terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Em jeito de mensagem de Ano Novo

Não há tempo como o tempo das emoções: é único e sem medida possível de ser medida.
Quase como a maré de um rio que sempre corre sem cessar e que sobe e desce sempre, sempre sem parar.
E as emoções são impossíveis de medir. Como medir a emoção que nos provoca o olhar da pessoa que amamos?...
Como medir a emoção que um beijo na boca, apaixonado nos provoca? E o tempo que demora?
Demora o tempo em que o gosto fica guardado no meu paladar? Ou demora o tempo que o separa de um outro beijo? Ou demora o tempo que o vou gravar na memória?
Ninguém sabe o tempo que demora. Demora diferente de mim para ti e de ti para outro alguém.
E as emoções são sempre tantas... E este foi um ano de emoções. De coisas menos boas, mas de muitas mais boas.
Foi um ano de revelações: de alguns mas, sobretudo, minhas. De me conhecer, de me saber, de aprender e de crescer.
E a cada novo ano aprendo que a vida é demasiado efémera para desperdiçar com a emoções que nos fazem menos bem, que nos puxam em vez de elevarem, que nos derrotam em fez de nos fazerem vencer. Emoções que pretendo e faço com que sejam de tempo curto – já que não as posso evitar ou fazer desaparecer.
E a cada novo ano cresço como pessoa melhor que ambiciono ser e tornar-me cheia daquelas emoções que se pretendem reviver e fazer demorar, se possível todos os dias até morrer.
Emoções que se mantenham suspensas no tempo, disponíveis para serem abraçadas e nos fazerem viver.
Emoções carregadas de esperança. Cheias de Amor. Plenas de felicidade. Sorrisos e lágrimas de tanta e imensa alegria.
E nada disto seria possível sem ti, que a cada dia me acompanha, “vive” os meus dias e me ajuda.
E é isto que te desejo, nada menos que isto: emoções que perdurem no tempo sem tempo.

FELIZ 2015

domingo, 28 de dezembro de 2014

Toco. Sinto.

Toco,
A pele que se arrepia
No pensar do que seria,
Sentir o teu beijo,
Quente na boca...
Que para ti se entreabria.

Sinto,
O desejo molhado
No sexo pronto e preparado
Para te receber,
Dentro deste ventre
Que te quer pertencer.

Toco,
Com os dedos de mim molhados
Nos teus doces e suaves lábios
Para te excitar os sentidos,
Te enlouquecer
E aumentar a líbido.

Sinto,
O teu desejo a aumentar,
O teu corpo com o meu a vibrar
E a te(n)são quase,
Quase a culminar
Nesse momento ansiado,
Esperado,
De um orgasmo,
Intensamente partilhado.
 
28.Dez.2014

O desejo cresce

O desejo cresce
Ao sabor de um demorado beijo,
De línguas ainda tímidas,
Pouco entrelaçadas.
As mãos viajam,
Vagarosas,
Por cima da roupa que já incomoda,
E o corpo aquece,
Numa vontade que (quase) queima.
Os olhos falam essa linguagem
Que só os amantes conhecem,
E os sexos,
Já molhados,
Anseiam que se desapertem
Os laços que amarram conceitos
E se liberte a luxúria
De amar com todo o corpo
E sem culpas.
Deixar-se entregar,
Dominar e pertencer,
Todas as vontades satisfazer
Até chegar ao culminar do prazer.
E de novo beijar,
E de novo tudo voltar a acontecer.
 
28.Dez.2014

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Devagar




Devagar,
Mostra-me as cores do céu
E o brilho das estrelas,
A cada hora do dia
Para que possa guardar...
Nas memórias da vida.

Devagar,
Ensina-me a distinguir sabores
De frutas doces e amargas,
Coloridas ou cansadas
Como os altos e baixos da vida.

Devagar,
Toca-me docemente como a brisa quente de Verão
Ou como o teu beijo de paixão,
Toca-me tão forte quanto a chuva de Inverno
Ou como lágrimas salgadas escorrendo no rosto.

Devagar,
Que a vida é feita de momentos
E eu quero guardá-los,
Dentro do peito,
Na pele gravados,
Como nossos recordá-los.

