E o corpo abrandou do ritmo alucinado do dia que correu longo, acelerado e intenso, no quarto onde os sons que tomam conta da noite ja se instalaram.
E o corpo descontrai em suaves movimentos que desprendem a pele das roupas quentes, demasiado quentes para uma noite de quase Verão.
Desabotoam-se os tecidos, deslizando suave, caindo no chão, um a um, deixando um rasto de tons carmim até ao local onde todos os odores do dia se perdem com as gotas de duche que no corpo quente caiem frias.
Muitas.
Fortes.
Intensas que arrepiam os poros e recordam os toques dos teus dedos, fortes, comprimindo ou deslizando pelas costas, descendo até às nádegas, apertando-me as coxas, que uno, com a força do desejo, da vontade que te tenho.
E o sabor do teu beijo invade-me o gosto da boca, percorre-me a tua língua na minha e sinto-te pleno nos dedos que são meus e imagino teus, que se encaixam em recantos que meus, são apenas teus e dou-me, assim, sob a chuva de água que cai em mim, a ti.
Pensamento que me toma, controla...
Saudades de ti.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
Pecado
E o teu toque me enlouquece,
Me desnorteia,
Me endoidece,
Deixa-me fora de mim,
Sem pensamento coerente,
Sem outra vontade que nao seja
Ter-te em mim!
Abracar-te,
Puxar-te,
Beijar-te vezes sem fim,
Deixar as linguas seguir curso,
Nesse intenso frenezim
De se entrelacarem,
Saboreando-te em mim!
E a tua pele quente,
Suave,
Carregada do teu odor,
Que me inebria,
Me enche de um torpor,
Que tolda os sentidos.
Es um pecado que me atormenta,
Que me invade a cada beijo,
Que me vicia cada vez mais,
Que quero meu, sem demora...
2012/06/18
Me desnorteia,
Me endoidece,
Deixa-me fora de mim,
Sem pensamento coerente,
Sem outra vontade que nao seja
Ter-te em mim!
Abracar-te,
Puxar-te,
Beijar-te vezes sem fim,
Deixar as linguas seguir curso,
Nesse intenso frenezim
De se entrelacarem,
Saboreando-te em mim!
E a tua pele quente,
Suave,
Carregada do teu odor,
Que me inebria,
Me enche de um torpor,
Que tolda os sentidos.
Es um pecado que me atormenta,
Que me invade a cada beijo,
Que me vicia cada vez mais,
Que quero meu, sem demora...
2012/06/18
Olhar-te
E não há como olhar-te nos olhos,
Mergulhar nesse teu olhar,
De mar e de ilusões,
E deixar-me levar,
Nessas tuas ondas de paixões.
Sentir-me navegar,
Sem saber o destino,
Sem ter rumo,
Perder-me em ti,
No teu mundo,
Sem receio, sem temor,
Saber que me guias,
Que me orientas o caminho.
Olhar-te é como sentir-me em casa,
Certa que estou segura,
Que nada me atormenta,
Que nenhum mal aqui perdura,
Que tudo se perdoa,
Que tudo se permite,
Que segredos são desvendados
Ao sabor de um beijo que trocamos.
Em ti, no teu olhar me perco,
Me entrego toda,
Por inteiro,
Por completo,
Desarmada, sem fingimento,
Sem vontade de fugir do que sou,
Do que posso dar,
Do que quero receber!
Olhar-te e em ti me perder, e sem duvida, me encontrar!
2012/06/18
Segredo
Oiço ao longe vozes que falam em surdina, contando segredos que soltos ao vento quente da noite, são como folhas frescas ondulantes que nos levam para longe.
Vou contar-me a este vento, calada, em silencio, gritando sem que se ouca e quando chegar, me soltar e libertar, ser palavra ouvida, falada e sentida nesse imenso lugar onde cabem todos os segredos que esses teus olhos cor de mar sabem de cor, quero em ti ser eu e apenas tua.
Vou indicar-lhe o caminho, sem erro, falha ou demora, tenho urgência em chegar ao destino, de a ti me dar, de em ti me largar e nunca, nunca mais te soltar...
2012/06/17
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