sexta-feira, 11 de maio de 2012

A luz do dia

Aguardo a luz do dia,
É noite cerrada em mim,
Como do outro lado da janela,
Nestas horas de noite sem fim.
É um constante negrume
Um murmuro, um queixume,
Que me invade e atormenta,
Que me desilude e apoquenta,
Que nunca desaparece, se esfuma,
E antes se apodera, devagar,
Do que sou, do que tenho para dar,
Qual ladrão escondido na penumbra.
Aguardo a luz do dia,
Essa luz imensa que tens no olhar,
Dessa cor de céu e de mar,
Que tanto me fazem sonhar e desejar!
Aguardo ser tomada,
Invadida, beijada,
Pela luz que de ti emana,
Que tanto me alegra o sorriso,
Que tanta vida me dá à alma.
És o meu sol na janela,
Aquele porque anseio ao acordar,
Que com apenas o olhar
A minha pele (fria, inerte por culpa da noite gelada,)
Fazes aquecer e arrepiar,
A cada toque, obrigada a renascer.
Aguardo pelo dia
Em que a noite não regresse,
Em que apenas exista
A luz do teu dia!

2012.05.02

1 comentário:

  1. (...)
    "Aguardo pelo dia
    Em que a noite não regresse,
    Em que apenas exista
    A luz do teu dia! "

    Dia após dia algo novo... Tanta terra para olhar, agarrar e sentir... e tudo o que nela existe...
    Sim, nas "luz do dia, mesmo que seja noite"

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