terça-feira, 29 de novembro de 2011

Entrega-te...

Entrega-te em meus braços,
Perde-te em meu corpo,
Foge por por mim adentro,
Solta-te e liberta-te no meu ser.
Entrega-te, toma-me,
Sorve-me louca e desmesuradamente.
Quero sentir-te,
Dentro de mim, deste meu corpo
Insano e demente, desejoso de ti.
Firma-te em mim,
No meio das minhas ancas
E detém-te... Pára...
Sente-me saborear-te,
Deixa que meu corpo comande,
Que meu corpo seja o percursor
Desta louca e intensa entrega.
Deixa-me sentir-te, comandar-te,
Deslizar em ti, por ti em mim...
Pára. Detém-te.
Sente-me o prazer a contorcer,
A te prender, a descer e a escorrer...
Sou tua, agora em teus braços me largo,
Me entrego e deslaço,
Apenas para te sentir,
Em mim, ver-te, sentir-te o prazer.
Ao ouvido te dizer:
Dá-me, Mostra-me o teu querer
Vem para mim,
Entrega-te..


28/11/2011

Ao vento...

Sinto-te perto,
Assim, quase tocável,
Quase palpável.
Sinto-te aqui,
Junto a mim,
Sopro no ouvido,
Cheiro de jasmim.
Pela brisa que pelos cabelos me desliza,
Sou tua por segundos,
Nessa mão quente e doce que me acarinha.
Pelas folhas que tombam,
Em doces desmaios lentos,
Trazidas pelos mais fortes ventos,
Chegam as tuas palavras.
Palavras que juntas e unidas,
São sonhos por sonhar,
São vontade em acreditar.
Sao um mais querer,
São um mais saber,
Que me continuas a esperar,
Que continuas a me sentir
E por ti, todos os dias, ao vento perguntar...

28/11/2011

domingo, 27 de novembro de 2011

Vem para perto...

Vem para perto
Deste meu corpo inerte,
Vazio e deserto,
... De nada e de morte.
Vem devolver-me a vida,
Revigorar-me o alento,
Trazer de volta o pensamento,
O querer e o sentimento.
Vem encher-me de novo fulgor,
De nova vontade de viver,
De correr e de fazer amor.
Vem dar-me a provar
Novos paladares perdidos
Em mil novos sabores.
Vem até mim,
Encher-me de ti,
De tanto do teu ser unido ao meu querer.
Grito teu nome de forma surda,
Sem força para o largar no vento,
Para que possas ouvir-me,
Vir para perto e dar-me alento.
Novo rumo na vida sem rumo,
Novos caminhos sem quaisquer trilhos,
Novos horizontes onde guardarei as conquistas.
Grito teu nome,
Através dos meus olhos,
De esperança e de acreditar,
Que um dia tu vais chegar.
Ouve o meu grito,
Vem! Vem para perto...

27/11/2011

sábado, 26 de novembro de 2011

De mim inundado...

Sim quero-Te.
A meu lado. Aqui. Agora.
O teu perfume no ar,
O teu abraço no meu corpo.
A tua boca na minha.
O teu beijo...
O sabor do teu beijo,
O sabor do desejo,
De um querer desmedido,
Incomparável.
Sim quero-Te.
O teu sussurrar no ouvido,
A vontade nas tuas mãos,
Percorrendo-me o rosto,
Desenhando-me os lábios,
Os contornos do corpo,
Sentindo meu calor e desejo molhado.
Sim quero-te.
Quero-te em mim perdido,
Em louco desvario,
Insano e pedido, consentido.
Sim quero-te.
Quero-te o corpo no meu colado,
Suado, de mim alagado,
De prazer sem fim inundado...

Acorda-me...



Sou nada mais que um corpo,
Inerte, largado ao vazio do vento.
Toca-me. Sente-me.
Sou pouco mais que uma Alma,
Despida, sem rumo, perdida
Na estrada da vida.
Toca-me. Sente-me.
O vibrante e quente líquido
Já não corre em mim,
Já não é rio sem fim.
Adormeceu.
Tal como eu.
Já não é vida,
Já não é sentimento,
Já não é riso, nem sol, nem vento...
Toca-me. Sente-me.
Sacode-me. Acorda-me.
Alimenta-me.
Arrebata-me. Ama-me...
Dá-me vida.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Loucas, Insanas

Palavras loucas, insanas,
De entrega e amar,
De querer e dar.
Palavras loucas, insanas
Proferidas ao ouvido,
Em momentos nunca repetidos,
Em momentos únicos e sentidos.
Palavras loucas, insanas,
Trocas de juras de amor,
Ao sabor de um beijo
Quente e imenso.
Palavras loucas, insanas
Em abraços intensos,
Em mãos que se tocam e sentem.
Em pulsar de corações em uníssono,
Compassados de profundos sentimentos.
Palavras loucas, insanas
De me querer em ti,
Hoje, agora e sempre,
De te querer em mim,
Desde sempre!
Palavras loucas, insanas
Que anseio que repitas,
Que desejo repetidas
E sentidas.
Palavras loucas, insanas
Minhas e tuas,
Entre nós trocadas,
Partilhadas...

24/11/2011

Amo-te...

