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quinta-feira, 24 de março de 2022

Teu




Há dias em que a tua ausência me é demasiadamente dolorosa. Realmente sentida no imo do meu ser. Palpável.
Há dias em que não me sinto a viver. Em que o passar dos minutos é tão indiferente que nem me dou conta que já foram. E eu continuo aqui. Igual. Como que suspensa, no tempo, no sentir, no te amar.
E, no entanto, às vezes, tudo cai em mim. Tudo se torna real. Tudo parece ser, acontecer é, sobretudo, doer.
Sim, às vezes dói-me. Bem cá dentro. No mais íntimo do que sou.
Uma dor excruciante. Imensa. De (quase) morrer.
E as saudades... As saudades do que ainda tenho para te dar. Para contigo partilhar. Sentir. Amar.
E tenho tanto no que resta da minha vida e muito para além dela.
Porque o que sinto cá dentro é imenso. É enorme. É tão maior que eu...
É um amor imensurável. É eterno. É incondicional.
É teu.


Cat.
10.02.2022

quinta-feira, 17 de março de 2022

Difícil ser eu


Há dias em que é difícil ser eu, viver os meus dias, as minhas horas, os meus momentos e os meus sentires.
Há dias em que acordar é uma vontade remota. Em que sair da cama e ter de viver é uma... Obrigação.
Hoje é um desses dias.
Hoje é difícil ser eu.
Hoje é um dia em que queria ser outra pessoa qualquer, viver uma outra vida qualquer, ter um outro dia qualquer.
Talvez como a maioria das pessoas...
Hoje parei a ver as notícias e... Algo foi morrendo cá dentro. Acho que foi a alegria, não tenho a certeza. Mas algo foi morrendo ao longo das notícias, ao longo do dia.
O Mundo é um local maravilhoso, perfeito até... Não fosse o ser humano.
Temos tanto de belo como de horrendo.
Temos tanto de bom como de maléfico.
Somos uma espécie de anjo e diabo.
Somos de extremos. Pena é que um dos extremos está a destruir o que há de belo.
Um dos extremos está a dizimar o que de bom se conseguiu.
Um dos extremos está a matar e a aniquilar outros seres em tudo, a si, semelhantes. Por pequenos nadas disfarçados de grandes causas...
E isto mexe comigo. Cá dentro. No meu peito, na minha consciência, na minha razoabilidade.
Mas o meu mundo também tem destas coisas: de diferentes formas de estar, de viver, de olhar o outro e conseguirem dizimar sonhos, expectativas, planos, vidas... Pequenos gestos, pequenas palavras, grande soberba, desentendidos, grandes estragos... E eu, no meio. A desejar viver um outro dia qualquer, duma outra qualquer vida.

Cat.
2021.08.18

segunda-feira, 14 de março de 2022

(Im)Perfeita






(Im)Perfeita
Aos olhos de outros,
Aos teus
E aos meus.

Tentativas vãs
De tudo parecer
O que, na verdade,
Não o é.

Mostrar sorrisos,
Amarelos no sentir,
Imagens de felicidade
Que não podem existir.

Viver amarrada,
A quase tudo que não é,
Viver iludida,
Numa imagem criada,
Fingida,
Fabricada,
Mas de falsa beleza pintada.

Depois do rosto e de cara lavada,
Surge a (im)perfeição
Do que é,
Simplesmente,
Ser-se humana.



Cat.
2021.06.04

terça-feira, 16 de março de 2021

Mulher


 

Há subtileza
No andar de uma mulher.
Há sedução
No olhar de uma mulher.
Há desejo
Na boca de uma mulher.

Mas numa Mulher
Também há quereres
Que vão além da imaginação.
Há barreiras que se transpõem
E não regresso possível.

É uma prisão,
Em que todos os sentidos se elevam
E em que a entrega louca,
Total,
Luxuriante,
é inevitável!


Cat.
2020.05.21

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Gritar



Ahhhhhhhhhhhhhhh!

