quarta-feira, 23 de maio de 2012
Neste corpo...
E a vontade invade-me a mente,
Lembranças de beijos,
De bocas que se tocam,
De línguas que se entrelaçam,
Que se provam,
Que se lambem.
Mãos que se tocam
Em corpos que sempre se descobrem,
Dedos que deslizam,
Que se fazem sentir sempre novos,
Sempre de forma diversa,
E quando me invadem perco a razão,
O pensar, a lucidez.
E o teu corpo junto ao meu
É dança a dois num único movimento,
E a minha boca murmura palavras intensas,
Gemidos de prazer que jamais quero conter,
Que quero libertos,
Sem medos ou receios,
Em teu corpo que me invade o ventre,
Em ritmos intensos e compassados,
Que me sacodem cá dentro
E me fazem vibrar nesta louca entrega
Que é nossa, minha e tua.
E o calor do teu prazer,
Molha-me a pele quente,
E o teu cheiro e o teu sabor
Marcam-me,
Intensos e tão profundamente
Que os sinto em mim ainda.
Aqui, neste corpo que não te esquece...
2012/05/22
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Imperfeitamente vazia...
Hoje o dia, apesar de brilhar o sol, de ser quente o seu calor, se fazer brilhar as águas do rio que corre lento, agitado pela brisa fria que me seca os lábios, é noite em mim.Uma noite sem lua, sem luz, sem estrelas para brilhar no meu caminho.Um vazio apodera-se de mim. Um nada que me preenche, que me enche a alma e aperta o peito.Sim, um aperto no peito feito sufoco que tento libertar, do qual ...me quero largar e nada... Nada sai da minha boca. Apenas o vazio de palavras que não digo, que não sei quais são, que são vazias porque vazia eu estou.Vazia de mim. Tento libertar-me e analisar o que não tem análise. Como que classificam sentimentos? Como se colocam em patamares? Como se compartimentarizam? Como?E estou cheia deles, aqui, acumulados em mim, num frenezim que não pára, que não se detém, que não me largam o pensar que é confuso e disperso.E no meio de tanto pensar sem a conclusão alguma chegar, sinto-me vazia. Incompleta. Imperfeita. Imperfeitamente vazia...
2012/05/21
E o corpo reage...
E o meu corpo reage quando te aproximas. Quando o teu cheiro me invade os sentidos e a tua voz me comanda os pensamentos.
E a minha pela arrepia-se ao teu primeiro toque, suave no ombro, deslizando e eu estremeço de vontades.
Vontades que lês nos meus olhos, que sentes no toque de lábios que se encaixam nos teus, em que a língua tua lambe a minha.
Desejo que desças sem pudor, que me percorras toda a pele, que me saboreies cada poro, que me deixes com teu gosto, com tua saliva molhada em mim.
Molhada me deixas apenas assim, com essa boca louca, sedenta em mim, em que meus seios sugas em louco frenezim.
E já não me controlo, nem mente, nem corpo, sou tua por completo, em tuas mãos me entrego para teu e meu prazer.
E quero mais, quero-te em mim, sempre assim, vezes sem fim.
sábado, 19 de maio de 2012
Arrepias-me...
Arrepias-me
Como se um vento gelado
No meu rosto roçasse,
Afagando-me e reconfortando-me.
Arrepias-me
Como se uma gota de água
Na minha pele deslizasse,
Deixando caminhos novos em mim.
Arrepias-me
Só de te pensar,
De o teu gosto relembrar,
De como as nossas línguas se entrelaçam
Sem guiões escritos,
De como se encaixam,
Perfeitas,
As bocas num beijo.
De como os teus braços me envolvem
E as tuas mãos me tocam,
Me apertam,
Me descobrem,
Me segredam vontades que o corpo pede.
Arrepias-me
Mesmo sem me tocar,
Sem aqui ao meu lado estar
E faço, satisfazendo o desejo insano,
Dos meus os dedos teus...
Obrigada pela inspiração: Watermelon Colya
2012/05/19
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