quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Deixa...

Deixa que te diga,
Deixa que te mostre,
Deixa que te queira dar,
Que queira estar,
Que queira partilhar,
Deixa.
Deixa que te mostre o meu olhar,
Deixa que te mostre o meu ver,
O meu mundo, as minhas cores,
As minhas palavras,
Os sabores meus e de mim.
Deixa...
Deixa que te permita partilhar-me,
Que te permita acompanhar-me,
Que te permita usufruir de mim.
Assim sem limites, sem fronteiras,
Sem barreiras...
Deixa. Dá-te a esse prazer.
Permite-te aceitar o que te quero dar...
Deixa. Dá-me esse prazer.
Permite-me também te ter,
Também te aceitar,
Também te receber e partilhar...
Deixa...

26/10/2011

Em três tempos



Em três tempos...
Em três tempos fazes parte da minha vida.
Em três tempos entraste nos meus dias.
Em três tempos me conquistaste.
Em três tempos...
És o meu complemento.
És o meu começar e o meu acabar,
És o meu dar e tirar,
És o meu querer e o oferecer,
És o meu tudo e o meu nada.
Em três tempos...
Tudo faz sentido,
Tudo tem outro sabor,
Tem outro encantamento,
Tem outras luzes, outros tempos, outros momentos...
Em três tempos passaste a ser
O meu passado, o meu presente e o meu futuro.
Em três tempos me ajudaste,
A saber conjugar o verbo amar(te)...

26/10/2011

Apetece-me...

Apetece-me, ser outra. Apetece-me,
Mudar assim, de repente, apetece-me.
Ser o que não esperas,
Ser o que não viste,
Quem nunca conheceste,
Quem nunca viveste...
Apetece-me, ser outra. Apetece-me,
Mudar os dias para a noite,
Ter-te sem receio,
Mostrar-me por inteiro,
Provar-te e saborear-te
Em horas nunca tentadas,
Tentar-te e levar-te
A queres mais, sem demoras...
Apetece-me, ser outra. Apetece-me,
Passar as horas para os minutos,
Demorar-me em ti,
Por ti e contigo,
Serem os minutos a demorem horas
Para poder sorver-te sem pensar...
Para poderes seduzir e dominar,
Para poderes usufruir e sucumbir
Para seres Rei e escravo,
Para te entregares e me tomares...
Apetece-me, ser outra. Apetece-me,
Mais. De ti e de nós.
Apetece-me...

25/10/2011

Frio...

Frio que me envolve,
Que me arrepia a pele,
Que me faz morta...
Frio que me obrigas a andar,
Que me fazes procurar,
Nos dias sem fim,
O calor apetecido...
Frio que nasce em mim,
Que afinal parte daqui,
Do gelo que me arrefece
A alma. E o corpo,
Esse, apenas obedece...
Frio que podias desaparecer,
Que podias não exisitir,
Que podias nunca ser
A minha companhia sem fim...
Frio, que em mim nasce,
Que daqui não desaparece,
Que jamais me abanadona,
Frio, frio que tu trouxeste,
No dia, naquela hora
Em que adeus me disseste...

25/10/2011