quarta-feira, 12 de maio de 2021

Adeus (à) Vida XXIV


 

Não quero que me chores
No dia em que pararei de respirar:
Lembra-te que se foram as dores,
Com que esta vida decidiu me ofertar.
Sabes que não sou só corpo,
Matéria, sangue e osso,
Que depois de morto
Será pó, enfiado num fosso.
Sou Alma aprisionada
Que nesse dia, nessa hora,
Do físico será libertada
E daqui se irá embora.
Sou Alma com muitas vidas
Todas elas por escolha,
Fui avós, pais e filhas,
De tantos que não sei.
Não chores na minha partida:
Regresso a casa
Com a Alma inteira,
Com tudo o que amei e senti
Em todas as vidas que vivi!


Cat.
2021.02.04

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