quarta-feira, 16 de março de 2022

Ser, apenas ser


 

Por que é tão difícil gostar de nós?
Por que é tão difícil aprender a voltar a gostar de nós?
Por que temos de analisar tudo o que pensamos, a forma como agimos, o que dizemos? Sempre, a toda a hora? Por que razão?
Não podemos apenas ser? Ser sem essa (quase) sempre esmagadora auto-crítica? Sem essa destruidora de egos e da confiança?
Não podemos deixar de analisar o que somos, quem somos? Deixar de pensar é falsamente acreditar que podemos agradar a todos? Que temos forma de criar empatia com todas as pessoas que cruzam a nossa vida? Mesmo quando é genuíno, quando és a tua melhor versão? Ou não será nada disso?
Será apenas necessidade de aceitação? Pura insegurança?
Eu tenho uma (extrema) necessidade de aceitação, de aprovação, de que gostem de mim.
Não deixo de dizer o que penso, o que sinto
Não deixo de ser quem sou, não perco os meus valores, não sou falsa.
Ou serei?
Terá essa necessidade a capacidade de me fazer mostrar uma pessoa realmente diferente da que sou?
Será que me julgam falsa e uma jogadora, correndo de acordo com a maré?
E qual o motivo da minha preocupação com isso?
Quero, preciso que gostem de mim.
Quero, preciso.
E isso é o bastante para me deixar a pensar se me deixo facilmente adulterar...
E eu só quero ser. Ser com todos os meus defeitos e virtudes. Com tudo o que há em mim, de bom e de menos agradável.
Ser, apenas ser e não me (deixar) condenar por assim ser...

Cat.
2021.07.31

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