quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Hoje viajo ao som de...




"Last Dance"

Tell me lies and lullabies but don't tell me to change
Don't give me that face

Sick with hope, cracks in this heels
Bitter seal fashioned from steal

Ohh this last dance,
Turn away (turn away)
Ohh this last dance (this last dance)
To walk away (to walk away)

Tell me lies and lullabies but don't tell me to change
Don't give me that face

These oily feathers prepped for a fight
Game on, game on, game on tonight

Ohh this last dance,
Turn away (ooh, turn away)
Ohh this last dance (this last dance)
To walk away (to walk away)

This last dance,
It's tough to face (it's tough to face)
It's tough to face (it's tough to face)
This last dance (this last dance)
This last dance (this last dance)
It's tough to face (it's tough to face)
It's tough to face (it's tough to face)
This last dance (this last dance)
This last dance

Tell me lies and lullabies but don't tell me to change
Ooh, don't give me that face...

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Hoje viajo ao som de...






Don't, don't believe what they say
'Cause I just knew new every day
It said plain around
Take me back and not too far
Don't believe what they say
'Cause life
I feels knew every day
I don't
Don't believe what they say
Let me say
In my sweet in bed
in my life
all say
in the bus on the ground
in the air in the sea
When I left
cried
trying to eat that was you
All I could see was you
They say, they say, they say
So let me say again allowed
Take me back
Without you
without us
without our love


E é na ponta dos pés que a vida se faz...



E é na ponta dos pés que a vida se faz...

Sabe que a sua vida está,
Fatalmente,
Na ponta dos pés. ...
No avançar segura e certa
Das decisões que toma,
Do caminho que sabe ter de seguir.
No parar e deixar-se estar
No lugar (não muito) seguro
Que o receio do futuro
Insiste em atravessar à sua frente.
Na ponta dos pés,
Que teimam em
Segurar-lhe o corpo
Sedento de aventura,
Aguentar-lhe o peso da
Ansiedade por descobertas
Que a levem mais além
Do que é,
Que a farão muito maior
Do que alguma vez foi.
Na ponta dos pés
Que avançam ao ritmo
Das (in)certezas
Do que é o fazer da vida.

28.Agosto.2015

Ignorar

 
 
Ignorar,
Ela tem apenas que ignorar.
Tudo o que lhe faz mal,
Todos os que lhe fazem menos bem.
Seguir a vida sem parar...
A pensar se será normal
Viver com tudo o que a vida tem.
E a vida, essa,
Passa demasiado depressa,
Para se preocupar
Com o que pensa o mundo
Da sua forma de estar
Nos dias que correm
E nas horas que passam.
Que lhe importa o que pensam?
Que diferença lhe faz a opinião de gente
Que passa, na maior parte das vezes,
Indiferente
Ao sentir que lhe vai na alma?
Que importância têm os olhares,
De soslaio,
De pessoas que não conhece?
Que lhe importa se o corpo,
Cansado e gasto, já não obedece,
Já não responde com a mesma rapidez,
Embora no íntimo do seu ser,
Continua a viver e a aprender com a mesma avidez?
O que ela quer,
Mesmo que com o rosto marcado
Por lágrimas escorridas,
Sorrisos ao vento atirados,
Beijos tocados mesmo que (não) apaixonados,
É viver de cabeça erguida,
É olhar em frente
E seguir o dia-a-dia,
Com a clareza de que não é perfeita,
E a certeza que a alma dormirá tranquila.
 
 
 
27.Agosto.2015

Hoje, aqui


Hoje, não há pensar.
Hoje, aqui, não há a rapariga que se assusta com as vicissitudes da vida.
Hoje, aqui, há uma mulher que sente na pele o desassossego das vontades que a carne anseia.
Os lábios que se molham, na ânsia de um beijo de língua.
Os dedos que deslizam desenhando a mais imprópria fantasia. Desprovida de sentimentos superiores de carinho e de amor. Amor, hoje, só ao corpo, à pele e ...ao sexo sem conta, peso e medida.
Sexo puro.
Sexo pelo prazer, mais do que (te) dar, de ter prazer.
Hoje, aqui, não há a frágil menina, a amada esposa.
Hoje, aqui, há a descarada e libertina, a mulher que seduz ao limite, a que te alimenta as fantasias, a que (quase) só imaginas poder existir.
E tudo que imaginas, hoje, há aqui, neste corpo que adora(s) sentir!
Hoje, aqui, há a (tua) puta que apenas (te) quer foder!
 