Amo-Te.
Louca e desesperadamente.
Cada minuto sem ti,
Sem te sentir,
Sem te saber,
Sem te ouvir,
Sem te ver,
São tortura. Pura tortura.
Amo-Te.
Doce e suavemente.
Como se ama o nosso mais preciso bem.
Como se bebe o mais precioso dos néctares.
Como se saboreia o mais delicado dos sabores.
Amo-Te.
Agora e incessantemente.
Viciada em ti,
No teu ser,
No teu abraço,
No teu beijo,
No teu riso,
No teu palavrear...
Amo-Te.
Descontrolada e estonteantemente.
Desejos, loucos desejos
De me dar,
De em teus braços me largar,
De em ti poder estar,
De me teres e te tocar...
Amo-Te. Amo-Te. Amo-Te...

24/11/2011

Tua...

Sou Tua. De qualquer forma,
Sem qualquer receio.
Sou Tua. Leva-me,
Abraça-me, Toma-me.
Sou Tua. Sem pudor,
Apenas pecado.
E tentação.
Sou Tua louca e doce perdição.
Sou Tua noite desenfreada,
De toques e beijos e pele molhada.
Sou Teu dia quente,
De entrega e prazer demente.
Sou Tua,
Venera-me e faz-me Deusa.
Sou Tua,
Abusa-me, faz de mim serva e usa...
Sou Tua...

24/11/2011

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Marca-me!


Marca-me a pele,
Num acto de loucura,
De desejo ou de ternura.
Marca-me a pele,
Desliza em mim a tua mão,
Os teus dedos, a tua boca.
Marca-me a pele,
Novos percursos descobertos,
Novos rumos, sem destinos certos.
Desenha-me, contorna-me,
Dá-me forma e preenche-me.
Marca-me a pele,
Escreve em mim palavras de desejo,
Palavras de querer dar e ter prazer.
Marca-me com um beijo,
Com teu corpo colado no meu,
Prensa-me em ti,
Entra em mim.
Faz-me vibrar e delirar.
Faz-me a tua pele marcar,
Gritos de prazer,
Unhas a descer,
Dedos a marcar...
Dá-me prazer!
Marca-me!

23/11/2011

Prova-me!




Vem provar-me.
Tomar o sabor do meu beijo,
Tomar o sabor do meu desejo.
Vem provar-me.
Sentir meu corpo quente,
Sentir meu respirar ofegante.
Vem provar-me.
Envolver-me com teus braços,
Envolver-me em loucos abraços
De corpos quentes e suados.
Vem provar-me.
Faz-me sentir o teu querer,
Faz de mim tua fonte de prazer.
Anda... Prova-me!

23/11/2011

Nome no ar...




Ouço o meu nome...
És tu que estás a chamar!
Ouço-o ao longe,
Como um sussurro do mar.
Como um longo e intenso mumrmurar.
Ouço o meu nome,
Nas ondas que se quebram na areia,
E dispersam gotas de líquido de sal,
Espalhas, largadas a brisa do ar.
É assim que me chamas,
Que te ouço: dispersa no ar,
Longínquo o teu chamar,
Letras balbuciadas a cada onda do teu mar.
Ouço o meu nome,
És tu que estas a chamar.
Sigo louca, desenfreada,
Sigo o teu doce e desejado chamar,
Mas as ondas deste mar,
Não é a mim que estão a chamar...
Morre um novo dia assim,
Com este despertar,
Mas continuo a ouvir o meu nome no ar.
És tu que continuas a me chamar?

23/11/2011

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Na mão do Poeta...

Sou pena, sou folha, na mão do poeta
Sou tudo, sou nada.
Sou amor e verdade,
Sou mentira e vaidade.
Sou tua loucura, insanidade.
Sou tua crua e dura complexidade.
Sou pena, sou folha, na mão do poeta
Sou tudo, sou nada.
Cada dia um desejo, um sentir.
Cada dia um anseio, um querer, um desistir.
Sou chegada, sou partida,
Sou Deusa, Musa encantada,
Sou Víbora morta e acabada.
Sou pena, sou folha, na mão do poeta
Sou tudo, sou nada.
Sou mãe, sou meretriz,
Choro hoje, amanhã feliz.
Sou tristeza imensurável,
Sou algria impensável.
Sou palavras de carinho,
Sou o amor de mãe por um filho.
Sou ódio descabido,
Sou castigada sem motivo.
Sou serva dos teus inúmeros quereres,
Sou repartida por mil seres.
Sou pena, sou folha, na mão do poeta
Sou tudo, sou nada.
Mas escreve-me, fala-me,
Dá-me vida, sentimentos,
Ilusões e desalentos.
És poeta meu criador,
Apenas por ti vivo.
Por ti respiro e suporto esta dor
De não ser nada, ser ninguém,
Vazia de tudo e de nada.
Sou tua poeta,
Sou a tua palavra.

16/11/2011

Descobre-me!

Descobre-me.
As formas sob a roupa,
O significado do meu olhar,
O que te diz o movimento do meu corpo.
Cobre-me.
De palavras doces e suaves,
De murmúrios de ondas esbatidas em mim,
De sonhos e ilusões.
Descobre-me.
As músicas, os gostos,
Os sons e os sabores,
O meu mais querer.
Cobre-me.
De ti. Do teu gosto.
Do teu sabor.
Do teu corpo. Do teu odor.
Descobre-me.
Os desejos mais profundos.
Os meus loucos sentidos.
Cobre-me.
De prazer e de Beijos,
De toques suaves e deslizar de dedos.
Descobre-me.
Das roupas e sente-me a pele.
Sente-me o respirar.
Sente-me o ardor de te desejar.
Cobre-me.
O corpo com o teu.
Sente-me gemer,
Sente-me o prazer.
Sente-me o tanto te querer.
Descobre-me
O tanto te querer pertencer...

18/11/2011

Vou desenhar-me...


