terça-feira, 24 de novembro de 2015

Jamais me abandonas

Sozinha, mas nunca só.
Há em mim o cheiro do teu corpo,
Tão vívido como se aqui estivesses,
Tão quente como se me abraçasses,
Tão perfeito como sentir me fazes.

Há na minha pele o arrepio do teu toque,
Tão presente que me marca,
Tão real que me enche de desejo,
Tão perfeito como se me percorresse o corpo.

Há aqui,
Agora,
A vontade de te ter,
De te pertencer,
De a ti me entregar,
De em mim te receber.

E o corpo reage
Às memórias em mim guardadas,
Às recordações na pele gravadas,
E os meus dedos são (quase) como os teus,
Imitando o teu calcorrear-me,
O teu dedilhar que me deixa sem chão,
Sem terra, sem pensar,
Que me enche de um tesão
Que me faz perder e,
Apenas sentir o
Desmesurado prazer de,
Para ti,
Ter um orgasmo.

Sozinha, mas nunca só. Jamais me abandonas.

10.Out.2015

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