 
 
25.Agosto.2015

Quase


A tarde avança no seu correr habitual, com as horas a durarem o mesmo de sempre e os minutos a dominarem o tempo sem que passe ou avance mais ou menos devagar.

Não é Verão e o rio está da mesma cor do céu: um cinza sem vida, sem brilho, sem luz, sem chuva. Apenas se vislumbra vida quando as embarcações dão um ar da sua graça, movimentando, agitando e criando abstractos desenhos ondulantes nas sua...s águas.

Não há cheiros no ar, que o vento hoje está adormecido.

Não há pássaros a chilrear, que o sol não os convida a cantar.

Não há fotografias nas margens, que as cores das paredes das casas empalidecem.

Há contudo, uma letargia que se entranha em tudo. Como se fosse uma névoa, escurecendo, adormecendo, fazendo perder a vida em tudo quanto toca no seu quase imperceptível avanço.

Uma letargia que também me conquista, me desanima, me conquista numa guerra surda que não se faz sentir.

E o corpo apenas reage ao que olhos vão desvendando por entre o cinza, por entre os baços brancos e azuis quase mortos. E parece que pouco há para ver, que pouco há para sentir, que muito pouco há para viver... E o coração quase pára. Quase desiste de bater. Quase se deixa levar pela vontade de não resistir, de não querer vencer.

Quase.

Quase. Porque o (sobre)viver depende sempre de nós. Depende sempre do que há cá dentro do peito. E se há dias em que parece vazio, apertado e estreito, caregado de solidão ou tristeza infinita, outros há em que a vida mais alto grita, em que a vontade se agita e o sangue fervilha!

Não importa o dia lá fora.

Não importam as presenças ou as ausências, o brilho ou a escuridão, a felicidade ou a solidão. Importa o que sou e o que dou. Importa a diferença que faço no meu (tão pequeno e ínfimo) Mundo, na pessoas que amo.

E eu amo! Tanto que eu amo! Com todos os poros do meu corpo, com toda a força do meu ser, com todo o amor que a Alma pode conter!

E eu amo! Tanto que eu amo! E isto, por si só, é suficiente para querer voltar a viver.



11.Agosto.2015

O que custa é o vazio


O que custa é o vazio.

Não é o passar das horas, longas, demoradas, imensas.
Não é o recordar dos sorrisos, das palavras, dos abraços trocados.
Não é a memória que se recheou de cheiros, beijos, brisas no cabelo.

O que custa é o vazio.

Que inunda todo o corpo. De dentro para fora, de baixo para cima.
Que envolve sem piedade a Alma. Como um novelo que se enrola, enrola, enrola e nunca se desfia.
Que aperta num sufoco que a garganta não liberta.

O que custa é o vazio.

Do tempo que quase pára.
Da ausência da cor dos teus olhos.
Da falta do toque que me alimenta.

O que custa é o vazio.

O vazio de te ter e não parar de querer.
O vazio de me faltares mesmo quando me abraças.

O que custa é o vazio do medo de te perder...


23.Jul.2015

Estúpida



Estúpida, sinto-me estúpida.
Mas muito estúpida mesmo. Assim no nível mais alto da estupidez humana, tipo mestre da estupidez. É isso, é assim que me sinto.
Estúpida porque tento,uma e outra e outra e outra vez. Sempre, mesmo quando não há retorno.
Estúpida porque falo, primeiro o que sinto, depois o que não sinto - e é neste momento que alcanço o topo da estupidez. Falo o que não sinto para magoar, para atingir, para obter algum tipo de reacção, para te sentir vivo e não amorfo, fechado nos teus pensamentos que não conheço.
Estúpida porque exagero, no que é bom, mas extrapolo no menos bom.
Estúpida porque me arrependo de perder o norte.
Estúpida porque peço desculpa por ser tão estúpida e sinto-me estúpida por não ter qualquer retorno.
 