Vou desenhar-me para ti.
Contornos doces e suaves,
Linhas de carvão em folha branca,
Pelos teus dedos guiadas
Esbatidas, indefinas, não vincadas, leves.
Vou pintar-me para ti.
De cores nunca pintadas,
De cores nunca imaginadas, combinadas.
Uma paleta vibrante na ponta de teus dedos
Tapando meu corpo de véus flutuantes,
Transparentes, esvoaçantes.
Vou dar-me vida para ti.
Sair do papel desenhado,
Tornar-me real e com sentimento,
Vou dar-me movimento.
Vou ser corpo que tocas,
Que despes com o pensamento,
Que aqueces com teu corpo junto ao meu.
Vou ser Deusa no teu mundo,
Adorada e venerada,
Desejada e amada.
Vou ser serva no meu mundo,
Venerar-te, pertencer-te,
Oferecer-me e dar-te,
Vou ser néctar da tua sede,
Vou ser sabor que te acalma a vontade.
Vou ser teu sonho tornado verdade...

16/11/2011

Como podes?

Como podes não saber?
Como podes não sentir?
És a peça que em mim encaixa,
Que me completa,
Que desenha em mim os momentos
Que me estão em falta.
Como podes não saber?
Como podes não sentir?
És a razão do meu viver,
És quem me preenche de vida,
És quem me faz olhar os dias
Sem pairar a núvem vazia.
Como podes não saber?
Como podes não sentir?
És o mar que tanto
O meu rio deseja alcançar.
És o ar que me faz respirar,
És o sabor que me vem alimentar,
És o meu mais querer.
Como podes não saber?
Como podes não sentir?Sonho em teus lábios me saber
Doce e suavemente neste entregar.
Sou tua sem pensar,
Sou tua folha para pintar,
Sou tua praia para aportar
E com tuas ondas de amor
Meu corpo salgar.
E depois saborear.
Como podes não saber?
Como podes não sentir?

16/11/2011

Incerteza...

Tantas perguntas. Nenhuma resposta.
Tantos receios. Nenhuma clarividência.
Tantas dúvidas. Nenhum sinal.
Tantos tantos me percorrem agora...
Se tivesse oportunidade,
Invadia-te. De questões.
De ti ter respostas.
De tudo que me passa pela mente.
Imaginas? Imaginas como se encontra a minha mente,
O meu pensamento?
Não consegues colocar na tua imaginação,
Como preciso de um sinal,
Como saber de ti,
Como preciso saber de nós,
Como preciso saber do sentir
Que nos uniu a uma voz...
Tempo longínquo em que o sonho
Quase se deixava tocar,
Quase se tornava real.
Preciso saber. Dá-me um sinal!
Não me deixes sufocar nesta incerteza!
Não me deixes na indecisão de não te esperar,
De noutra vida te imaginar e,
De vez, te largar...

15/11/2011

Que força é esta?

Que força é esta
Que me impele para ti?
Que não me deixa fluir
Da forma que sempre vivi?
Esta força que não controlo,
Que me leva pelos teus caminhos,
Que me guia sem que eu saiba?
Que força é esta
Que não me deixa ver nada mais,
Que vai estreitando os caminhos,
Que vai diminuindo diferenças,
Que vai unindo sentimentos?
Que força é esta
Pondo-te no meu caminho?
Que força é esta
Que me faz seguir-te?
Que me faz querer-te?
Que me faz sentir-te mesmo não tocando?
Que não estando me angustia,
Desnorteia e faz a noite fria?
Que força é esta
Que me faz querer-te tanto?
Que me enlouquece os dias?
Que força é esta?

15/11/2011

Nome de gente...

Tenho nome de gente
Mas gente não me sinto.
Sou vazia, oca, "impensante",
Sem nenhum sentimento,
Esse levou-o o vento...
E assim vagueio,
Por entre as folhas deste livro,
Que um dia, acredito,
Há-de ser escrito.
Sou uma Alma perdida,
Pelos dias estendida,
Sem sentido, sem vontade,
A esper de ser prendida,
Por um amor de verdade...

14/11/2011

Entrega...

Suave desejo me invade.
Tua boca ser em mim,
Desenho do teu querer.
Meu corpo percorre,
Lançando gotas de tua fome,
De tua ânsia de me ter.
Toca-me levemente,
Lança em mim esse desejo,
Intenso que em ti cresce.
Incontrolável por um ter
Um ser dono sem querer,
Um ser servo e ceder...
Suave desejo me invade,
De teu ser em mim verter,
No meu ventre me preencher,
E ser e dar e ter.
E com o sabor  do teu beijo
na boca encerrado
Me satisfazer.
E sentir em mim todo o teu prazer...

14/11/2011

Pressentes-me?

Pressentes-me?
Sentes quando estou para chegar?
Sentes quando te estou a precisar?
Pressentes-me?
Se eu usar um perfume que não das minhas flores?
Se eu chegar a flutuar em vez de andar?
Pressentes-me?
Nas palavras que não te dirijo?
Nas palavras que não imagino?
Nos sonhos que vou iludindo?
Pressentes-me?
Se me for embora,
Se me despedir?
Se usar uma máscara
E te disser que sou outra?
Virás ao meu encontro?
Será que me pressentes,
Noutro invólucro,
Noutras palavras,
E mesmo assim, não me resistires?
Mesmo assim, seres impelido a mim,
Sem saberes, sem perceberes?
Achas que o feitiço se mantém?
Pressentes-me?

14/11/2011

Leva-me em ti...