Gritar!
De boca bem aberta.
Até a garganta doer, até a saliva secar!
Expulsar o que me atormenta, o que não me deixa acalmar.
Só(mente) e apenas para a mente parar, deixar de pensar.

Sozinha.
Apenas eu e a minha companhia, os meus fantasmas do passado e do futuro.
Sem ouvinte, sem frases faladas, de apenas palavras balbuciadas sem sentido e sem razão.
Largadas neste ar que volto a respirar.

E chorar.
Compulsivamente.
Até os olhos fecharem de tantas lágrimas soltarem.
Purgar todas as dores, receios e anseios.
Lavar a alma nesse sal que vem de dentro, impuro, intenso e (sempre) libertador.

E (finalmente) poder descansar.
Dormir e sonhar com a esperança de que amanhã tudo irá melhorar.



Cat.
2018.12.15

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Todos os domingos


A manhã já se mostra lá fora com o sol ainda tímido para um dia de final de Julho. Talvez por isso os pássaros prolonguem o seu cantar até mais tarde, fazendo uma banda sonora descompassada mas que me embala. É Domingo e o som das pessoas na calçada não perturba esta sinfonia.

Cá dentro do quarto, apesar do fresco do dia, há um calor que me preenche, que me enche a Alma e o coração. O calor do teu abraço, do teu me querer e do teu me amar.

Olho-te, ainda dormes e consigo perceber nas poucas linhas do teu rosto, nos poucos cabelos grisalhos, como o tempo quase não passa por ti. E recordo o momento em que te reencontrei e te revi. E como tudo em mim estremeceu e eu soube, nesse preciso momento, que por ti, de amores, me perdi.

Olho-te e percebo que hoje, passados estes anos, te amo mais do que antes. Que apesar da rotina dos dias sempre iguais, das coisas chatas que nos aborrecem, das ideias que nos fazem diferentes, dos ideais que nos separam, é assim que eu te amo.

É por isso que eu te amo cada vez mais. É por isso que és tão perfeito para mim.

Porque me aceitas como eu sou: perfeitamente (im)perfeita!

Hoje, não vou deixar de te dizer o quanto me fazes feliz.

Hoje e todos os Domingos até ao fim da minha vida.

Cat.
2018.07.22

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Mergulhar em mim



É tempo de mergulhar em mim. De me descobrir, de saber quem verdadeiramente sou, de me destapar dos estigmas que me são impostos.
É o momento de parar a vida, de a suspender, de abrandar o ritmo do passar dos dias em que a rotina impera.
É a altura certa de perceber o que fui e o que não cheguei a ser, o que sou e o que não quero ser, o que em mim mudarei ou simplesmente manterei.
Um balanço de vida? Não. Sim. Talvez. Mas sem dúvida um balanço de mim, do que cresci e aprendi e, sobretudo, do ganho de consciência do que ainda preciso crescer. Dos medos que ainda preciso enfrentar, dos defeitos e falhas que ainda tenho de colmatar.
É tempo de me abraçar, de me aceitar, de me melhorar.




29.Abr.2016

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Despiu-se



Despiu-se.
A roupa do dia sufocava. A blusa apesar de fina e quase transparente aquecia-lhe a pele demasiadamente. Queimava de forma invisível e sem marcas capazes de comprovar o quão quente o corpo se encontrava.
A saia justa e de cor preta escorregava pelas pernas de forma lânguida, sem vontade de se descolar daquele corpo.
Os sapatos ficam.
Os saltos agulha fazem-na sentir no topo do mundo,bela e segura nos passos que dá.
Despiu-se.
Deixou os preconceitos caírem com a roupagem. Desfilou e admirou o corpo (im)perfeito de quem já não tem 20 anos mas que sabe e admite do que gosta.
Sem julgamentos. Sem condenações. Sem receios de olhares alheios e de outras opiniões.
Despiu-se...
E nua se entrega ao prazer de (saber) ser Mulher!


