sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Rodopio


Vivo num rodopio que não controlo.
Rodopio que não seguro,
E não me importa.
Rodopio de valsas indançaveis,
De tangos incompletos,
De músicas inacabadas.
Rodopio nas palavras das tuas asas
Feito braços com que me abraças.
Feito mãos no rosto e com que me afagas.
Rodopio em bicos de pés,
Levada por teus sonhos,
Como meu amor que és.
Rodopio seguro e querido,
Desejado e amado.
Rodopio sem sentido,
Que em ti me perco,
Nas voltas dos corpos
Que juntos se entrelaçam,
Que juntos são apenas um.
Vivo num rodopio que não controlo.
Rodopio doce e suave,
De beijos feito.
Rodopio quente e estonteante,
Por entregas totais mantido.
Rodopio na vida, vida contigo repartida.

11/11/2011

Suspensa...


Suspensa neste imaginário que me consome,
Que me invade e me atormenta.
Suspensa. Como uma marioneta,
Balançando ao sabor de fios,
Que nunca se unem,
Nunca se juntam e fortalecem.
Fios apenas fios de uma vida em fracções,
Porções. Pequenas.Ínfimas de Ti.
Suspensa nesta minha ilusão,
De Te sentir aqui,
Sempre a meu lado...
E a distância dos dias que passam,
Aumentam o meu fardo,
A minha angústia,
Os meus porquês...
Mas sinto-Te cada vez mais em mim.
Cada vez mais aqui.
Suspenso no mesmo não viver.
Suspenso no mesmo não saber.
Suspensos numa mesma sensação,
Emoção e Devoção...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sem medo do risco...

Sei que não resisto
Ao teu chamamento,
E caio nesse teu mar
Louca e sem medo do risco
De me poder apaixonar.
Sigo teu murmurar
Que me prende no ouvido,
Me controla o pensamento.
Canto que me enfeitiça
Que nesse suave ondular
Vem ao meu ouvido mentir,
Fazer-me acreditar.
Sei que não resisto
Às frases sussurradas,
Às mãos com que me enlevas
Num mundo de rosas e pétalas
De odores intensos e velas.
Sei que não resisto
Ao teu poderoso olhar,
Misto de doce desejo,
De vontade de me ter,
De me fazer dar,
De me provar e em ti me saber.
Chamamento de corpo,
De pecado e sem amor,
Sou teu objecto,
Apenas uma fonte de prazer.
Porque a esse teu Mar
Eu já não resisto!
Porque o risco de me apaixonar
Passou o limite:
É agora AMAR!

Um sonho de Mar...

Brisa quente de um Mar,
Que não sei destrinçar,
Que com seu aroma doce
Apenas me quer tentar.
Mar longínquo de cor de verde âmbar,
Faz-me sem medo sonhar.
Sonhos de cores de Outono,
De vermelho e Dourado,
De sol morno na pele,
De odores sem igual.
Brisa quente desse Mar
De lugares de tecidos frescos,
Esvoaçantes nos corpos,
Ondulantes de amantes.
Como me fazes querer
Por ti me deixar guiar,
Para nesse Mar
Me poder entregar.
De transparências me vestir,
De corpo quente a pedir
Que em sonhos de prazer,
Me faças... Mulher!