Leva-me em ti.
Nas asas do teu querer,
No teu íntimo,
No teu mais profundo ser.
Leva-me em ti.
Assim não me perdes,
Assim não ficas sem mim
E eu fico, para sempre
Em ti...
Leva-me em ti.
Não importa o destino,
Não importa se não há abrigo,
Ao teu lado, não sinto, nunca,
O perigo.
O medo deixa de existir,
Deixa de ter sentido.
Leva-me em ti,
Guarda-me em ti,
Sente-me em ti,
Faz-me parte de ti.
Larga-me apenas por momentos.
Mas volta, para sempre me levar,
De cada vez que voltares,
Aos poucos, porção a porção,
Até sentires vontade,
De me levar por inteiro
Dentro do coração...

14/11/2011

Chego hoje!

"Chego hoje!
Chego hoje ao teu encontro,
Chego hoje a ti."
Palavras loucas de bocas insanas,
Palavras que nunca mais se propagam
No vento, até ao teu encontro.
Mas espera-me.
Não desistas de mim.
Não me faças perder sem ti.
Não me deixes sem destino.
Não me largues ao abandono.
Sem ti, sou rio sem rumo,
Sou árvore sem prumo,
Tombada ao sabor do vento,
Sou folha que voa sem alento...
"Chego Hoje!"
Hoje que não chega,
Hoje que está distante.
Mais distante que ontem
E menos que amanhã.
Espera-me!
Não demoro,
Afinal, "Chego hoje!"

14/11/2011

Preciso voltar

Preciso sentir-te,
Preciso tocar-te,
Preciso voltar a provar-te.
O teu gosto em labios meus,
O teu suave toque,
Quente, aveludado,
Doce e molhado...
Resquicios de um perfeito dia,
Jazem em mim, na memoria perdida,
Perdida em lembrancas
Desse sentir,
Desse toque e desejar.
Desejar voltar os teus labios
De novo beijar...

14/11/2011

Sonhos de sonho

Sonho sonhos de sonho,
Sonhos de cores intensas,
De vermelhos a esvoacar,
Na praia desse teu mar.
De laranjas rosaceos
Os ceus pintados,
Em ondas de calor
Deste sentir que nao acaba.
Emano o cheiro do teu sal,
Na pele preso a colar
Depois de em ti me entregar
E mergulhar e voltar a dar.
Sonho sonhos de sonho,
Em que o teu corpo o meu vai beijar...

13/11/2011

Noite VII

Faz-me dormir o sono das Deusas,
Leve e doce,
De cheiros de flores,
De caminhos de cores,
De céu estrelado.
Faz-me fechar os olhos,
Repousar em teu abraço,
Descansar do meu cansaço,
De dias e noites sem diferença.
Vela-me o sono,
Guarda-me a alma,
Tapa-me o corpo,
Nesta noite em que
Dormir me deixo...

13/11/2011

Acordar...

Amanha vou acordar,
De um sono breve de um vida
Sem fim.
Amanha vou viver,
Os dias e as horas,
Os cheiros e os sabores,
Que tenho guardados em mim!
Amanha vou olhar,
Aprender e aceitar,
Todas as folhas das arvores,
Que aos meus pes, maos vierem parar!
Amanha vou mergulhar
Nas ondas desse teu mar,
Revolto e calmo,
Suave e intenso,
Mar que me vai levar,
A amanha querer acordar...

13/11/2011

Hoje é o dia...

Hoje é o dia,
O dia em que a vida fica...
Apenas fica.
Sem nada do que poderia ser,
Sem nada do que sonhei,
Sem nada do que tanto desejei.
Sem nada do que foi,
Sem nada do que vivi,
Sem nada do que senti,
Sem nada do que partilhei.
Apenas fica.
Com o vazio dos sonhos,
Com o nada do que tivemos,
Com a vontade de não existir,
Com o incerto do amanhã.
Com o desejo que o amanhã nunca chegue.
Apenas fica...
Sem vontades,
Sem quereres,
Sem os odores e paladares,
E toques e palavras.
Fica sem os teus silêncios
Carregados de palavras.
Agora são palavras carregadas de silêncios.
Hoje é o dia,
Em que a minha vida
Apenas fica...

12/11/2011

Esgotar-me a vida


O que sinto hoje é um furacão.
Sinto que ardo por dentro,
Sinto que quero explodir,
Levar tudo à minha frente.
Atirar com tudo ao chão,
Ouvir o partir dos vidros,
A água a espalhar-se,
Calcar os estilhaços,
Prendê-los bem, nos pés descalços
E sangrar.
Sangrar até não ter mais uma gota,
Desse líquido que nos faz viver,
Que nos dá a vida...
Quero esgotar-me a vida,
Quero que este coração deixe de bater,
Deixe, sobretudo, de sentir.
Não quero sentir,
Não quero este querer que me mata.
Não quero este tormento de não te saber.
De te saber, mas não comigo,
Não aqui, junto a mim.
Cada vez mais longe,
Cada vez mais afastado...
E eu, cada vez mais louca,
Louca de amor, de sentir e desejar.
Louca por acreditar...
Quero esgotar-me a vida...

12/11/2011

Hoje sou pó...


Hoje sou pó...
Em pó me transformaste.
Em pó ficou o que sentia, o que sinto,
O que a vir poderia...
Hoje sou pó...
Largada ao vento,
Sem rumo, sem sentido,
Sem nada, nem um pouco de mim.
Levaste tudo.
Hoje sou pó...
Chega de ilusões.
Chega de pensar que é possível,
Que um dia poderiam tornar-se realidade
Os sonhos de tantas emoções.
Chega de sonhos.
Chega de ver o que não existe,
O que querias muito que existisse,
Mas quem mentiu não fui eu,
Mas quem fugiu não fui eu,
Mas quem voltou com subterfúgios não fui eu...
Hoje sou pó...
O pó da desilusão,
Do desencanto...
Hoje sou pó,
Largada num vento
Que não volta...