30.Setembro.2015

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Ignorar

 
 
Ignorar,
Ela tem apenas que ignorar.
Tudo o que lhe faz mal,
Todos os que lhe fazem menos bem.
Seguir a vida sem parar...
A pensar se será normal
Viver com tudo o que a vida tem.
E a vida, essa,
Passa demasiado depressa,
Para se preocupar
Com o que pensa o mundo
Da sua forma de estar
Nos dias que correm
E nas horas que passam.
Que lhe importa o que pensam?
Que diferença lhe faz a opinião de gente
Que passa, na maior parte das vezes,
Indiferente
Ao sentir que lhe vai na alma?
Que importância têm os olhares,
De soslaio,
De pessoas que não conhece?
Que lhe importa se o corpo,
Cansado e gasto, já não obedece,
Já não responde com a mesma rapidez,
Embora no íntimo do seu ser,
Continua a viver e a aprender com a mesma avidez?
O que ela quer,
Mesmo que com o rosto marcado
Por lágrimas escorridas,
Sorrisos ao vento atirados,
Beijos tocados mesmo que (não) apaixonados,
É viver de cabeça erguida,
É olhar em frente
E seguir o dia-a-dia,
Com a clareza de que não é perfeita,
E a certeza que a alma dormirá tranquila.
 
 
 
27.Agosto.2015

quarta-feira, 19 de março de 2014

Sou

 
Sou pele que sente
O calor do teu abraço,
O arrepio do teu toque,
As gotas do teu cansaço.

Sou corpo que deseja
O sabor do teu beijo,
O marcar dos teus dedos
Em momentos de delírio.

Sou pecado personificado
De uma vontade sem limite,
Sou tentação da carne
Inventada, gerada e criada da tua fantasia.

Sou amante que se entrega
Nas mãos do seu senhor,
Sem que o medo a invada,
Sem qualquer receio de dor.

Sou luxúria que se estende
Por corpo,
Pele e mente,
Sou conquista assegurada
Num querer intenso,
Premente,
De te pertencer,
De,
De ti,
Querer sentir prazer!
 
 
17.Mar.2014

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Muito mais




Há uma vontade
Que cresce em mim,
Que me invade,
Que me quer dominar
O sentir e o pensar,
O querer e o fazer.
Uma vontade
Que me impele a seguir
Num caminho que faço meu,
Numa rota em que o destino
É somente um.
Uma vontade
Que não se explica,
Que não se entende,
Que não se controla,
Que cresce,
Que aumenta
A cada dia,
A cada hora.
Há uma vontade
De nos teus braços me entregar,
De na tua boca me perder,
De no teu corpo me encontrar
E, no teu peito adormecer,
Com a certeza que és mais,
Muito mais do que alguma vez
Pensei amar.
 
3.Nov.13

sábado, 27 de abril de 2013

Gente que sente

 
O que sou?
Sou gente que sente.
Um rosto marcado pelo tempo que passa.
Sou lágrima que não dói, que acompanha a calma.
Sou riso que magoa, que traz a desilusão na alma.
Sou verdade parcial num jogo de palavras.
Sou mentira superficial numa melodia de dor carregada.
Sou amor egoísta numa cama onde sou levada.
Sou culpa altruísta num abraço de alma curada.
Sou caminho que avança e muitas vezes está parado.
Sou andar seguro sobre arame fino.
Sou querer e não poder fazer.
Sou dar e muitas vezes mais, receber.
Sou a lua e o sol numa dança eternamente incompleta.
Sou imperfeita no agir, no falar e no ser.
Sou humana com todo o meu insuficiente saber e constante vontade de aprender.
 
23.Abr.13

terça-feira, 9 de abril de 2013

Incessantemente


Sou um corpo
Que se queda
Inerte,
Por vezes,
Sem sentido e sem sentir,
Sem querer e sem vontade.
Sou este viver sem vida,
Que respira e bombeia o líquido
Que nos faz avançar nos dias.
Sou um corpo,
Que desperta quando o odor
A laranjeira se liberta no ar,
Que sorri quando as frias gotas
De mar salgado me inundam as faces,
Que estremece e vibra perante o sorriso,
Inocente e puro,
De uma criança.
E que vive!
Hoje, amanhã e sempre
De coração completamente cheio,
De tudo que me faz sentir.
E de ti!
Vivo tão incessantemente cheia de ti!


