quinta-feira, 16 de março de 2017

Hoje viajo ao som de...



DUA LIPA - Hotter than hell

He calls me the devil
I make him wanna sin
Every time I knock
He can't help but let me in

Must be homesick for the real
I'm the realest it gets
You probably still adore me
With my hands around your neck

Can you feel the warmth? Yeah
As my kiss goes down you like some sweet alcohol
Where I'm coming from, yeah
It's the darker side of me that makes you feel so numb

'Cause I'm hot like hell
Does it burn when I'm not there?
When you're by yourself
Am I the answer to your prayers?
I'm giving you that pleasure heaven
And I'll give it to you

Hotter than hell
Hotter than hell

You're my manna from heaven
We all gotta get fed
Can let me know I'm wanted
Can let me in your head

I'm not here to make you kneel
But it's praise that I'll get
You ain't gonna walk free, boy
Not finished with you yet, no

Can you feel the warmth? Yeah
As my kiss goes down you like some sweet alcohol
Where I'm coming from, yeah
It's the darker side of me that makes you feel so numb

'Cause I'm hot like hell
Does it burn when I'm not there?
When you're by yourself
Am I the answer to your prayers?
I'm giving you that pleasure heaven
And I'll give it to you

Hotter than hell
Hotter than hell

What you do right there
You make me feel right there
When you lay me down right there
We just make it right there
'Cause you're looking so right there
Baby you should touch me right there
If you take me right there
We can make it

'Cause I'm hot like hell
Does it burn when I'm not there?
When you're by yourself
Am I the answer to your prayers? (hey, hey, hey, hey)
I'm giving you that pleasure heaven
And I'll give it to you

Hotter than hell
Hotter than hell
Hotter than hell (hey, hey, hey, hey)
Hotter than hell
And I'll give it to you
Hotter than hell

Submersa



Submersa.
É assim que me sinto. Hoje e sempre. Enquanto este sentir me invadir. Se fizer sentir.
Submersa.
Como que suspensa, leve, voando sem esforço pelo correr das horas. Dos dias. Do tempo que não me cansa.
Submersa.
Como que mergulhada num imenso oceano. Límpido. Transparente. Envolvida e protegida.
Submersa.
Apenas este amar que não se explica, impossível de retratar, de descrever, de algum dia poder acabar.
É fonte de vida aqui dentro.
Imenso, transborda de mim.
Intenso, sinto-o na pele, em cada poro.
Renasce a cada toque, a cada beijo.
Reforça-se a cada gemido, mas profundamente sentido, aquando do teu amar-me.
Submersa.
Em ti, por ti, em mim, por tudo o que significa a palavra "nós".




15.03.2017

terça-feira, 14 de março de 2017

E hoje viajo ao som de...



Streams of streets that seem to change you
But you know they'll always find you
No one ever really knows you
In light of the heart that beats over your head

Until you listen to it
Until you run right to it
There's no right way to do it
It's the light of the heart that beats over your head

Turn up the stereo
I can't hear when you talk so loud
I wanna go where ever it goes
I wanna be there in the red, red, red morning
I wanna be there in the red, red morning

You've found places to stimulate you
But you know they'll never change you
You could run forever

And find that the heart still beats over your head

Despir


E o despir
É um acto de entrega.
Despir o corpo,
Desvendando curvas,
Formas, 
Recantos,
Pormenores.
Despir a pele,
Desvendando arrepios,
Abrindo caminhos
Para que o desejo anseia.
Despir a alma
De preconceitos,
Demonstrando devaneios,
Sem o pudor
De ser condenada
Por sentir,
Por querer,
Por ter, dentro de mim,
Tamanho ardor,
Imensa vontade
De te dar, de te ser,
De por inteiro me entregar,
De, por completo,
Te pertencer!

05.02.2017

Equivalente a nada



É o vazio.
É o vazio que comanda as horas. Cheias ou mortas. Vivas ou desinteressantes.
O vazio que tudo ocupa, tudo preenche, tudo invade e domina.
Um grande pedaço de nada.
Uma imensidão de coisa nenhuma.
Mãos cheias de coisa alguma.
Um corpo, oco, sem conteúdo, sem pensar, sem sangue a correr, sem vontade de viver ou de morrer.
Nada. Vazio.
Apenas isso: alguém que apenas respira. Alguém que não sente, que apenas é.
Cheia de um tanto equivalente a nada.




