quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Na ponta dos dedos

Vivo na ponta dos dedos...
Dedos que escrevem palavras sem cor,
Palavras sem amor,
Palavras, meras palavras.
Vivo na ponta dos dedos...
Dedos que tocam sem sentir,
Que vivem sem viver,
Que não têm prazer.
Na ponta dos dedos
Que um dia já viveram,
Já sentiram, Já amaram!
Já tocaram lábios doces de mel,
Mãos de igual sentir e pedir,
Corpo de igual desejar inesquecível...
Na ponta dos dedos
Que hoje, vazios,
Nus de sentimentos,
São apenas dedos,
Perdidos no firmamento...
Na ponta dos dedos
Que anseiam por viver de novo,
Por de novo querer,
Que os faça renascer.
Mas esse poder,
Tem apenas o teu ser...

Noite VI

Esta noite não dormi aqui,
Ao teu lado, nesta cama.
Deitei-me sobre o teu corpo,
Senti o teu calor e olhei-te.
Olhei para ti..
De como a tua pele tem o cheiro da praia,
De como os teus olhos são profundos como o mar,
De como a tua boca sabe a cereja,
De como os teus braços me protegem.
Não dormi, Olhei para dentro de ti,
De como é imenso o teu sorrir,
De como é infindável o teu ser,
De como é insubstituível o teu amor...
Olhei-te, vi-te e admirei-te.
Senti o teu respirar no meu pescoço,
O teu coração bater no meu ouvido,
O teu calor no meu peito,
As tuas mãos no meu corpo
E dormi...
Um dormir de sonho, de ilusão,
Porque afinal,
Afinal não estavas aqui...

Nesta hora...

Nos teus braços,
Agora, queria estar.
Neles meu corpo
Poder enroscar,
No teu peito
Minha cabeça repousar.
O beijo surgiria,
Doce, suave, delicado
De boa noite.
Mas aí nao pararia,
Por aí nao ficaria.
Meu coração descompassado,
Louco bateria...

Lembras-te de como bate meu coração?
De como junto ao teu,
Quase explode de emoção?

Desejo-te. A boca com teu sabor,
Com esse teu beijo
Que me faz viciar.
O toque das tuas mãos,
Suavemente a deslizar
No meu corpo, a procurar
Novas rotas, novas sensações...
A respiração que acelera,
Que se transforma em suspiro,
Em murmúrio no ouvido
E em gemido transformado
Quando em mim ficas parado!

Como quero sentir,
Como me quero dar,
Como tua quero ser...


10/11/2011

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Por mim...

Se um dia precisares,
Lembra-te que estarei sempre aqui,
Que jamais te abandonarei,
Que jamais deixarei de fazer parte da tua vida.
Apenas... Apenas me ausentei.
Por breves ou longos momentos.
Se um dia precisares,
Lembra-te que sempre te quis bem,
Que sempre estarás no meu pensamento,
Que sempre estarei mais perto do que imaginas.
Se um dia precisares,
E eu não estiver,
Recorda os nossos momentos,
Recorda as nossas partilhas,
Recorda os nossos sonhos, as ilusões,
As nossas discussões, as nossas conquistas,
As nossas tréguas!
Se um dia precisares,
Realmente precisares de mim,
Se sentires a minha falta,
Lembra-te que eu sintirei igual...
Mas faz, sonha, vive,
Faz tudo que te apetece,
Tudo que tens vontade,
Fá-lo por mim...

09/11/2011