quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sabor teu...

Sabor esse que é teu,
Que me enlouque,
Que me desarma e apetece.
Sabor na boca que não se esquece,
Que não desaparece,
Que em mim se entranha,
Que em mim se perde.
Sabor que me tolda o pensamento,
Sabor que me vicia,
Que desejo a todo o momento.
Sabor esse que e o teu,
Que me invade de desejo,
De vontade e sensação!
Sabor na boca intenso,
Sabor a ti, a teu beijo imenso...

15/12/2011

Toca-me...

Toca-me doce e suavemente,
Tentadora e sedutoramente.
Toca-me, faz meu corpo vibrar,
Faz-me sentir e delirar.
Toca-me, faz teu dedilhar
Que me enlouquece,
Que me aumenta a vontade
Que me faz desejar.
Toca-me com beijos,
Que se perdem em meus poros,
Que me arrepiam ao passar
Do calor da tua boca.
Lingua demente a deslizar,
Sem controlo as mãos a apertar!
Toca-me onde sabes só tu tocar,
Como só tu sabes fazer-me descontrolar!
Toca-me agora mais forte,
Mais fundo,
Aperta-me em ti,
Faz-me entregar,
Faz-me te pertencer,
Te querer-me dar,
Em ti meu corpo ondular
Em gigantes ondas de prazer!
Toca-me!

15/12/2011

A meio do caminho...

Sentimento que não se explica,
Que muitas vezes se complica,
Que nos alimenta a alma,
Que nos faz viver.
Sentimento que se constrói,
Dia após dia,
Momento seguido de momento,
Bons, Menos bons,
Que nos fazem crescer.
Sentimento que nasce sem se perceber,
Sem se poder compreender,
Sentimento de partilha,
De confiança,
De carinho,
De amor incondicional,
De amor imparcial.
Sentimento construído,
Por vários num caminho,
Caminho percorrido em ambos os sentidos,
De mim para ti,
De ti para mim,
Caminhos que se encontram.
A caminho da Amizade,
Encontra-te comigo,
A meio do caminho...

14/12/2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Rio que sou...

Rio que sou,
Que no teu mar se quer perder,
Que no teu mar se quer encontrar,
Ser, pertencer,
Entregar.
Rio que sou,
Sem fim à vista,
Sem rumo para que resista,
Sem destino para que insista.
Rio que sou,
Galgando sem fim
Margens de sentimentos
Que não são de mim.
Rio que me inunda,
Que me percorre,
Que de mim transborda,
Que para ti quer correr,
Que por ti quer viver!
Rio que sou,
Que não tem sabor,
Que não sentido,
Que não existe sem ti,
Sem a partilha,
Sem o encontro nesse teu mar.
Rio que sou,
Que enlouqueço
neste silêncio,
Neste frio de ausência,
Neste sentir em que me perco...
Rio que não tem guia,
Que perde a esperança, a cada dia
De ser um rio que encontra o seu mar...

13/12/2011