10.01.2017

Calar-me



O dia passa e não deixa marcas do correr das horas ao contrário deste rio que muda a cada bater do relógio. A luz torna-o diferente a cada momento: ora brilhante, ora sombrio; ora transparente, ora profundo; sempre diferente. No entanto, sempre igual: correndo ao sabor da água e do vento.

Eu, olho-o e sinto que queria ser assim: deixar-me levar pelo tempo sem que o mesmo me marque profundo, cá dentro.

Deixar que o vazio me preencha e os sentimentos fujam.

Deixar que as palavras não fluam e desvaneçam. Assim, sem se mostrarem, sem se fazerem sentir, sem as fazer existir.
Calar-me.

Fechar a boca, cerrar os lábios, segurar o ar cá dentro e nada proferir.
Calar-me.

Fechar os olhos, cerrar o pensar, segurar o nada cá dentro e nada sentir.
Calar-me.
Cá fora e, sobretudo, cá dentro.

Deixar que os pensamentos se esvaziem e os sentimentos deixem de existir.
Deixar de chorar e sofrer pelo que não controlamos.
Deixar de pensar no que não alteramos.
Deixar de tentar ser mais do que somos: pequenos, impotentes. Marionetas da vida que corre e não depende de nós.

Calar-me.

Fechar-me num não viver que não deixa a vida fluir.
Desejos impossíveis de concretizar.

Sou demasiado pensante e para mim sentir é só se me fizer estremecer, se me amedrontar, se me ultrapassar o corpo, se me absorver por completo.

Que sentir demasiado intenso que não me deixa usufruir!
E só apetece gritar, romper, rasgar, a pele, a carne e de tudo, tudo me libertar...




10.01.2017

E é isto...



E é isto...


Às vezes



Às vezes pergunto-me porque choro. Porque escorrem grossas e salgadas lágrimas pela minha face.
Se é porque te amo e te sinto a afastar de mim. Cada vez mais longe, cada vez mais fechado em ti, cada vez menos conversador. Mais irritado, mais impaciente, menos compreensivo e tolerante com o meu sarcasmo outrora para ti delirante.

Como se eu fosse a causa da tua frustração.
Como se eu te impeça de viver ou prenda nesta relação.
Como se só de respirar eu mereça a tua reprovação.
O meu corpo já é alvo da tua negação, do teu não tesão. Os beijos já nem sequer fazem parte desta equação.
Se é porque tenho pena de mim.
Desta mulher que para ti já tudo foi e agora nada é.
De admitir que já não sou amada.
As lágrimas, essas escorrem, deste meu pensar, alheadas...



26.09.2016

Sabes-me dizer?



Como se volta a amar, sabes-me dizer?

A sentir o coração descompassado com o aproximar do nosso encontro.
Os olhos sorrirem mais que os lábios e brilharem mais que o sol ao ver-te.
A incontrolável sede de te beijar ininterrupta e loucamente.
O corpo querer-te o toque e a pele arrepiar-se descontroladamente.
O constante pensar-te.
O eterno desejar-te.
A ânsia de contigo estar, de mim apoderar-se.
E os sonhos concretizarem-se e novos surgirem.
Os abraços que tudo curam. As risadas que nos libertam. As horas felizes e as lágrimas partilhadas numa intensidade sentida por igual.
E em mim, nada mudou...
Como fazer para voltares a amar-me, sabes-me dizer?



26.09.2016

Thoughts XXXII




Que a noite me traga o descanso prometido. Que os meus olhos se fechem e a mente pare. Que o meu coração desacelere e o respirar seja um suspiro.
E amanhã que eu seja outra, num novo dia, numa nova vida, com muito mais alegria...




26.09.2016

Talvez não valha a pena



Talvez não valha a pena.

O amor não é tudo e por si só não é suficiente para que se ultrapassem determinados momentos.
Momentos que não nos deixam ser o melhor de nós.
Momentos que não nos permitem ver o melhor do outro.

Talvez seja este o problema: não ver além do imediato. E o imediato toma conta do momento, depois das horas, depois dos dias e já não resta mais que isso. O que o imediato permite que se veja: as críticas, as falhas, as decepções, os defeitos.
E o amor, por muito maior que seja, perde-se com a esperança neste chorrilho de não momentos.
Não momentos... Quando não te vejo com o meu melhor olhar. Quando não te vejo no teu melhor ser.
E não, não és perfeito. Nem eu ou qualquer outro.

Mas no nosso melhor és o meu perfeito. Completo e que me completa.
Mas parece que o amor não é tudo. Por muito maior que seja...


