segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Ele (s) VI



Ela.

Ela ama com toda a intensidade.
Não sabe ser mais ou menos, comedida, morna.
Ama com toda a sua paixão. Num extremo que poucos entendem. Num dar-se que não é vulgar.
Não teme não ser amada: sabe que quando ama, ninguém a "desama".
Quando não está para amar é que a deixam de amar.
É quando mostra que pode ser pior que os piores.
Sarcástica e acutilante no auge.
O epítome da (quase) crueldade... Não, cruel não é.
E má também não.
Apenas gosta de obter reações intempestivas. Como ela.
Que lhe mostrem o que sentem: gritem ou beijem, amem ou odeiem, mas com tudo o que têm dentro. Com tudo o que são.
Como ela é: de extremos. Complexa.
Mas de sentires.
De sentires como forma de viver.
Porque só sentindo se está vivo e se pode viver.
Seja bom, ou seja mau.
Viver, sentir, doer, amar, chorar e sorrir.
Ela é assim: cheia de intensidades. À flor da pele.



Ele.

Ele ama-a a assim: intempestiva.
Porque os beijos são únicos e porque o desejo é de ardor que quase queima a pele.
A luxúria faz parte do nome dela.
E ela, ela f@de-o como ninguém.
É única a entrega. É sempre diferente: ora domina, ora é dominada.
Nunca sabe o que dali esperar.
Mas é mais que isso.
É mais do que o toque na pele. Do que o sabor da boca. Do que o maravilhoso sexo.
É o sorriso. É o abraço. É a companhia. É o seu mau feitio, que é de (quase) arrancar os cabelos.
Ela é uma montanha-russa: nunca sabe o que esperar dali.
E isso tanto atormenta como encanta.
Ela é uma surpresa diária.
Um sorriso de anjo que esconde um diabrete.
Mas ama-a assim, num rodopio constante de sentires.
É o que faz com que o sangue lhe corra nas veias com essa força vital que é desejar viver! Desejar amar e ser amado desta forma única!


Cat.
2018.08.08

Soletrar(te)

Vou soletrar-te cada palavra
Escrita para ti.
Será como um livro,
Escrito em todo o teu corpo.
Em cada poro
O descrever de um toque,
Na tua boca
Uma ode aos sentidos
E no teu sexo,
Ai no teu sexo,
Um compêndio do que é
Luxúria e prazer.
Descrever-te
Cada orgasmo partilhado,
Cada espasmo do meu corpo
Com o teu abraçado,
Cada detalhe do teu sabor
Para sempre guardado
No meu paladar.
Inebriar-te com o som lânguido
De quem se quer deixar
Aventurar no teu tomar,
No teu apoderar,
No teu penetrar...
E assim,
No culminar do prazer,
Dentro de mim,
Te fazer jorrar.

Cat.

2018.07.31

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Inundar-te

“Inundar-te uma e outra vez” -
Sussurras-me ao ouvido.
A face ruboriza, num misto de vergonha e de excitação.
E o olhar fixa-se nos teus olhos,
Na tua boca entreaberta
E o teu hálito chega até mim,
Quente e húmido.
Na minha mente, nada mais do que
O quanto desejo provar a tua língua.
O respirar torna-se desritmado,
Fazendo-se sentir mais forte.
O deslizar dos teus dedos na pele
Arrepia-me e,
Sob a blusa os mamilos tomam forma,
Prenúncio do quanto te desejo.
Já não me interessam os preliminares,
Já não fazem qualquer sentido...
Já só te desejo perceber
O sabor,
O toque,
O quanto de mim podes obter...
E eu quero dar-me. Toda. Por inteiro.
E eu quero receber-te. Todo. Por inteiro.
E de ti inundar-me.
Uma e outra vez...

Cat.
2018.07.31

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Imersa

Imersa no suor dos nossos corpos
Que ora lânguida ora sofregamente
Deslizam,
Esfregam,
Roçam um no outro.
Molhada pelo salivar do
Teu beijo,
Da tua língua que me prova o sal,
Que me prova o sabor do sexo
Excitado pelo teu
(Tão perfeito)
Toque.
Abrir-me e receber-te,
Sentir-te pulsar dentro de mim,
Tomares-me toda
Num todo carregado de sentires,
Cheia de ti.
Estremecer, arrepiar,
Gemer, gritar,
E,
Num momento único,
Dar-me-te,
Inundar-te de mim,
Num intenso orgasmo,
Que me abala,
Uma e outra e outra vez!

Cat.

2018.07.30