12/11/2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Razões...


Enlouquecer. Quero enlouquecer.
Sim! Enlouquecer.
Não importa porquê.
Importa?
Não! Para se enlouquecer não é preciso um "porquê".
Precisa-se apenas de um "por" ou um "de".
Um "porquê" obrigaria a um pensar mais profundo,
Mais analítico. E os loucos não analisam.
Porquê?
Porque estão loucos! Loucos não pensam,
Não analisam. Não sabias?
Quero enlouquecer.
Sim.
De amor. De prazer.
Por querer sem poder. Por poder e não querer.
Por ti. Por ele(s).
De ti. Dele(s).
De desejo. Por sabores exóticos.
Por ter demais. Por ter de menos.
Vês?
Para enlouquecer basta um "por" ou um "de".
Por viver. De tanto viver!
Quero enlouquecer!


11/11/2011

Confuso?

Confundes-me o pensamento.
Confundes-me o compreender.
Confundes-me o perceber.
Confundes-me o que julgo saber e o que sei deixa de ser o que pensava saber.
E passo a julgar que não sei nada.
Confundes-me. Baralhas-me as ideias.
E com as ideias baralhadas, confundidas,
Confundes-me o sentir.
E o que julgo sentir deixa de ser o que sinto e que pensava sentir.
Confundi-te?
Quando chegas e não dizes nada, confundes-me.
Quando falas com os demais e a mim ignoras, confundes-me.
Quando me falas e nada dizes, confundes-me.
Quando surges com novos mundos, confundes-me.
Confundes-me o pensamento.
Confundes-me o sentir.
Confundes-me o que penso que sentes.
Confundes-me o que penso que me dizes por entre palavras incertas,
Vazias, cheias de nada.
Confundes-me com esta incerteza em que me deixas.
Confundes-me com o não saber como agir.
Confundes-me com o não saber que te dizer.
E eu tenho tanto para te dizer!
E eu tenho tanto para te falar!
E eu quero tanto sentir esta vontade de me dar-te!
E nisto, não consegues confundir-me.
Mas às vezes... Muitas vezes,
Confundes-me!

11/11/2011

Rodopio


Vivo num rodopio que não controlo.
Rodopio que não seguro,
E não me importa.
Rodopio de valsas indançaveis,
De tangos incompletos,
De músicas inacabadas.
Rodopio nas palavras das tuas asas
Feito braços com que me abraças.
Feito mãos no rosto e com que me afagas.
Rodopio em bicos de pés,
Levada por teus sonhos,
Como meu amor que és.
Rodopio seguro e querido,
Desejado e amado.
Rodopio sem sentido,
Que em ti me perco,
Nas voltas dos corpos
Que juntos se entrelaçam,
Que juntos são apenas um.
Vivo num rodopio que não controlo.
Rodopio doce e suave,
De beijos feito.
Rodopio quente e estonteante,
Por entregas totais mantido.
Rodopio na vida, vida contigo repartida.

11/11/2011

Suspensa...


Suspensa neste imaginário que me consome,
Que me invade e me atormenta.
Suspensa. Como uma marioneta,
Balançando ao sabor de fios,
Que nunca se unem,
Nunca se juntam e fortalecem.
Fios apenas fios de uma vida em fracções,
Porções. Pequenas.Ínfimas de Ti.
Suspensa nesta minha ilusão,
De Te sentir aqui,
Sempre a meu lado...
E a distância dos dias que passam,
Aumentam o meu fardo,
A minha angústia,
Os meus porquês...
Mas sinto-Te cada vez mais em mim.
Cada vez mais aqui.
Suspenso no mesmo não viver.
Suspenso no mesmo não saber.
Suspensos numa mesma sensação,
Emoção e Devoção...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sem medo do risco...

Sei que não resisto
Ao teu chamamento,
E caio nesse teu mar
Louca e sem medo do risco
De me poder apaixonar.
Sigo teu murmurar
Que me prende no ouvido,
Me controla o pensamento.
Canto que me enfeitiça
Que nesse suave ondular
Vem ao meu ouvido mentir,
Fazer-me acreditar.
Sei que não resisto
Às frases sussurradas,
Às mãos com que me enlevas
Num mundo de rosas e pétalas
De odores intensos e velas.
Sei que não resisto
Ao teu poderoso olhar,
Misto de doce desejo,
De vontade de me ter,
De me fazer dar,
De me provar e em ti me saber.
Chamamento de corpo,
De pecado e sem amor,
Sou teu objecto,
Apenas uma fonte de prazer.
Porque a esse teu Mar
Eu já não resisto!
Porque o risco de me apaixonar
Passou o limite:
É agora AMAR!

Um sonho de Mar...

Brisa quente de um Mar,
Que não sei destrinçar,
Que com seu aroma doce
Apenas me quer tentar.
Mar longínquo de cor de verde âmbar,
Faz-me sem medo sonhar.
Sonhos de cores de Outono,
De vermelho e Dourado,
De sol morno na pele,
De odores sem igual.
Brisa quente desse Mar
De lugares de tecidos frescos,
Esvoaçantes nos corpos,
Ondulantes de amantes.
Como me fazes querer
Por ti me deixar guiar,
Para nesse Mar
Me poder entregar.
De transparências me vestir,
De corpo quente a pedir
Que em sonhos de prazer,
Me faças... Mulher!

