sábado, 8 de maio de 2021

Adeus (à) Vida XVII


Corpo dormente,
Inerte,
Não mente:
É a quase morte.

Deixar o corpo
No leito,
Assim, morto,
Sem o bater do peito.

Largar a Alma,
Deixá-la ir,
Com toda a calma
Porque é hora de partir.

Vê-la desaparecer,
Num céu de cor incerta,
Atrás de uma nuvem qualquer
Mas sem a dor que aperta.

É levada pelo vento,
Arrastada sem destino:
É certo que é chegado o momento,
De para casa, refazer o caminho.


Cat.
2021.01.28

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