sexta-feira, 7 de junho de 2013

É a vontade

É a vontade
Que me invade o corpo,
Que me atormenta a pele,
Que me queima a carne.

É a vontade
De me entregar por inteiro,
De me dar-te sem receio,
De me perder nas tuas mãos,
No teu devaneio.

É a vontade
Que comanda o querer te pertencer,
Sem fronteiras te oferecer,
Num premeditado impulso lascivo
De só desejar ter prazer.

É a vontade
De um corpo que aclama
Por tua pele na minha colada,
Por teu sexo no meu,
Completa e totalmente,
Penetrada,
Tomada,
Amada.
 
 
6.jun.13

quinta-feira, 6 de junho de 2013

É no teu corpo

É no teu corpo
Que o meu se encontra,
Em lugares que desconheço,
Em pontos onde me enlouqueço.


É no teu corpo
Onde a minha pele renasce,
De encontro ao teu gosto,
Ao sabor do teu tempo.

É no teu corpo,
Onde mergulho sem receio
Num navegar sem rumo,
Sem metas,
Apenas ao gosto de um simples devaneio.

É no teu corpo
Que o meu ondula ao sabor do teu,
Onde és guia e eu te sigo,
Onde comandas sem freio.

É no teu corpo
Que o meu se junta,
Unos nesse momento
Pleno de magia,
Carregado desse sentir
De entrega e recebimento.

É no teu corpo
Que descubro o prazer intenso
De amar e ser amada,
De desejar e ser tocada,
E onde adormeço,
A ti abraçada, ao longo da madrugada.


4.Jun.13

É na pele

É na pele,
Que o desejo se mostra,
Em ondas de arrepios
Ao passar do teus dedos.
É na pele,
Que o ardor de te querer
Se apresenta sem remorsos
Ao deslizar da tua boca.

É na pele,
Que enlouquece e estremece,
Sem medos ou dúvidas,
Ao molhar da tua língua.

É na pele,
Que respira o teu odor
Misturado no meu,
O teu suor com o meu calor,
Que me faz pertencer-te,
Ser tua.
É na pele,
Deste corpo que te anseia,
Neste paladar que te saboreia,
Nesta carne que te recebe,
Todo,
Inteiro,
Cá dentro,
Que se faz a entrega do meu ser,
Que se perpetua o enaltecer
Do nosso imenso Amar.


4.Jun.13

Tempo


Tempo,
Que se escorre pelos dias,
Que foge do meu alcance,
Que passa sem piedade
De quem sofre.

Tempo,
Destruidor de sonhos,
Inimigo de quem espera,
De quem desespera pela hora da entrega.

Tempo,
Insensível ao sentir
De quem sente a falta,
De quem deseja rever,
De quem avança nos dias
E apenas os quer retroceder.

Tempo,
Que depois de passado
É impossível de recuperar,
De alterar,
De voltar a passar.
Tempo,
Minutos que são silêncios
Outrora infindáveis dos sons de nós dois,
Agora, são memórias,
Apenas e simples recordações.

Tempo,
Que não volta,
Que não se suspende
Neste passar dos dias
De quem, por vezes, se arrepende.


31.Mai.13