Guia-me...

Sem rumo nem Norte,
Sigo à minha sorte
O caminho sem fim,
Da vida de ninguém.
Sou rio sem ponte,
Sem margem que me aguente,
Sou apenas corrente
Desgovernada andando em frente...
Procuro-te. Tento ver-te
Em terras sem gente,
Por entre montes saber-te
Para que meu coração não se apoquente.
Sou rio louco sem rumo,
Sou margens que inundo,
Com minh' água quase em morte,
Força revolta nada mais,
Senão a vontade
De em ti me perder.
Sou rio de água fúria
De querer e desta Saudade,
Louca, Imensa, que me invade...
Preciso que me guies,
Que me dês um sinal,
Para que esta procura
Possa enfim ter um final...

Hoje viajo ao som de...




Tu recuerdo sigue aquí, como un aguacero
Rompe fuerte sobre mí, pero a fuego lento
Quema y moja por igual, y ya no sé lo que pensar
Si tu recuerdo me hace bien o me hace mal
Un beso gris, un beso blanco
Todo depende del lugar
Que yo me fuí, eso está claro
Pero tu recuerdo no se va
Siento tus labios en las noches de verano
Ahí están, cuidándome en mi soledad
Pero a veces me quieren matar

Tu recuerdo sigue aquí… (repite coro)

A veces gris, a veces blanco
Todo depende del lugar
Que tú te fuiste, eso es pasado
Sé que te tengo que olvidar
Pero yo le puse una velita a to's mis santos
Ahí está, pa' que pienses mucho en mí
No dejes de pensar en mí

Tu recuerdo sigue aquí… (repite coro)

(piensa en mí) es antídoto y veneno al corazón
(te hace bien) que quema y moja, que viene y va
(¿tú donde estás?) atrapado entre los versos y el adiós

Tu recuerdo sigue aquí
Como aguacero de mayo
Rompe fuerte sobre mí
Y cae tan fuerte que hasta me quema hasta la piel
Quema y moja por igual
Y ya no sé lo que pensar
Si tu recuerdo me hace bien o me hace mal

Tu recuerdo sigue aquí
Le lo lay lelo lelo
Rompe fuerte sobre mí
Pero que rompe, rompe, el corazón
Quema y moja por igual, sé que te tengo que olvidar
Si tu recuerdo me hace bien y me hace mal

Na ponta dos dedos

Vivo na ponta dos dedos...
Dedos que escrevem palavras sem cor,
Palavras sem amor,
Palavras, meras palavras.
Vivo na ponta dos dedos...
Dedos que tocam sem sentir,
Que vivem sem viver,
Que não têm prazer.
Na ponta dos dedos
Que um dia já viveram,
Já sentiram, Já amaram!
Já tocaram lábios doces de mel,
Mãos de igual sentir e pedir,
Corpo de igual desejar inesquecível...
Na ponta dos dedos
Que hoje, vazios,
Nus de sentimentos,
São apenas dedos,
Perdidos no firmamento...
Na ponta dos dedos
Que anseiam por viver de novo,
Por de novo querer,
Que os faça renascer.
Mas esse poder,
Tem apenas o teu ser...

Noite VI

Esta noite não dormi aqui,
Ao teu lado, nesta cama.
Deitei-me sobre o teu corpo,
Senti o teu calor e olhei-te.
Olhei para ti..
De como a tua pele tem o cheiro da praia,
De como os teus olhos são profundos como o mar,
De como a tua boca sabe a cereja,
De como os teus braços me protegem.
Não dormi, Olhei para dentro de ti,
De como é imenso o teu sorrir,
De como é infindável o teu ser,
De como é insubstituível o teu amor...
Olhei-te, vi-te e admirei-te.
Senti o teu respirar no meu pescoço,
O teu coração bater no meu ouvido,
O teu calor no meu peito,
As tuas mãos no meu corpo
E dormi...
Um dormir de sonho, de ilusão,
Porque afinal,
Afinal não estavas aqui...

Nesta hora...

Nos teus braços,
Agora, queria estar.
Neles meu corpo
Poder enroscar,
No teu peito
Minha cabeça repousar.
O beijo surgiria,
Doce, suave, delicado
De boa noite.
Mas aí nao pararia,
Por aí nao ficaria.
Meu coração descompassado,
Louco bateria...

Lembras-te de como bate meu coração?
De como junto ao teu,
Quase explode de emoção?

Desejo-te. A boca com teu sabor,
Com esse teu beijo
Que me faz viciar.
O toque das tuas mãos,
Suavemente a deslizar
No meu corpo, a procurar
Novas rotas, novas sensações...
A respiração que acelera,
Que se transforma em suspiro,
Em murmúrio no ouvido
E em gemido transformado
Quando em mim ficas parado!

Como quero sentir,
Como me quero dar,
Como tua quero ser...


10/11/2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Por mim...

Se um dia precisares,
Lembra-te que estarei sempre aqui,
Que jamais te abandonarei,
Que jamais deixarei de fazer parte da tua vida.
Apenas... Apenas me ausentei.
Por breves ou longos momentos.
Se um dia precisares,
Lembra-te que sempre te quis bem,
Que sempre estarás no meu pensamento,
Que sempre estarei mais perto do que imaginas.
Se um dia precisares,
E eu não estiver,
Recorda os nossos momentos,
Recorda as nossas partilhas,
Recorda os nossos sonhos, as ilusões,
As nossas discussões, as nossas conquistas,
As nossas tréguas!
Se um dia precisares,
Realmente precisares de mim,
Se sentires a minha falta,
Lembra-te que eu sintirei igual...
Mas faz, sonha, vive,
Faz tudo que te apetece,
Tudo que tens vontade,
Fá-lo por mim...

