segunda-feira, 21 de maio de 2012

Imperfeitamente vazia...

Hoje o dia, apesar de brilhar o sol, de ser quente o seu calor, se fazer brilhar as águas do rio que corre lento, agitado pela brisa fria que me seca os lábios, é noite em mim.Uma noite sem lua, sem luz, sem estrelas para brilhar no meu caminho.Um vazio apodera-se de mim. Um nada que me preenche, que me enche a alma e aperta o peito.Sim, um aperto no peito feito sufoco que tento libertar, do qual ...me quero largar e nada... Nada sai da minha boca. Apenas o vazio de palavras que não digo, que não sei quais são, que são vazias porque vazia eu estou.Vazia de mim. Tento libertar-me e analisar o que não tem análise. Como que classificam sentimentos? Como se colocam em patamares? Como se compartimentarizam? Como?E estou cheia deles, aqui, acumulados em mim, num frenezim que não pára, que não se detém, que não me largam o pensar que é confuso e disperso.E no meio de tanto pensar sem a conclusão alguma chegar, sinto-me vazia. Incompleta. Imperfeita. Imperfeitamente vazia...

2012/05/21

2 comentários:

  1. Avisto o vazio
    Estremeço perante esse frio
    E desenleio meus braços
    Para afugentar teus cansaços
    No interior
    De meu calor.
    Mas tu não me vês
    Tu não me crês
    E afastas-te paulatinamente
    Ignorando alguém que te sente...
    E nunca te mente...

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    1. Sopra-me esse calor,
      Intenso, imenso que tens em ti,
      Chama-me o nome,
      Segura-me em ti, no teu interior.
      Mostra-me esse sentir,
      Essa vontade de me abraçar,
      Esse desejo de me viver
      E... Faz-me acreditar.

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