sexta-feira, 18 de maio de 2012

Gotas...


A hora dos sonhos aproxima-se suave, gentil e dócil como o fechar de pálpebras. A lua não mostra o seu brilho, tímida esconde-se por trás de nuvens de gotas de água que hão-de cair e fazer atenuar o calor que se faz sentir.

Gotas de água que em sonho sinto deslizarem-me no corpo, mornas desenhando formas e silhuetas de de dedos e bocas que juntas ficam completas. Gotas arrepiando a pele quente deste calor que me invade.

Gotas que na boca minha têm o sal do sabor teu, que depois de secas deixarão em mim, a marca do teu cheiro, do teu intenso e irresístivel odor. Gotas de gostos de línguas que se cruzam e enlaçam, que se lambem e provam, que me deixam com vontade de não me conter, de me perder e inteiro te sorver.


18.05.2012

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