Devagar,
Amor,
Leva-me a sonhar e a (te) viver.
 
 
15.Dez.2014

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Não fazes ideia




Há dias em que me apetece mandar tudo dar uma volta. Desaparecer com tudo e todos.
Principalmente todos.
Principalmente a ti . Mas assim, de boca cheia e sem vontade de olhar para trás.
Principalmente porque te amo mais que a mim.
Porque estou rendida e não gosto de me sentir assim, dependente, como se não falando contigo, o ar me faltasse e eu, este corpo, não respirasse.

Não imaginas. Não sentes. Não fazes ideia.

Odeio estas horas em que estamos separados, verdadeiramente separados. Verdadeiramente afastados de alma e mente. Verdadeiramente des-sintonizados como se fossemos uma estação de rádio a tocar músicas diferentes. Opostas.
Odeio esta falta imensa que me fazes quando não estás comigo.
Odeio este não estar e este viver suspenso a que me devotas.

Não imaginas. Não sentes. Não fazes ideia.

Preciso-te demais.
Quero-te demais.
Amo-te demais.
És tudo para mim. De uma forma que nem eu entendo.

Que nunca imaginei. Que nunca senti. Que nunca fiz ideia.

Há dias em que me apetece mandar-te embora. Sofrer de uma vez.
Esperar que não regresses nunca mais e eu possa viver sem este sufoco no peito.
Esperar que morra de vez e não renasça a cada olhar teu.
A cada beijo teu. Em mim.
Há dias, aqueles em que não estás comigo, que me apetece morrer.
E morro por culpa minha.
E morro por insegurança.
E morro por te sentir demasiado a falta.

Não imaginas. Não sentes. Não fazes ideia.
 
 
02.Dez.2014

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Apenas sentir-te

Apenas sentir-te...
Aqui, junto deste corpo que é o meu,
Que vive e respira um ar
Que se torna teu.
 
Apenas sentir-te...
Assim, a envolver-me a pele desnuda
Que se arrepia ao sabor do teu respirar.

Apenas sentir-te...
Tocando-me num abraço que,
De tanto desejar,
Se torna uma marca em mim,
Uma droga viciante,
Que desejo eternizar.

Apenas sentir-te...
Invadindo-me os sentidos,
Percorrendo-me a carne com os dedos,
Tomando-me o corpo como teu,
Fazendo-me querer ser tua,
Entregue a um mundo
De pura,
Intensa e insana loucura.

Apenas sentir-te...
E amar-te.
 
28.Nov.2014

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

É na tua boca

 


É na tua boca que me morrem todas as palavras...
Todas as que tento verbalizar
E que não cabem dentro de mim.

É na tua boca que me morrem os sentires...
Todos os que nascem em mim
E que são criados por ti.

É na tua boca que me morre o amar...
Todo esse sentimento que transborda de mim
E que não pára de aumentar.

É na tua boca que me morrem todos os beijos...
Todos os que a boca pede para as saudades matar
E que me agarram como um doce viciar.

É na tua boca que me morre o corpo...
Toda a pele e toda a carne entregue a ti,
À tua vontade louca e intensa de me amar.

É na tua boca que toda eu morro...
Num a ti me entregar,
Dar, ser e viver,
De prazer quase morrer
E de novo, em ti,
Renascer!
 
 
26.Nov.2014

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Viver

 
A tarde vai passando, lenta ao ritmo de um tempo que não se mostra, que não se cansa em demorar-se, em ficar como que suspenso.

E eu tenho a urgência de quem ama em mim. De quem deseja que o dia passe nessa pressa de quem tem para onde voltar.

E eu tenho um lugar que me espera, que me acolhe, que me faz sua. Como o mar acolhe o rio que não pára de deixar as suas águas correr.

E eu tenho em mim essa vontade de correr, de me soltar desefreada num caminhar que em ti termina.

E eu temino e começo em ti. Estranho, eu sei, mas é assim que me sinto contigo, nos teus braços: pequena e imensa, doce e segura, menina e mulher.

A ti chego menina frágil e em ti Mulher me faço. No caminho que construímos e nas memórias que vamos criando, partilhando e fazendo nossas.

E tua eu sou por completo, num amor que me invade de felicidade a alma, o ser e o viver.
 