09/11/2011

Hoje viajo ao som de...


No I won't interfere
I'm the only sound you'll ever need to hear
Listen to my breath so near
Allow me to be every noise in your ear

Since that day I wake up early
Every morning which is good
But my stomach's churning, call me,
It would be nice if you could

Some days I question
The suggestion
You might not exist at all
Can we meet and talk it over
Would you be kind enough to call

Over and over
It's over all over
And over and over and over
And over.....

No there's no middle ground
Your off in another story
Or merry-go-round

No there'll be no measured terms
You fly in the face of the way the world turns

Like a frozen tidal wave
Since that day I'm standing still
You brought me here and I accept
Though you regret I never will

Just one sweet word
And then a smile from you
Is almost worth everything
I've given all I had to give
But you gave up giving in

You are everywhere I go
All the places we have been
I can't imagine where you are
For you are all I've ever seen

Over and over.....

All I've ever known
All I've ever seen
Places that I go
Places that we've been

Nas asas do sonho

Voo. Voo nas asas do sonho.
Deste sonho que é meu. Que cada vez mais, me parece só meu.
Deveria ser a dois. Deveria... Mas apenas eu voo, sonho.
Um voo de ilusões. Ilusões que me aquecem os dias mais frios, as noites mais solitárias.
Um voo com destino. Seguro, lento, mas com destino.
Um voo que me liberta. Não que me prende. Que me deixa solta e prende a ti.
Sim, voo em direcção a ti... Mas sem destino. Compreendes?
Sem saber para onde, por onde, mas para ti, na tua direcção. Em direcção a ti.
Em direcção ao meu sonho, à minha mais forte ilusão.
Esperas-me? Aguardas que chegue até ti? Aguardas que te encontre, ali, naquele local que passará a ser o "nosso".
O mais belo de todos. Com mar, com rio, com vento, com sol ou chuva... Não importa! Não importa será o "nosso" sítio.
O sítio onde o meu voo deixará de voar. Pousará em ti. Repousar, descansar e apenas abraçar...
Abraçar-te nas asas do meu sonho.
E re-inventar um novo voar. Um novo sonho para sonhar. A dois.
Verdadeiramente a dois. Par a par... Uníssono voo, no céu a desenhar novos caminhos, novas rotas, novos destinos...
Vem! Vem partilhar comigo, este voo.
Um voo feito nas asas do sonho!

09/11/2011

Para quê lutar contra?


Para que lutar contra?
Para que dizer-te que não,
Dizer-te que não sinto,
Que não é intenso,
Que não é imenso?
Dizer-me que não quero,
Que não desejo.
Fechar cá dentro esse sentimento,
Escondê-lo, não o pensar,
Imaginar, apenas esquecer.
Para quê?
Se não consigo contê-lo,
Se transborda de mim,
Se me é mais forte o pensamento,
Se sé quero dizer que sim!
Sim, quero-te!
Sim, desejo-te!
Sim, amo-te!
Sim, quero abraçar-te,
Poder beijar-te, tocar-te
E amar-te.
Sim! Já não consigo calar
Este imenso e louco amar!
Este sentir que me invade,
Que me controla e desconcerta,
Que me deixa leve
Como uma borboleta...
Quero tocar teus lábios com os meus,
Os teus braços cruzados em mim,
Deitar, sonhar e sentir.
Sentir que somos um só...
Não vou negar mais,
Não vou recusar, abafar...
Para quê? Para quê lutar contra,
Para quê, se és o meu amor?

08/11/2011

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Mais que perfeito...


Amor, sentimento incompreendido.
Sentimento não pensado, analisado.
Amor, sentimento que não se explica,
Que é um aperto no peito,
Que é um nó no corpo feito,
Que é sorrir à toa,
Gritar até que doa
A garganta de tanto afirmar:
Amo-te meu amor!
Amor da minha vida,
Amor dos meus dias,
Das minhas noites sem luar...
Amor que me aquece,
Amor que me enlouquece de tanto te querer,
De  tanto te desejar,
De apenas ao teu lado viver, respirar!
Amor que não se entende,
Que acontece sem aviso,
Sem domínio do pensamento,
Que apenas se sente.
Que nos invade,
Que nos alenta,
Aquece e não desaparece...
Amor, sentimento que quando não estás
Me entristece, me enfurece, me desanima,
Me deixa perdida,
Sem destino, sem vida...
Amor, meu amor,
Meu sentir,
Meu querer não desistir
De até Ti querer ir...
Amor sentimento que não compreendo,
Que não entendo e não pretendo.
Quero apenas que aqui fiques,
No peito, Cá dentro,
Pois para mim, és mais que perfeito!

08/11/2011

Gota de chuva...


Sou gota de chuva,
Do céu caída,
Do céu tombada,
Despedida, alienada...
Sou gota de chuva,
Pequena que te inunda,
Que Te toca, doce,
Suave no rosto.
Lágrima fingida...
Escorrendo...
Deslizando...
Rugas do tempo marcadas na face,
Contornos infindáveis de vida,
Vivida, passada, querida...
Sou gota de chuva
Pelos teus dedos quase apagada,
Destruída, espalhada...
Mas sentida como carícia
E por Ti poupada...
Sou gota de chuva
No teu rosto perdida,
No teu rosto a sentir
A razão da minha vida...
Caí do céu para te sentir,
Para por Ti descer,
Para por Ti viver...
Sou gota de chuva
Agora no chão perdida
Mas por Ti sentida...

