terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Tua, sou tua.

Tua, sou tua.
Não sabes?
Não sentes?
Tua, sou tua!
Agora. Aqui.
Amanhã. Onde quer que seja.
Tua. Sou tua.
Tua doce ventura,
Tua demente loucura.
Insana, profana e pura,
Suave, intensa e sem censura.
Tua de alma, coração e corpo.
Corpo de paixão, de querer,
De te ser e de sensação.
Imensa, gigante vontade de em ti
Me perder, sem rumo, de verdade.
Tua serva de prazer,
Tua dona e do teu querer,
Tua desde sempre sem saber...
Tua, sou tua!
Não sabes?
Não sentes?
Tua, sou tua!
Em tuas mãos me perder,
Do teu corpo beber,
Nele enlouquecer. De prazer.
De te ter.
De te saber, em mim, igual sentir,
Igual desejar, Igual querer!
Tua! Sou tua!

06/12/2011

Presa a ti...


Presa a ti,
Neste sentimento sem fim,
Sem igual, sem comparação,
Sem início e sem final.
Presa a ti,
Minha ilusão desventurada,
Minha solidão amargurada,
Minha vida perdida.
Presa a ti,
De alma e coração,
De sentimento sem questão,
Sem razão.
Presa a ti,
Neste corropio de sensações,
Neste correr em turbilhão,
Neste redemoinho de perdição.
Presa a ti,
Ao que me és,
Sonho,
Ilusão,
Loucura de mim,
Fantasia do coração,
Desvario sem fim,
Frenezim de tentação.
Nada que possa ser meu,
Que possa agarrar no peito,
Que possa levar para o leito,
Que possa sentir em mim,
Que possa tornar real.
Ouvir, Tocar, Sentir.
Querer, dar e ter.
Mas presa,
Presa a ti,
A este mais sonhar,
Desejar e nunca, nunca alcançar...

06/12/2011

Vou deixar-te ir...

Vou deixar-te ir...
Assim. Em definitivo.
Vou deixar-te partir da minha vida,
Sem medos. Sem receios.
Vou deixar-te ir...
Não te prendo mais,
Liberto-te. Solto-te. Largo-te.
Não vou deixar-te amarrado a mim,
A uma ilusão.
Ao que nunca consegui ser.
Ao que nunca conseguiste ter.
Vou deixar-te ir.
Para que não te sintas acorrentado
A uma teia que não tem mais tecer,
Que não tem mais por onde crescer,
Que não mais vai ser...
Vou deixar-te ir.
Apesar do meu pesar.
Apesar do meu sentir,
Do meu querer e desejar.
Não consigo acompanhar-te,
Não consigo que te percas em mim,
Que te des e me faças dar.
Vou deixar-te ir.
Para que vivas,
Livre, longe, solto
Todos os amores e desamores que te apetecer.
Vou deixar-te ir,
Para que eu possa, sim, agora viver...

06/12/2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Toca-me... Sente-me...

Faz-me real...
Teu corpo no meu...
Tua boca na minha...
Toca-me... Sente-me...
Faz-me tua,
Louca e Insana
Vontade de te sentir.
Em mim,
No corpo, Nos seios,
Na curva do ventre quente
E desejoso de te ter...
Toca-me... Sente-me...
A vontade de prazer...
               [Sai da redoma...
Vem despir-me de medos,
De receios e preconceitos.
Vem encher-me de vontades,
De loucas insanidades
Minhas, Tuas, nossas.
Faz-me querer,
Mostra-me como posso ceder...
              [Mostra-me o caminho...
Anda! Segue-me...
Dá-me a mão,
Vou guiar-te pelos meus caminhos,
Intraçados, Novos, únicos
Por ti e por tuas mãos criados.
Anda! Segue-me!
Vou dizer-te em sussurro
Os meus trilhos preferidos,
Que teus dedos cruzarão,
Que tua língua e boca provarão!
Anda! Segue-me...
Anda! Toca-me! Sente-me!
                 [Vem para mim.
                   Endoidece-me mais um pouco.
                   Faz com que vá para ti,
                   percorra quilometros num segundo,
                   me deite
                   te prove,
                   te tenha.

Percorre-me...
Lento... Suave...
Arrepio de pele,
Louca vontade...
Sente-me o desejo,
O calor do meu beijo,
Faminta de te provar...
Toca-me... Sente-me...
As formas redondas de mulher,
Que te deixam louco,
Sedento de prazer.
Percorre-me...

                 [Percorro-te com o olhar... Apenas!
Olhar teu que me percorre,
Que me desnorteia e incendeia...
Sigo teu olhar de desejo,
Neste corpo profano,
Vontade que me atormenta.
Faço minhas mãos parecer tuas,
Percorrem-me agora,
Ávidas respondendo a ordens tuas
Sem palavras, de olhares feitas...
Toca-me... Sente-me...

05/12/2011
JC: Obrigada!