terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Rio que sou...

Rio que sou,
Que no teu mar se quer perder,
Que no teu mar se quer encontrar,
Ser, pertencer,
Entregar.
Rio que sou,
Sem fim à vista,
Sem rumo para que resista,
Sem destino para que insista.
Rio que sou,
Galgando sem fim
Margens de sentimentos
Que não são de mim.
Rio que me inunda,
Que me percorre,
Que de mim transborda,
Que para ti quer correr,
Que por ti quer viver!
Rio que sou,
Que não tem sabor,
Que não sentido,
Que não existe sem ti,
Sem a partilha,
Sem o encontro nesse teu mar.
Rio que sou,
Que enlouqueço
neste silêncio,
Neste frio de ausência,
Neste sentir em que me perco...
Rio que não tem guia,
Que perde a esperança, a cada dia
De ser um rio que encontra o seu mar...

13/12/2011

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