quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Tempo...

Tenho o tempo na mão,
Fechada,
Aberta,
Controlada.
Vou deixá-lo escorrer
Por entre os dedos
Fazê-lo voar,
Nas horas vazias,
Longas,
Dispersas,
Sufocantes, sem ar...
Essas em que não estás,
Em que não te sinto,
Em que não te vejo,
Em que o tempo demora,
É longo a passar.
Tenho o tempo na mão,
Preso, infindo,
Parável, suspenso,
Nas horas em que penso
Que o tempo é nosso amigo,
Que vai durar eterno,
Seguro por um simples dedo.
E mesmo preso na mão,
O tempo é fugidio,
Espalha-se, perde-se nos minutos,
Rápidos,
Velozes,
Mais do que a fúria dos rios.
Sempre ao invés,
Sempre contradição,
Tenho o tempo na mão,
Mas não mão no tempo...

02/02/2012

Hoje viajo ao som de...


Dial up my number now
Weaving it through the wire

Switch me on
Turn me up
Don't want it Baudelaire
Just glitter lust
Switch me on
Turn me up
I want to touch you
You're just made for love

I need la la la la la la
I need ooh la la la la
I need la la la la la la
I need ooh la la la la...

Coils up and round me
Teasing your poetry
Switch me on
Turn me up
Oh child of Venus
You're just made for love

I need la la la la la la
I need ooh la la la la
I need la la la la la la
I need ooh la la la la...

You know I walk for days
I wanna waste some time
You wanna be so mean
You know I love to watch

I wanna love some more
It'll never be the same
A broken heel like a heart
I'll never walk again

Yeah!

I need la la la la la la
I need ooh la la la la
I need la la la la la la
I need ooh la la la la...

Avanço...

Avanço sem receio,
Do futuro que me espera,
Deixando pelo meio,
Sonhos que se foram, num segundo.
Que larguei de mim,
Perdidos no caminho,
Que outrora fazia sentido,
Agora meras e
Pequenas memórias,
Gravadas no corpo e
Soltas na estrada.
Meras partes de mim,
Caindo,
Morrendo...
Soltando-se assim
Pedaços de um puzzle
Que muda a cada dia,
Que se re-inventa a cada passo,
Apenas alimentado
Pela louca e insana esperança,
De no fim desse trilho,
Te encontrar ligado ao meu destino...

02/02/2012

Só...

Hoje estou só,
No meu mundo,
Sem vento ou calor,
Sem rio ou sem mar.
Eu, apenas eu, no meu mundo.
Mundo de cor cinzento,
Sem sentido,
Sem fundo ou finito,
Só corpo sem alma.
Vazia.
Oca.
Sem pensar.
Sem sentir.
Sem ouvir o silencio das folhas
Que se soltam e voam,
Caindo leves no chão.
Como queria ser folha,
Desprender-me,
Ser livre,
Voar ao sabor do vento,
Sem rumo,
Leve e solta,
Cair a qualquer momento.
Flutuar sem medo do abismo,
Sem medo de avançar,
Dar passos seguros,
Sem medo do futuro,
Sem medo de falhar...

02/02/2012