 
14.Nov.2014

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Thoughts XXVII


As piores saudades são as de quem ama: ainda o "até já " não se soltou da boca e já se sentem na alma...


13.Nov.2014

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

És parte de mim

És parte de mim,
Do meu ser e não,
Jamais,
Me conformo.

Essa forma como de mim,
Do meu ser,
Do corpo e da Alma,
Te apoderaste.

És parte de mim,
Do que sou,
Do que faço,
Do que vivo e revivo
E do que sonho também.

Invadiste-me com esse
Inexplicável poder
De um olhar que me fala,
De um sorriso que me abala,
De um abraço que me consola.

És parte de mim,
Da minha pele
Quando me arrepio,
Do meu corpo
Quando me tomas,
Da meu ser por completo
Quando me Amas.

Ah! E como me amas,
Como me fazes plena,
Como me fazes, sem rodeios,
Num momento,
Objecto do teu prazer,
Tua escrava sem querer,
E no outro,
Tua Amada Deusa,
Tua Senhora.

És parte de mim,
Como poderias não ser?!
De tão entranhado que me estás,
De tão vivo e presente,
De tão que me fazes sentir
Mulher!
 
 
07.Nov.2014

Apeteces-me



Apeteces-me,
Sem explicações,
Sem questões ou sermões,
Sem culpas, sem perdões.

Apeteces-me,
Com a mesma vontade,
Essa,
Imensa,
Intensa,
Louca e luxuriante,
De quem,
Esfomeado de uma vida
Errante,
Se quer saciar para sempre.

Apeteces-me,
E provo-te como a ninguém,
E o teu sabor em mim permanece,
Como se uma droga fosse,
Viciante.

Apeteces-me,
Quero-te,
Desejo-te,
E as palavras são parcas,
São poucas,
Demasiado pequenas.
 
 
07.Nov.2014

terça-feira, 4 de novembro de 2014

A cada novo dia


Espero-te a cada novo dia como no primeiro.
A ansiedade do toque,
A expectativa do beijo,
O acelerar do coração que, louco,
Se apaixona.
E tudo renasce,
E tudo se renova,
Naquele instante,
Em que os meus olhos
Alcançam os teus,
A cada novo dia.
 
 
04.Nov.2014

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

E é isto...

 

No desenho dos lábios


É no desenho dos lábios,
Apelativos,
Que a vontade ganha
Gosto.

É no questionar do olhar,
Apaixonado,
Que o coração bate
Descompassado.

É no percorrer dos dedos,
Suaves,
Que se perde o rumo
Do querer.

É no deslizar da língua,
Quente,
Que a resistência da pele
Se deixa conquistar.

É no encontro dos sexos,
Húmidos
Que o desejo domina
E os corpos,
Lânguidos,
Se tornam apenas um
Numa dança única,
Num frenesim que leva o pensar
A deixar de existir,
Apenas o sentir tem poder,
Apenas a entrega tem razão de ser.

É no culminar do orgasmo,
Louco,
Intenso,
Vibrante,
Que tudo faz sentido,
Que tudo se torna claro:
Que eu te pertenço,
Que eu te venero,
Que eu sou,
De corpo e alma,
De pele e coração,
Tua,
Completamente tua.
 
 
29.Out.2014

sábado, 25 de outubro de 2014

É esse o momento

É esse o momento.
Sim, o que mais lhe custa. O que dura horas sem fim.
O que lhe deixa um aperto no peito, um vazio no ser.
O que deseja nunca acontecer. O que lhe faz a Alma doer e o coração (quase) deixar de bater. O sangue parado, (quase) sem correr.
Sim, é esse o momento.
Em que o corpo se abandona num leito, ainda morno do frenesim de ser amado.
Num leito feito de palavras juradas em conjunto. Feito de beijos. Curtos e pleno de significado, como um "amo-te". Longos e carregados de intensidade, como um "vivo-te". De línguas que se tocam numa batalha sem vencidos, como um "provo-te".
E a memória ainda vive nos olhos.
E o sabor ainda se encontra na boca.
E o sentir ainda mora na pele.
E o prazer ainda se sente no corpo.
É esse o momento. O que mais lhe custa.
Aquele em que ele a deixa solitária. A deixa sozinha. Até ao fim do dia, desse mesmo dia.
Porque esperar longe por quem se ama, é como se doesse.
Porque esperar longe de quem se ama é o momento que mais custa.
Sim, é esse o momento.
 