08/11/2011

Hoje viajo ao som de...

Apenas te pertenço...

Não sou tua. Não sou um capricho teu.
Sou o que vês, sem receio, sem medo.
Não sou tua.
Apenas te deixo ter-me.
Apenas te dou o privilégio de me teres.
Tens-me as palavras,
Tens-me a voz,
Tens-me o querer,
Tens-me o saber,
O sabor, o odor,
O toque, o ardor...
Eu permito que usufruas.
O corpo, a alma,
O sentir, o prazer,
O sonho, o desejo,
Os gostos, as preferências,
As emoções e as sensações,
Eu permito que usufruas.
Não sou tua. Deixo-te ter-me.
Por inteiro. Por completo.
Por momentos e para sempre.
Tens-me porque quero que me tenhas.
Tens-me porque me dei, me dou e me darei...
Não sou tua!
Apenas te pertenço...

08/11/2011

Dei...

Dei tudo que podia dar,
Dei tudo que poderias esperar,
Dei tudo que seria demais,
Dei tudo para que não procurasses mais...
De que adiantou?
De que serviu?
Dei tudo que me era possível,
Dei a minha alma,
Nua, despida, franca...
Dei partilhas,
Dei conquistas e derrotas,
Dei poemas e músicas preferidas,
Dei amargo de boca e loucuras...
Dei tudo que podia dar,
Dei querer e amar,
Dei amor e prazer,
Dei ter e poder,
Dei-te o meu ser...
Fui dona e senhora,
Fui mulher e serva,
Fui Raínha e Deusa,
Fui escrava e sem poder...
Fui o quiseste, tudo que desejaste...
Fui... Dei...

08/11/2011

Cansaço...

Cansaço que se apodera de mim,
Cansaço que me abranda os passos.
Não me deixa andar
Procurar o que sinto,
O que entendo e o que pressinto.
Cansaço desta dor,
Deste amanhecer sem sol,
Sem luz, Sem amor...
Cansaço longo e sombrio,
Cansaço feito noite,
Fria, Imensa, Escura,
Sem Lua a brilhar no teu Mar...
Cansaço de não avançar,
De esperar,
De aguentar,
De prolongar
Este tanto querer
De no teu Mar me entregar...
Como te quero!
Como te desejo!
Como me quero perder
De cansaço no teu Mar,
Nas tuas ondas de sabor,
No teu abraço eterno,
Sentido...
Morrer de cansaço quero
Nos teus braços,
Meu Mar eterno...

08/11/2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Espera-me...

Vou até ti. Espera-me...
Vou deixar que me mostres o que é a vida.
Que me mostres o que é viver sem medo,
Sem receio, sem limites.
Vou até ti.
Vou deixar que me guies por caminhos
Que só Tu conheces,
Que só a Ti pertencem,
Que só contigo fazem sentido.
Vou até ti.
Mostra-me o teu Mar,
Dá-me a provar do teu sal,
Deixa-me sentir-te o sabor,
Descobrir novos paladares, odores,
Em Ti apurar todos os meus sentidos!
Vou até ti.
Para que me recebas,
De corpo e coração
E sentido e emoção
E toque e desejo
E Tua.
Tua desde sempre, desde que me leste a Alma,
Desde que me deste calma,
Vontade de partilha e de me dar e te receber...
Vou até ti. Espera-me...

07/11/2011

Sente o calor em mim...

Sente o calor em mim...
Sente o meu corpo escaldar.
De vontade. De desejo.
De querer. De te ter.
Sente o calor em mim...
Sente-o no beijo,
Arrebatado que te quero dar,
Nos meus lábios com sede de ti,
Nos meus braços que te querem abraçar,
Sente-o!
Nas minhas mãos que te procuram,
Que te tocam,
Que deslizam em ti,
Que te marcam a pele de vontade,
Sente-o!
Na minha língua quente que te quer provar,
Que te desenha caminhos nunca percorridos,
Nunca explorados, saboreados,
Tentados e percorridos,
Sente-o!
Sente o calor em mim...

07/11/2011

Nunca te direi Adeus...

Nunca te direi adeus.
Nunca te deixarei partir de mim.
Nunca te direi para ires e não voltares.
Nunca te direi que me deixes, abandones.
Nunca o farei. Dizer-to seria como morrer.
Morrer não. É demasiado definitivo.
Eu deixaria de respirar. Deixaria de viver.
Não te quero prender. Não te quero obrigar a ficar.
Apenas não te vou deixar ir.
Apenas te vou manter. Comigo. Aqui. Sempre.
Mesmo que não te veja os olhos.
Mesmo que não te ouça a voz.
Mesmo que não me fales...
Mesmo que partas, nunca te direi adeus.
Estarás sempre comigo. Aqui. Sempre.
Eternamente. Cresço contigo.
Vivo contigo. Habitas em mim.
No meu ser. No meu querer.
Mesmo que decidas percorrer outros caminhos,
Que não me contemplem,
Que não me permitam acompanhar-te,
Que não te permitam ter-me ao teu lado;
Mesmo assim, eu estarei contigo.
Em pensamento. Em sentimento.
Em qualquer coisa que seja o que quiseres...
Nunca te vou dizer adeus.
Irei sentir-te em cada livro, em cada palavra,
Em cada brisa com cheiro a orvalho na terra,
Em cada onda de mar.
Estarás sempre em mim, comigo.
Nunca te vou dizer adeus:
Nunca dizemos adeus a quem nos faz falta!

07/11/2011