sábado, 15 de maio de 2021

Adeus (à) Vida XXXI




Sei que chegará a hora
De um dia adeus dizer,
De esta vida de agora
Deixar de viver.
Vais chegar de mansinho,
Quase sem eu sentir,
Durante o sono, a dormir,
Para que não sinta dor?
Ou vais fazer-me sofrer,
Ter que olhar-te nos olhos
E nesse momento saber,
Que já não me permites viver?
E como será morrer?
O corpo inerte no leito,
Frio, duro, morto,
A Alma liberta, flutua
Como pássaro no ar planando,
Como folha na água, sem destino?
Não me importa como chegas,
Como me levas ou carregas,
Serei livre do tormento
Da carne que me prende,
Pois serei Alma pairando
No ar, no mar e na terra,
Ou nas águas do meu rio.


Cat.
2021.02.19

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