1.Abr.13

Apenas

E no corpo apenas esta pele
Que me cobre por inteiro,
Um opaco véu que comanda,
Que desenha o contorno do que sou.
Uma matéria palpável
Que sente e vibra,
Que reage e se contorce,
Arrepia
Sob o vento da manhã fria.
E dentro do corpo esta alma
Que me inunda por inteiro,
Um pensar que controla,
Que se exprime nessas palavras
Habilmente articuladas,
Por vezes dissimuladas das dores
Prendidas no peito,
Ou puras e simplesmente verdadeiras.
Uma alma que sonha,
Que deseja e sente,
Que se compadece e revolta,
Que por vezes se deixa controlar
 Ou se entrega,
Sem sequer pensar.
E dentro de mim
Estas sensações,
Estes pensamentos que me fazem viajar,
Muito, muito para além de mim.
Desta carne que me confina os movimentos.
E eu sou corpo.
E eu sou Alma.
E eu sou grande e tão pequena...
1.Abr.13

quinta-feira, 14 de março de 2013

Sou


Sou o que sentes.
Uma alma carregada de sonhos.
Um olhar que transborda de emoções.
Uma boca que te inebria os sentidos.
Um coração que acelera ao sentir o teu odor.
Uma pele que se arrepia ao teu toque.
Um corpo pulsante de vida!


2.Jan.13

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Máscaras

Por vezes apaixonamo-nos pelas máscaras que criamos e vamos adorando a personagem que permitimos deixar crescer dentro de nós.

Como se fosse realmente verdadeira a forma de pensar e de agir e as palavras nascessem de forma natural como se sentidas.

E criamos um mundo de ilusões que vai crescendo em forma de fantasias demasiado reais para serem apenas fruto do nosso mais profundo desejo.

E as palavras dos outros soam ao que lhes queremos ouvir, raramente ao que na realidade querem dizer pois o nosso mundo é tão perfeito nessa imensa mescla de ilusões que nada o pode macular.

Mesmo que sejamos nós a maior nódoa no nosso pano. Mas aí, as desculpas e as justificações são as mais sinceras e verdadeiras aos olhos de todos. Em especial dos nossos.

Habitualmente o sofrimento causado por terceiros é o grande culpado. Sim, é tão fácil desculparmo-nos os falhanços e más decisões colocando o ónus nos outros.

Sim, há quem esteja apaixonado pela sua própria máscara e não consiga assumir os seus erros e falhas. Os seus defeitos e acções menos acertadas.

E aponte o dedo a quem, por qualquer motivo tem uma acção menos própria, menos perfeita do ponto de vista inteiramente parcial da perfeição que a máscara criou. Nem que a acção seja igual a tantas que já tivemos.

Mas a minha máscara e a que vejo todos os dias ao espelho sem a maquilhagem dos teatros em que alguns são meras personagens secundárias em que se acham o centro do mundo.

Não sou apaixonada pela minha máscara: é real e deixa marcas neste rosto que o tempo vai teimando em não conseguir mascarar.
Marcas do assumir que o erro faz parte de mim e que com ele tenho de viver, aprender e não sempre os outros culpabilizar.

E tu? Já aprendeste a não te mascarar e a assumir que também consegues perfeitamente errar?
16/09/2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Por vezes...


