terça-feira, 7 de agosto de 2018

Todos os domingos


A manhã já se mostra lá fora com o sol ainda tímido para um dia de final de Julho. Talvez por isso os pássaros prolonguem o seu cantar até mais tarde, fazendo uma banda sonora descompassada mas que me embala. É Domingo e o som das pessoas na calçada não perturba esta sinfonia.

Cá dentro do quarto, apesar do fresco do dia, há um calor que me preenche, que me enche a Alma e o coração. O calor do teu abraço, do teu me querer e do teu me amar.

Olho-te, ainda dormes e consigo perceber nas poucas linhas do teu rosto, nos poucos cabelos grisalhos, como o tempo quase não passa por ti. E recordo o momento em que te reencontrei e te revi. E como tudo em mim estremeceu e eu soube, nesse preciso momento, que por ti, de amores, me perdi.

Olho-te e percebo que hoje, passados estes anos, te amo mais do que antes. Que apesar da rotina dos dias sempre iguais, das coisas chatas que nos aborrecem, das ideias que nos fazem diferentes, dos ideais que nos separam, é assim que eu te amo.

É por isso que eu te amo cada vez mais. É por isso que és tão perfeito para mim.

Porque me aceitas como eu sou: perfeitamente (im)perfeita!

Hoje, não vou deixar de te dizer o quanto me fazes feliz.

Hoje e todos os Domingos até ao fim da minha vida.

Cat.
2018.07.22

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