terça-feira, 22 de novembro de 2011

Hoje sou pó...


Hoje sou pó...
Em pó me transformaste.
Em pó ficou o que sentia, o que sinto,
O que a vir poderia...
Hoje sou pó...
Largada ao vento,
Sem rumo, sem sentido,
Sem nada, nem um pouco de mim.
Levaste tudo.
Hoje sou pó...
Chega de ilusões.
Chega de pensar que é possível,
Que um dia poderiam tornar-se realidade
Os sonhos de tantas emoções.
Chega de sonhos.
Chega de ver o que não existe,
O que querias muito que existisse,
Mas quem mentiu não fui eu,
Mas quem fugiu não fui eu,
Mas quem voltou com subterfúgios não fui eu...
Hoje sou pó...
O pó da desilusão,
Do desencanto...
Hoje sou pó,
Largada num vento
Que não volta...

12/11/2011

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