Sobrevivo,
Numa existência mediana,
Quase sem sentido,
Nas horas que passam perdidas.
Há um abismo
À minha espera,
Como um oceano imenso,
Em que se mergulha sem medo.
Mas ainda não é hora
De submergir por inteiro,
Ainda há obra para ser feita,
E eu, à escolha não tenho direito.
Partirei quando chegares,
Quando decidires,
Quando a cabeça me empurrares
E eu mergulhando, deixarei os meus sentires.
Por agora apenas aguardo,
Que os dias passem rápido,
Não há força no meu espírito
E o corpo já pouco aguenta.
Mantenho-me à tona,
Com água pelo pescoço,
Quase sufoco com a dor que pesa e me puxa,
Mas ainda assim, luto, flutuo e sobrevivo
À tua espera.
Cat.
2021.02.18
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