24.09.2016

Já não há lágrimas




Já não há lágrimas.
Só este sentir que me enche o peito, me sufoca e quase me ultrapassa.
Um sentir que não consigo descrever.
Há quem lhe chame amor. Eu não sei como lhe chamar.
Sei apenas que é um querer-te em todos os sentidos.
Querer-te perto. Muito. Tanto.
Querer-te o abraço. Forte. Envolvente.
Querer-te o corpo, o toque, o beijo. Molhado. Ardente.
Querer-te sempre saber. O humor. O sentir. Os sonhos e vontades que te movem.
Querer-te, entendes?
Querer-te bem mais que a mim.
Querer-te melhor a cada dia.
Querer-te o sorriso a toda a hora.
Querer-te feliz. Fazer-te feliz.
Querer-te tanto a todo o tempo de forma constante.
Querer-te tanto a ponto de não haver espaço entre nós. Emocional ou físico.
Querer-te ao ponto de me fundir em ti. De sermos dois em um.
Querer-te de tal forma que me esqueço de mim. E vivo para ti.
Ao ponto de quase me perder. De mim. Dos meus sonhos e caminho. De apenas viver para ti.
E o sentir te começar a sufocar como a mim.
A prender-te a mim.
Há quem lhe chame amor. Tu chamarias possessão.
E não há amor que sobreviva a tamanha prisão.
E eu, tanto, tanto, tanto te querer, acabo por te perder...




24.09.2016

Como o anoitecer




Chegou a hora de a tarde ceder lugar ao anoitecer. De permitir que a lua e as estrelas cheguem, de mansinho, com o orvalho a acompanhar.
A luz diminui doce e suavemente como o sol de fim de Verão que me toca a pele. Despida. Nua. 

Desprovida de protecção. Pronta para o aceitar. Preparada para o deixar passar pela janela até me alcançar. Ansiosa por o absorver.
A minha companhia.
E assim aqui, no local que nos identifica, nos lençóis com o teu, meu, nosso cheiro, espero por ti.
E agora, que o teu perfume me inebria, o pensar vagueia. A pele arrepia e o desejo, desenfreado e sem rédeas, volta à vida.
Quanto te anseio sentir. Os beijos na boca. A língua no corpo. O teu sexo humedecido pelo tesão de me sentir, por ti, possuída. De me entregar, a ti, de forma insana, intensa, profunda e destemida.
Por isso, faz como o anoitecer: não demores para te fazeres sentir...


11.09.2016

E (ainda) é isto...


No meio de mim


Quero-te
No meio de mim,
Passeando a boca pela pele,
Fechando os lábios nos meus,
Sugando-me o peito farto,
Segurando-o forte nas mãos,
E beijando-me o corpo,
Que se contorce a cada toque de língua,
Ora húmida, ora lânguida, ora frenética,
Aumentando-me a líbido,
Deixando-me pronta,
Escorrendo de desejo.

Quero-te
No meio de mim,
Penetrando-me as entranhas,
Enchendo-me o ventre,
Fazendo-me chegar aquele ponto,
Em que toda eu sou estremecer, e
De louca, insana,
Gritar de um prazer
Que o corpo faz ceder,
A respiração suspender
E o coração,
Disparado, bater.




19.08.2016

Abro-me

Abro-me
Para que possas chegar-me,
Tocar-me,
Preencher-me,
Inundar-me de ti.
Abro-me
Para que me faças desejar,
Arrepiar,
Sentir,
Vibrar e estremecer.
Abro-me
Para que me tomes,
Domines,
Proves,
Ames.
De todas as formas,
De qualquer maneira,
Sem repressões
E com todas as permissões.


Abro-me,
Entrego-me,
Pertenço-te.

17.08.2016

Dispo-me



Dispo-me
Ao sabor de um tempo
Que se perde sem se aperceber.
Olho-me
E vejo-me com essas marcas
Que se vão criando sem se querer.
E encontro-me
No que tenho de melhor e pior,
No que tenho de vivido e ainda para sentir.
Um corpo que deseja,
Uma alma que ama,
Que se inflama com a tua voz,
Que se deleita com o teu sabor,
Que fantasia com os teus desaires,
Com a tua entrega.
Dispo-me
Com a vontade de por ti ser tocada.
Olho-me
Pelos teus olhos, de quem me ama.
Vejo-me
Pelos teus dedos percorrida
E encontro-me,
A ti rendida,
Por ti tomada,
Por ti Mulher que se sente viva!


17.08.2016