Há uma sensação de impotência quando olhámos a vida. Vida em todos os sentidos.
Como se fosse inevitável fugir a certas dores ou alegrias, à vida ou à morte.
E somos realmente impotentes, não depende de nós.
E há tantos caminhos que podemos seguir e tantas vezes esbarramos com as mesmas coisas, como se nos perseguissem, como se fossem inevitáveis.
Mas há em nós, no nosso âmago, uma força que nos move, que não nos deixa deixar ali, no nosso canto, com a vida suspensa de forma (quase) eterna.
É preciso viver.
É preciso amar, chorar, rir, odiar, provar, experimentar, beijar, abraçar, perder e ganhar.
A vida vida é um ciclo, como o passar das horas, dos dias; como a Primavera e o Inverno; como o céu agora azul, amanhã cinzento; como o mar agora quente e calmo, amanhã impiedoso e turbulento.
Fazemos escolhas, tomámos decisões, cumprimos o caminho a que nos propusemos, mas há sempre, a dado momento, essa sensação de impotência.
Momentos em que caímos no chão e Mundo e Vida não param...
Porque o ciclo não pára.
Porque nada pára.
Nem o céu de ser azul e cinzento, nem as árvores de crescer e morrer, nem o vento de ser doce ou devastador.
A vida é assim: um ciclo que apesar de repetido, é sempre diferente, é sempre impossível de controlar. E há tanto que pode, nesse entretanto, por nós passar...
Cat.
2020.05.01