma estação de rádio a tocar músicas diferentes. Opostas.
Odeio esta falta imensa que me fazes quando não estás comigo.
Odeio este não estar e este viver suspenso a que me devotas.

Não imaginas. Não sentes. Não fazes ideia.

Preciso-te demais.
Quero-te demais.
Amo-te demais.
És tudo para mim. De uma forma que nem eu entendo.

Que nunca imaginei. Que nunca senti. Que nunca fiz ideia.

Há dias em que me apetece mandar-te embora. Sofrer de uma vez.
Esperar que não regresses nunca mais e eu possa viver sem este sufoco no peito.
Esperar que morra de vez e não renasça a cada olhar teu.
A cada beijo teu. Em mim.
Há dias, aqueles em que não estás comigo, que me apetece morrer.
E morro por culpa minha.
E morro por insegurança.
E morro por te sentir demasiado a falta.

Não imaginas. Não sentes. Não fazes ideia.
 
 
02.Dez.2014