 
25.Out.2014

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Hoje viajo ao som de...

Aleah - "Breathe"
 

Breathe my name, what does it say?
On your tongue, how does it taste?
When it pulses through your veins
Tell me if you feel the same

Say my name, what does it tell you?
Trust your heart for it remains true
When all else seems to delude you
You will Know what lives inside you

Breathe -- For in your breath you will find me
I will
Grace you -- Beyond your wildest dreams
I am here - You would never believe
If you knew - just how I know you in me.

Breathe my name when you are lonely
I'll be there if you will let me
Feel my warmth as I caress you
Feel my lips and let them bless you

Breathe -- For in your breath you will find me
I will
Grace you -- Beyond your wildest dreams
I am here - You would never believe
If you knew - just how I know you in me.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

E é isto...




Esgotam-se as palavras




Esgotam-se as palavras.
Por vezes sem explicação,
Ficam presas no peito,
Num sufocar que não se solta,
Num receio de não perdão.

Esgotam-se as palavras.
Feitas de um silêncio que se grita,
Inaudível no falar dos sentimentos
Que se acumulam,
Insanos feitos (de) tormentos.

Esgotam-se as palavras.
E o que se sente
Guardado,
Embrulhado
Num nó de palavras
Que, mesmo intensas,
São tão demasiado pequenas.

Esgotam-se as palavras.
E tudo aqui dentro
É um burburinho sem fim,
É um sentir que não se explica,
É um crescer que não se controla,
É um amar que extravaza,
Que não se contém ou detém,
E, as plavras,
Essas,
Esgotam-se perante tamanha imensidão.
 
 
16.Out.2014

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Dicinonário de coisas simples XX




E o lamber?
O lamber é percorrer o sabor da tua pele
Que me inunda os sentidos,
Estremecendo-me o corpo.

E o saborear?
O saborear é manter-me presa
Aos teus lábios molhados
De um sabor único,
Que me vicia.

E o sorver?
O sorver é ter em mim
Fome e sede de ti,
E de ti, nunca,
Jamais, me saciar.



14.Out.2014

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Jamais pensante




Há um vazio nas palavras que não se explica. Um vazio que as preenche por inteiro, lhes tira o significado, o poder do dizer.
Palavras que nos inundam a vida de sonhos, de desilusão, de sentir e de uma dor feita de mágoa.
Palavras que nos definem, que nos orientam e programam. Que nos fazem ser ou, em última instância não ser e não fazer.
Palavras que sós, que sendo de outros, se tornam em um todo nada. Um nada que se mostra demasiado potente para nos... Me reduzir a uma insignificância sem valor.
De que adianta transpôr sentimentos e estados de espíritos, tão voláteis como as palavras que os representam, que os demonstram no papel, no ecrã de um qualquer gadget ...
De que adianta tentar mostrar que sou cheia de tanta coisa e no fim, não passar de nada?
As palavras não nos fazem, não nos definem, não nos representam. Nem o que pensam de nós. Nem o que pensamos dos outros.
O sentir é único. É egoísta. É só meu.
E eu sou o que vivo. O que a vida me dá a conhecer. Um mundo mais ou menos pequeno de vivências que são apenas minhas, que interpreto de acordo com o que sei, com as palavras que conheço, com o tão vazio e inadequadas que são para tanto que penso e que sinto.
Deveria inventar novas palavras todos os dias. Não para que me compreendam o sentir ou o que sou, mas para que não me sentisse vazia e pequena no vocabulário que há.
Deveria deixar de ser tanto para transmitir em tão pouco.
Deveria pensar dentro do que já existe sendo apenas um ser vivente. Jamais pensante...
 
 
08.Out.2014

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Dicionário de coisas simples XIX




E o viver?
O viver é o sentir o corpo
Quente a arrepiar
Com a brisada tua boca
Quase a me beijar.

E o amar?
O amar é o coração
Quase a rebentar
De uma inexplicável emoção
Quando te (pres)sente a chegar.

