terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Momentos sonhados


Há momentos em que os minutos se demoram por tempo indefinido num rodopiar demasiado lento para a dor que nos devora, consome cá por dentro.
Momentos em que a espera pelo terminar dessa hora é demasiado pesado e nos impede de andar, de fazer o tempo rodopiar numa dança, que de passos iguais, se torna mecânica, automática, irreflectida e de assim, desta simples forma, passar despercebida.
Há momentos que por mais que se deseje que passem na brisa do vento como doce e suave carinho no rosto, ameno afago no quente corpo, essas horas feitas dias nos marcam de forma indelével não a pele mas o coração.
Marcas que se vão aprofundando num vincar que se julga não ter fim, num sulcar abismos infindáveis de dúvidas e incertezas.
Mas há momentos em que tudo termina. Em que as horas passam a segundos, em que tudo voa, se dissipa e renova de esperança e de certezas no caminho a seguir.
Há momentos que marcam a diferença e esse momento chega carregado de sonhos impossíveis que nos fazem avançar e acreditar.
E tu, tu és o meu sonho mais real...


segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Arrebata-me!



Arrebata-me!
Prende-me no teu olhar,
Imenso, profundo como o mar,
Onde me perco sem medo,
Onde me entrego sem pejo,
Onde o corpo apenas
Cede,
Consente,
Permite destapes a pele,
Que com teus dedos
Me sintas o arrepio
Por entre os seios
Desejosos da tua língua
Quente,
Húmida,
Sábia no deslizar.
Arrebata-me!
Toma-me nos braços,
No teu peito,
No teu corpo carregado
De gotas de sal suado
Com o meu misturado.
Arrebata-me!
Sem pudor,
Sem medos,
Enche-me de todo o teu sabor
Que na minha boca
Vens depositar
Deliciando-me,
Arrebatando-me...

04/01/2013