sábado, 19 de março de 2022

Adeus (à) Vida XLII

 



Deito a cabeça,
Cerro os olhos,
Sem qualquer certeza
De que volto.
Permaneço neste
Meu Mundo:
Negro, escuro e profundo,
Como um poço sem fundo,
Onde a luz não se sente.
O ar é pesado,
Quente e sem odor,
Apenas existe,
Se permite respirar,
Tal como eu:
Sem qualquer vontade de regressar.
Aqui, não há expectativa,
Não há pelo que esperar,
A dor já não espreita,
Já dói e há que a suportar.
Deito a cabeça,
Cerro os olhos:
Não quero acordar
Nem neste mundo (sobre)viver,
Quero partir,
Ser livre, ser eu, voltar à minha essência
E, sem medo do que há-de vir,
Sentir e assim, ser feliz e sorrir...


Cat.
2021.08.28

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