A vida é algo único.
Por muito que tentemos, dá-nos sempre a volta e é um constante rodopio que nos deixa, muitas vezes, tontos e sem rumo ou sentido.
Há oito anos, neste mesmo dia do mês, escrevia textos de forma quase desesperada.
Textos de dor, de adeus, de querer salvar-me e o que não tinha salvação. Não tinha nada que me prendesse, me fizesse ficar, me acalmasse o vazio, cá dentro, do corpo e da alma.
Hoje vivo uma vida tão diferente, tão mais preenchida de tudo o que importa. Mas acima de tudo, cheia de um amor incondicional, único, presente, preocupado e altruísta. Um amor de conto de fadas, com o melhor companheiro que poderia ter.
A vida não é só rosas, também há espinhos. A nossa não é diferente, também temos momentos menos bons e já passamos por tanto juntos. E tudo isto nos fortaleceu, nos uniu e te tornou no que sempre desejei: no meu (im)perfeito companheiro e grande amor da minha vida.
É graças a ti que, apesar das ausências que jamais o deixarão de ser, que as lágrimas que me escorrem pela face, que a dor se apodera de mim e me esvazia do que sou, da pessoa por quem te apaixonaste, eu ainda não me afundei por completo.
Pela tua mão sempre presente.
Pelo teu amor incondicional.
Pela tua paciência quando choro sem conseguir explicar e, ainda assim, sem questionar, me abraças e me fazes querer sorrir e a viver voltar.
É engraçada a vida... E a mente da gente.
Há oito anos desesperava por me sentir desprezada. E chorava.
Hoje, também choro.
Porque há marcas demasiado profundas.
Mas, sobretudo, quero que saibas que, também e muitas vezes, choro porque te tenho a meu lado.
Amparando-me nos trambolhões da vida.
Abraçando-me quando quase me afogo.
Amando-me com todas as minhas fraquezas.
Porque sem ti, não há rumo, futuro ou o quer que seja.
Apesar de não to estar a conseguir mostrar como me preenches as horas, os vazios, os dias, o respirar e a minha vida.
Jamais deixarei de te amar, só para que saibas.
Cat.
2020.06.29