sábado, 15 de maio de 2021

Não importa


 




Não importa quanto tempo passa,
Não importam quantos foram os encontros,
Não faz diferença quantas vezes me (te) dei,
E muito menos,
Quanto prazer me deste.
A cada espera o coração dispara,
Bombeia o sangue carmim
De forma que ninguém espera,
Deixando a ansiedade tomar conta de mim.
Antecipo o toque,
O beijo da tua língua provando a minha,
Os dedos das tuas mãos
Despindo-me a pele,
Doce, vagarosamente,
Prolongando o meu desejo,
Torturando-me a vontade.
O sexo, já húmido, só de (te) imaginar.
A tua boca nos seios,
Os teus dedos dão-me a provar o meu sexo,
Ouvir palavras que, entre nós,
São de entrega:
Eu a tua serva, tu o meu dono,
Libertar-me, ser-me e pertencer-te,
Até, de prazer, quase desfalecer.
Não importa quando ou quanto,
Contigo, para mim,
É sempre (como) a primeira vez!


Cat.
2021.02.20

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