terça-feira, 24 de novembro de 2015

Escreverei


Não quero livros. Não quero histórias com um final feliz.

Quero viver apenas. Quero uma vida feita de capítulos. Cada um diferente do outro.

Não quero uma vida igual a tantas outras. Não quero uma história já escrita, já vivida e contada por outros.
Quero fazer os dias à minha maneira. Quero que as horas contem os meus momentos. Que os anos sejam como uma passagem de uma história construída a cada passo.

Não quero as perdas e a felicidade que outros vivenciaram.

Quero as minhas. As que me fazem crescer e mudar. As que me fazem sorrir e chorar.

Quero o viver que me faz feliz. E quero-o contigo ao meu lado enquanto eu te fizer feliz. Enquanto a nossa história se escrever em conjunto.

E quando já não houver motivo para escrevermos juntos, para nos mantermos juntos, eu acrescentarei um novo capítulo. Muito mais triste. Muito mais sem sentido. Muito mais vazio. Mas escreverei porque apesar de tudo um esforço para viver eu farei.




25.Out.2015

Feliz de mim



Há no viver uma subjectividade imensa. Eu vivo. Tu vives. Todos vivemos.

Sim, os dias passam e as rotinas cumprem o objectivo de nos ocupar as horas que preenchemos com tarefas, quase sempre, monótonas.

Mas é isto viver? Apenas concluir o que supostamente temos de fazer? O trabalho, o convívio com pessoas que, na maioria das vezes, não são como nós, não pensam como nós e que, de uma forma ou de outra, são mais idênticos a nós, ao nosso viver, do que alguma vez imaginamos.

Viver é cumprir com o percurso de vida que, mais cedo ou mais tarde, é nada mais nada menos que uma cópia da vida de tantas outras pessoas. Os estudos, o emprego minimamente estável para que as possibilidades de constituir família sejam maiores e os filhos possam ter tudo o que estiver ao alcance do que o dinheiro pode comprar - bens e serviços.
Mas é isto viver? Não, viver não é isto! Isto é sobreviver!

Viver é fazer o que dá prazer! É poder ter tempo para nós, é manter uma certa independência do que fazemos e ter o nosso espaço, ter o direito a ser quem desejamos, sem olhares condenativos. É ser aceite independentemente das decisões que tomamos.

Todos somos diferentes. Mas todos temos o mesmo objectivo: ser feliz. E todos sonhamos de forma diferente esse objectivo.

E tudo depende de nós, de não querermos apenas sobreviver.

Feliz de mim que ainda tenho sonhos pelos quais lutar.
Feliz de mim que ainda acredito que no sonho de viver!


15.Out.2015

Jamais me abandonas

Sozinha, mas nunca só.
Há em mim o cheiro do teu corpo,
Tão vívido como se aqui estivesses,
Tão quente como se me abraçasses,
Tão perfeito como sentir me fazes.

Há na minha pele o arrepio do teu toque,
Tão presente que me marca,
Tão real que me enche de desejo,
Tão perfeito como se me percorresse o corpo.

Há aqui,
Agora,
A vontade de te ter,
De te pertencer,
De a ti me entregar,
De em mim te receber.

E o corpo reage
Às memórias em mim guardadas,
Às recordações na pele gravadas,
E os meus dedos são (quase) como os teus,
Imitando o teu calcorrear-me,
O teu dedilhar que me deixa sem chão,
Sem terra, sem pensar,
Que me enche de um tesão
Que me faz perder e,
Apenas sentir o
Desmesurado prazer de,
Para ti,
Ter um orgasmo.

Sozinha, mas nunca só. Jamais me abandonas.

10.Out.2015

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Hoje viajo ao som de...




From walking home and talking loads
To seeing shows in evening clothes with you
From nervous touch and getting drunk
To staying up and waking up with you

But now we're slipping at the edge
Holding something we don't need
All this delusion in our heads
Is gonna bring us to our knees

So come on let it go
Just let it be
Why don't you be you
And I'll be me

Everything that's broke
Leave it to the breeze
Why don't you be you
And I'll be me

And I'll be me

From throwing clothes across the floor
To teeth and claws and slamming doors at you
If this is all we're living for
Why are we doing it, doing it, doing it anymore

I used to recognize myself
It's funny how reflections change
When we're becoming something else
I think it's time to walk away

So come on let it go
Just let it be
Why don't you be you
And I'll be me

Everything that's broke
Leave it to the breeze
Why don't you be you
And I'll be me

And I'll be me

Trying to fit your hand inside of mine
When we know it just don't belong
There's no force on earth
Could make me feel right, no

Whoa

Trying to push this problem up the hill
When it's just too heavy to hold
Think now's the time to let it slide


So come on let it go
Just let it be
Why don't you be you
And I'll be me

Everything that's broke
Leave it to the breeze
Let the ashes fall
Forget about me

Come on let it go
Just let it be
Why don't you be you
And I'll be me

And I'll be me