E os sonhos são tantos,
Como tantos os dias
Que passam rápidos,
Como as ondas desse teu mar
Onde sempre me perco.
Ondas que sinto em mim,
Na pele que me cobre a carne,
Que peca a cada momento
Em que te sonho,
Dentro, em mim.
E os sonhos são imensos,
Como o sentimento que me invade
A cada palavra que sussurras no meu ouvido,
Que me enche de felicidade,
Que me faz sonhar ainda mais,
Com o concretizar destes sonhos
Que custam a ser verdade.
E os sonhos são reais?
São parte de mim que quero em ti,
Parte de ti que faz parte de mim,
Que me completa,
Que me realiza,
Que me deixa imensa de tanta certeza
Que és tudo em mim,
Que és tudo para mim.
E os sonhos são teus
E meus que queremos sejam...
Apenas nossos.
2012/06/04
terça-feira, 12 de junho de 2012
Fazer parar
Vou fazer parar o Mundo. Não esse que gira, redondo, sem parar. Mas o meu Mundo que é imenso como o que sinto, como o ar que me envolve em aromas de frutos de cor laranja e carmim, em árvores de flores brancas e rosa.
Aromas que me fazem viver e sentir os dias que teimam em passar e que jamais deveriam existir quando tu não estás presente para comigo os partilhar.
E esses são dias que não sabem a viver, que apesar de o ar em mim entrar é como não viver. E são assim, repetitivos, consequência de sequências de um existir, de um apenas sobreviver e que cada vez me custam mais a deixar passar.
Por isso, vou mandar o Mundo, este que é só nosso, parar, nesse preciso instante em que te estou a abraçar e poder contigo, em ti, para sempre ficar.
2012/05/30
quarta-feira, 30 de maio de 2012
Deita-te
Deita-te,
Fecha os olhos,
Deixa-te levar pelo que sentes,
Não penses,
Não deduzas,
Não antecipes...
Sente apenas,
Pele que reage,
Arrepio que te invade,
Ao deslizar de um dedo,
De lábios quentes,
De língua molhada,
Que em ti vai passeando.
Sente-me o gosto na tua boca,
Deixa-me invadi-la,
Misturar-nos os sabores.
Deixa-te por mim provar,
Sem que te mexas,
Sem que tentes perceber,
Apenas entrega a este imenso prazer
De te dares ao meu te tocar,
Te saborear,
Te querer.
Deita-te,
Deixa-me te receber...
Prende-me
Prende-me!
Aqui, a ti, em ti.
Não deixes que te fuja,
Não permitas que as horas vazias
Em que não estás
Me levem qual folha no vento
Desprendida da árvore que a alimenta,
Solta, perdida,
Depressa esquecida, substituida.
Prende-me!
Nos teus braços
Com fitas carmim,
Em amarras criadas de laços
Que deslizam em mim,
Como os teus dedos
Na pele que te pertence,
No corpo que conheces,
Num sentir que me enlouquece.
Prende-me!
No teu beijo
Que tem esse teu gosto
Que me invade a boca,
Que na minha encaixa perfeita,
E que nela se movimenta,
De forma rápida, intensa ou lenta,
Que nos meus lábios desliza,
Que me molha de saliva...
Prende-me!
Neste sentir de te querer partilhar o viver,
Neste desejo de todos os dias te ver,
Te saber, te ouvir e poder tocar.
De contigo querer saber o sabor dos dias abraçados
Em horas que lentas passam.
Prende-me!
Quero-te ao meu lado,
Quero-te comigo,
Quero-me contigo,
Quero que me enchas o vazio dos dias,
Que me preenchas as páginas deste livro que é o viver,
Prende-me assim,
Numa história cheia de sentir...
30.05.2012
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