Estúpido ou não.
Estúpida porque mesmo com razão cedo sempre na tentativa da reconciliação. Cedo sempre ao sentir que em mim habita por ti. Cedo à vontade de sentir o teu abraço, o teu corpo a acalmar o meu, o teu me amar a unir-se ao meu.
Estúpida porque sofro mais do que devia. Porque me preocupo mais do que devia. Porque ninguém é perfeito e eu, eu tenho a estúpida da mania que tenho de o ser.
Estúpida porque ninguém consegue ser.
Estúpida porque tento,uma e outra e outra e outra vez. Sempre, mesmo quando não há retorno.
Talvez não seja estúpida o que me sinto... Talvez seja só frustrada. E cansada. E desanimada. E perdida. E estúpida por não ver que tudo isto vale, o equivalente, a nada...



09.Jul.2015

Dicionário de coisas simples XXII


E a saudade?
A saudade é o coração guardar o som da tua voz,
O toque da tua mão na pele,
O azul do teu olhar que me acalma e protege.

E o chorar?
O chorar são gotas de água,
Num sentir que me ultrapassa,
Que me inunda por completo
E me açambarca.

E o sorrir?
O sorrir é o gesto que me sai da Alma,
Consequência de um tão grande,
Imenso e intenso
(Te) amar.



06.Jul.2015

(In)Viver



A tarde vai fluindo ao sabor de um morno Verão, acariciado por uma brisa doce e leve.
O rio faz-lhe companhia com o seu correr lânguido e quase parado não fossem os barcos carregados de sorrisos e de palavras que soam a felicidade, espanto e encanto.
Palavras que têm falhado nos meus dias. Palavras que tenho sentido ausência. Palavras que se cobrem de vazio. De pesar. De lágrimas secas, que não rolam pelo rosto mas inundam o coração, a alma.
 
Palavras de saudade. Imensa. Que não se explica, que não se pode obrigar a deixar de sentir porque está cá, mora em mim, habita-me o ser. Cada vez mais, cada vez mais forte, mais vincada e presente.
 
Ao ponto de não me deixar (quase) viver...
 
Ao ponto de até as palavras não serem suficientes...
 
De serem, completa e efectivamente, inúteis.
 
E o silêncio domina, mente e pensamento. E a inércia é senhora do corpo e da vontade.
 
E os dias não passam de momentos em que a vida (quase) não é sentida.
 
 
 
03.Jul.2015

Pedir-te

Pedir-te,
Vou pedir-te que saias.
Que saias dos meus minutos mais ínfimos,
Das minhas horas mais longas,
Da minha vida.

Vou pedir-te que saias,
Dos momentos em que só tu me alentas,
Das memórias que só tu alimentas,
Das minhas recordações.

Vou pedir-te que saias,
De cada instante que vivo,
De cada sorriso que crio,
De cada lágrima salgada que verto.

Vou pedir-te que saias,
Que deixes de comigo construir a felicidade,
Dos sonhos concretizarmos,
De viver a vida desejada.

Vou pedir-te que saias,
Que contigo leves as esperanças
E que comigo deixes as amarguras,
As incertezas e inconstâncias.

Vou pedir-te que saias,
Que me leves as lembranças
Do teu corpo no meu,
Da tua boca na minha,
Das promessas felizes.
Deixa-me com o coração carregado
Deste torpor que é amar-te
Mais que a tudo,
Acima de tudo,
Mais que a mim.

Vou pedir-te,
Vou pedir-te que saias,
Para que possas respirar
Despegado do sufoco
Que te causa o meu amar...
 
 
 
20.Jun.2015

Há no corpo


Há no corpo,
Bem no meio do peito
Um lugar onde te guardo,
Onde te trago comigo.

Há no meio de mim
Um sentir que não se perde,
Que não se esvai,
Que nunca perde a intensidade.

Há no corpo,
Presa no peito,
A saudade de ti,
Nos momentos distantes
Longe do me deitar no teu peito.

Há na pele
Memórias gravadas
De beijos e toques,
De entrega e posse,
De, de dois que somos,
Apenas ficar um.

Há na minha Alma
Um amor incondicional,
Que a ti me prende,
Me faz completa,
Inteira.

Há em mim,
Neste corpo,
Neste peito,
Nesta Alma,
A certeza que te pertenço,
Que é em ti que me completo,
Que em mim habitas,
Que é assim,
A teu lado,
Que feliz vivo!
 
 
 
16.Jun.2015