E o morrer?
O morrer é um quase deixar de respirar
Quando o teu corpo no meu
Encaixados,
Vibram de prazer,
Potenciado pelo nosso
Único e (e)terno amar.
 
 
06.Out.2014

E é isto...




sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Morria




Sem a tua pele na minha
A vida todo o sentido perdia
E o sol deixava de brilhar
E a lua,
Solitária,
Morria.

Sem a tua pele na minha
O respirar seria de uma lentidão imensa,
Deixava-me sufocar,
Feito nó na garganta
Sem que o ar pudesse passar.

Sem a tua pele na minha
O corpo deixava de ser sangue
Vermelho, vibrante,
De ser carne que se entrega
Ao prazer de um toque,
De um abraço,
De nos lábios se permitir um beijo,
De no sexo,
Já húmido e sedento,
Sentir esse intenso desejo
De ser domada e tomada,
De ser tua e te ter meu,
E tudo o resto
Ser igual a
Nada.

Sem a tua pele na minha,
Sem o teu olhar no meu,
Sem os teus beijos perdidos nos meus,
Sem a tua entrega mesclada na minha,
Sem o teu Amor pertencer ao meu,
A minh’Alma morre despida,
De todo o sentir desprovida,
Morre abandonada e fria...
 
 
03.Out.2014

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O acordar das vontades




É o vazio que se esvai
Com o correr de um rio
Que não se prende,
Que nunca se contém.

É o calor que invade
A pele que se desnuda
E se entrega ao sabor
De um quente feito de mãos.

É o preencher de um corpo
Percorrido por dedos
Ora sábios e delicados,
Ora indecisos e prementes.

É o acordar das vontades
Que se escondem dentro
De um peito suspenso no respirar
De um beijo doce, imponente.

É o saber entregar
Cada recanto do meu ser,
É o saber receber,
Cada momento,
Cada minuto parado no tempo,
Carregado deste,
Único e louco prazer,
Que é te pertencer.
 
 
29.Set.2014

E é isto...




sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Perder noção, razão e pensamento






 

A vontade percorre o corpo,
Largado sem cuidado
No leito desfeito
Onde já foi amado.
Invade a pele,
Empregnada do odor
De quem se entrega,
De quem não sente o pudor.
Incendeia o sexo
Húmido de tanto querer
Voltar a sentir
O doce sabor,
Desse enorme prazer
De ser tomada,
Tocada,
Penetrada e domada
Com esse fervor
De quem perde a noção,
A razão e o pensamento.
 
 
26.Set.2014

E é isto...




quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Preciosos diamantes

 


E no arrepio da pele
Há memórias que regressam,
Sob o nome do contorno de um corpo,
Ausente,
Que se faz real,
Num pequeno e intenso instante.

Os olhos cerram-se,
Recordando cheiros das peles
Que se tocam,
Em prementes apertos
Feitos de dedos que deslizam sem grandes custos.

E nos lábios,
Guardado na boca,
O sabor de beijos trocados,
Da pele pela língua percorrida,
E das gotas de corpos suados
Aquando do amar partilhado,
Do prazer luxurioso efectivado.

E o corpo estremece
Perante este avivar
De sentires,
Intensos, delirantes,
Por ela guardados,
Como preciosos diamantes.



17.Set.2014

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Saudades

 
 
 
 
 
Há ausências demasiado grandes
Que se revelam, não no tempo,
Não no passar dos dias,
Mas nas saudades.
Ausências que a memória
Se recusa a apagar,
Se nega a esquecer,
Se obriga a lembrar.
O toque dos lábios nos dela,
A saliva quente na sua mesclada,
O gosto de um beijo,
Único, de bocas que se conhecem.
O odor dos corpos acabados de se amar,
Nessa união de vontades,
Nessa fusão de prazeres.
O som da sua voz debitando palavras,
Soltando sorrisos,
Falando de sonhos com ela partilhados.
O toque das mãos roçando no rosto,
Acariciando o cabelo,
Enquanto mergulham olhos nos olhos,
Como se as Almas fossem
De um azul mar, profundo.
E as saudades são muito mais reais que
Recordações gravadas na pele,
Feridas abertas nos corações
 
 
04.Set.2014
 

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

XXIV Verdade Irrefutável


Muitos podem ter o meu corpo... Poucos terão a minha Alma, pois que nela está o meu mais precioso bem: este amor incondicional por quem me ocupa o coração!


