quinta-feira, 24 de março de 2022

Teu




Há dias em que a tua ausência me é demasiadamente dolorosa. Realmente sentida no imo do meu ser. Palpável.
Há dias em que não me sinto a viver. Em que o passar dos minutos é tão indiferente que nem me dou conta que já foram. E eu continuo aqui. Igual. Como que suspensa, no tempo, no sentir, no te amar.
E, no entanto, às vezes, tudo cai em mim. Tudo se torna real. Tudo parece ser, acontecer é, sobretudo, doer.
Sim, às vezes dói-me. Bem cá dentro. No mais íntimo do que sou.
Uma dor excruciante. Imensa. De (quase) morrer.
E as saudades... As saudades do que ainda tenho para te dar. Para contigo partilhar. Sentir. Amar.
E tenho tanto no que resta da minha vida e muito para além dela.
Porque o que sinto cá dentro é imenso. É enorme. É tão maior que eu...
É um amor imensurável. É eterno. É incondicional.
É teu.


Cat.
10.02.2022

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