Por vezes canso-me de mim própria e imagino-me sendo tudo o que não sou.
Como se encarnasse uma personagem com forma de pensar e sentir e agir e reagir diversas da minha.
Uma personagem onde posso ser tudo o que quero e não quero ensaiando reacções e respostas que na minha pessoa diária jamais faria.
E olho-me assim, de frente ao espelho do que não sou. Um reflexo de uma outra eu, uma mim sem o que sou.
Sim, por vezes quero ser muito diferente do que sou, mas o espelho que reflecte a minha pele não me mostra algo que eu goste. Apenas porque é falso. Trabalhado. Manipulado.
E vou retirando as características que fui criando para parecer outra que não eu.
Uma a uma.
E sobro eu.
De novo.
Com os defeitos que não consigo mudar e as qualidades que me são fiéis.
Não há maior vergonha que ser alguém que não somos.
E eu sou o que sou.
Sem máscaras que sempre acabam por cair...
23/08/2012

terça-feira, 3 de julho de 2012

Alguém



Sou apenas alguém.
Alguém que é pele e carne, um corpo mais que se movimenta nas ondas de gente que deambula pelas ruas.
Alguém que sente os dias, as horas, os minutos como todos os outros: passando. Umas vezes rápido demais, outras demasiado lentos.
Alguém que vai construindo sonhos que se vão concretizando, que vão ficando pelo caminho, que se vão renovando em outras metas, realizáveis ou não.
Sim, eu sonho e desejo. Não vivo os dias por viver. Por vezes posso me esquecer de viver os meus sonhos, colocá-los em prateleiras que, por sua vez, vão ficando mais inacessíveis, culpa da escolha do caminho que vou percorrendo.
Mas acredito, que de um salto, maior ou menor, o sonho reservado, ali pendurado, estagnado, está ao meu alcance. Ao alcance de um querer, de um não desistir de me compreender e de me completar, concretizar. Porque os sonhos são pedaços de mim que vou largando, subtraindo dos momentos que não podem ser cumpridos, mas que não quero, de todo, para sempre perdidos.
E tu? Tu tens os teus sonhos, tens o teu caminho e o teu tempo para dares o salto e não os deixares perdidos.
E eu? Eu quero saltar contigo de mão na mão e cair no mundo, numa vida que apenas contigo faz todo o sentido.


29/06/1012

terça-feira, 12 de junho de 2012

Reflexo


E o espelho? Que te diz o espelho quando o olhas? Que vês nele reflectido?
O teu rosto, as tuas feições, as pequenas imperfeições do tempo que teima em deixar marcas de sonhos desfeitos e dias felizes, de horas sem lágrimas e minutos emotivos.
Marcas que são visíveis como os sorrisos em perfeitos dias de Outono com folhas douradas caindo, como os cheiros da Primavera em flores de laranjeira e jasmim em jardins perfeitos de cores variadas que nos mostram a vida numa tela fulgente de sentidos que não precisam de sentido, apenas são e fluem sem pensar.
E o espelho? Que mais mostra esse reflexo? És o sonho que sonhaste? És capaz de te olhar, sem ter medo do que vês? Sem fugir da verdade que cada ruga te mostra?
És capaz de verdadeiramente te ver? Porque nada mais importa que não seja conseguires-te olhar e não fugir, esconder o que te mostra esse ser reflectido sem rodeios ou artefícios.
Quem és tu? Sabes dizer?
Sabes olhar e te perceber, compreender e, sobretudo, aceitar com todas essas imperfeições que nos moldam o ser?
E eu? Eu sei. Sei o que sou. O que me move. Os defeitos e as virtudes, muitas, poucas, algumas só. Mas sei que quando me olho, não fujo do que vejo, não me ausento de mim...
O que vejo é o meu (im)perfeito reflexo.

2012/06/05

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Na ponta dos dedos

Vivo na ponta dos dedos...
Dedos que escrevem palavras sem cor,
Palavras sem amor,
Palavras, meras palavras.
Vivo na ponta dos dedos...
Dedos que tocam sem sentir,
Que vivem sem viver,
Que não têm prazer.
Na ponta dos dedos
Que um dia já viveram,
Já sentiram, Já amaram!
Já tocaram lábios doces de mel,
Mãos de igual sentir e pedir,
Corpo de igual desejar inesquecível...
Na ponta dos dedos
Que hoje, vazios,
Nus de sentimentos,
São apenas dedos,
Perdidos no firmamento...
Na ponta dos dedos
Que anseiam por viver de novo,
Por de novo querer,
Que os faça renascer.
Mas esse poder,
Tem apenas o teu ser...