01.Set.2014

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Quase não tem valor









Há uma brisa no ar
Que a envolve nesse aroma
Que a faz viver o amor
Desse homem que ela relembra.
O paladar desperta o gosto
De beijos trocados ao luar,
De abraços que foram demasiado curtos,
Que desejaria ter feito durar.
A pele volta a arrepiar
Ao imaginar os seus dedos,
Deslizando ágeis, certeiros,
Pelo seu corpo a desenhar
Tatuagens fictícias de fantasias
Que na cama de ambos tinham lugar.
E o corpo padece da ausência
Como a Alma desse amor,
O coração apenas bate
E a vida,
Essa,
Quase não tem valor...










11.Agosto.14

Para sempre, perdida



E o medo invade-a
Como uma onda que se agiganta,
Dentro do corpo,
Crescendo intenso até à garganta.
O medo de ser esquecida,
Mais uma no rol das amadas,
No desfile de mulheres deitadas naquela cama,
Sem mais nada que lhes una as almas.
Medo de agora ser um retrato,
Guardado sem zelo,
Perdido no meio de outros tantos,
Guardados na memória do que foram um dia.
Medo de não já não ter importância
O que lhe chamaram um dia:
Deusa, Mulher perfeita,
Insubstituível e magnífica...
Mas sobretudo medo,
Medo de que este amor por ele não passe,
E ela fique nele,
Para sempre,
Perdida.



4.Agosto.14

Ali, presente


Há momentos
Em que a pele ainda recorda
Os arrepios de um deslizar de dedos,
De um toque que a vontade denuncia. 

E a boca é onde o seu sabor perdura,
Guardado no recanto da memória,
Como uma iguaria,
Impossível de copiar, única.

O corpo, esse, oscila,
Ondula ao sabor dos dedos
Que invadem os recantos,
Outrora secretos e
Por ele,
Pela sua língua,
Descobertos.
Há momentos em que as saudades
Suplantam a memória
E ela,
Ela sente-o
Como se estivesse
Ali,
Presente,
Dentro dela.


31.Julho.14

Quere-o



Quere-o,
Com uma vontade crescente,
Com um desejo que lhe consome a mente,
Que a absorve e invade por todo,
Completamente.

Quere-o,
De novo nos seus braços,
Entrelaçando-o nesses abraços
Que o seu corpo tenta,
De todas as formas,
Abranger,
Por inteiro.

Quere-o
Ao seu sabor,
Misturado no seu palato,
Molhado, Inundado,
Pelo seu beijo,
Mesclado com o salgado da pele que goteja
De tanto calor provocado
Pela emoção de se amarem.

Quere-o
De forma urgente,
Premente de quem ama
Com a alma, o corpo e a mente,
Como se nunca fosse suficiente,
Como se o cansaço não se acumulasse,
Não se sentisse,
Não se fizesse presente.

Quere-o
Como se o agora fosse ontem
E o amanhã,
Esse,
Nunca visse a sua hora chegar!



28.Julho.14

Ainda se sentem




Ela ainda o sente
Pulsando dentro de si,
Dentro do seu ventre quente,
Molhado de um prazer sem fim.

Ele ainda estremece
Em subtis convulsões,
Que só dois corpos conhecem
Aquando uma entrega assim.

Eles ainda se beijam,
Ainda se tocam
Procurando perpetuar
O momento perfeito
De um no outro se amar,
De dois num só se tornarem.



28.Julho.14

Labirintos




Os teus olhos são de mar,
Salgado e frio
Penetrando no meu olhar,
Perscrutando-me os sentidos,
Adivinhando-me o pensar.

Na pele há arrepios
De caminhos percorridos,
Sulcos vincados de destino
De dois corpos abraçados. 

Mãos fortes, grandes
Agarrando-me pedaços,
Marcando-me a alma,
Numa entrega para além do físico,
A esses teus dedos
Suaves e delicados,
Em mim, deslizando.

E os teus lábios,
Doces,
Quentes,
Molhados,
Os teus lábios são labirintos.



22.Julho.14