quinta-feira, 15 de abril de 2021

Fechar os olhos


 

Fechar os olhos.
Sentir o vento brincar por entre os meus cabelos.
O sol, já na hora de dizer adeus ao dia e a mergulhar no mar, aquecendo-me o rosto.
Fechar os olhos.
Trazer à memória recordações de momentos em que o sorriso viveu nos meus lábios.
Pessoas e almas que fizeram de mim o que sou. Quem sou.
Fechar os olhos.
Sentir que apesar do que já há em mim, há muito mais para (re)viver.
Saber, neste momento, que ainda cabe tanto em mim!
Que ainda posso ser mais.
Melhor. Tão melhor do que sou.
Fechar os olhos e enquanto o dia dá lugar à noite, num ciclo infindável, também eu, na minha pequenez, no meu pequeno mundo, posso, a cada dia, crescer.
Fechar os olhos e saber, ser tão certo como o meu respirar.

Cat.
2020.06.30

quarta-feira, 14 de abril de 2021

No nosso amar


 

Sentir
O corpo estremecer
Com o toque da tua mão.
Sentir
A pele arrepiar
Com o toque dos teus lábios.
Sentir
O desejo a aumentar
Com a tua língua, em mim,
A deslizar.
Sentir
O querer(te)
Ter,
Pertencer,
Tua ser,
Nos teus braços, abraços, penetrar,
Deixar-me perder.
Sentir
No nosso amar
A plenitude de
Mulher ser!


Cat.
2020.07.04

Mergulhar de novo


 



Mergulhar.
Preciso voltar a mergulhar.
No teu corpo, impregnar-me do teu odor, voltar a sermos dois num só.
Entregar-me sem reservas, sem medos, sem arrependimentos ou vergonha.
Mergulhar.
Nas tuas mãos e ser fonte do teu prazer.
Na tua boca e seres fonte do meu prazer.
Unir o teu desejo à minha vontade e fazer nossa a palavra luxúria.
Mergulhar e ser mergulhada.
Inundar(te) e (por ti) ser inundada. De gotas do nosso suor, do líquido do nosso amar. Na pele, a escorrer.
Mergulhar, depois, nesse abraço que torna tudo mágico.
Mergulhar nesses teus olhos cor de mar e, de novo e outra vez, voltar em ti, a mergulhar...


Cat.
2020.06.30

terça-feira, 13 de abril de 2021

Algo único


 


A vida é algo único.

Por muito que tentemos, dá-nos sempre a volta e é um constante rodopio que nos deixa, muitas vezes, tontos e sem rumo ou sentido.
Há oito anos, neste mesmo dia do mês, escrevia textos de forma quase desesperada.
Textos de dor, de adeus, de querer salvar-me e o que não tinha salvação. Não tinha nada que me prendesse, me fizesse ficar, me acalmasse o vazio, cá dentro, do corpo e da alma.
Hoje vivo uma vida tão diferente, tão mais preenchida de tudo o que importa. Mas acima de tudo, cheia de um amor incondicional, único, presente, preocupado e altruísta. Um amor de conto de fadas, com o melhor companheiro que poderia ter.
A vida não é só rosas, também há espinhos. A nossa não é diferente, também temos momentos menos bons e já passamos por tanto juntos. E tudo isto nos fortaleceu, nos uniu e te tornou no que sempre desejei: no meu (im)perfeito companheiro e grande amor da minha vida.
É graças a ti que, apesar das ausências que jamais o deixarão de ser, que as lágrimas que me escorrem pela face, que a dor se apodera de mim e me esvazia do que sou, da pessoa por quem te apaixonaste, eu ainda não me afundei por completo.
Pela tua mão sempre presente.
Pelo teu amor incondicional.
Pela tua paciência quando choro sem conseguir explicar e, ainda assim, sem questionar, me abraças e me fazes querer sorrir e a viver voltar.

É engraçada a vida... E a mente da gente.
Há oito anos desesperava por me sentir desprezada. E chorava.
Hoje, também choro.
Porque há marcas demasiado profundas.

Mas, sobretudo, quero que saibas que, também e muitas vezes, choro porque te tenho a meu lado.
Amparando-me nos trambolhões da vida.
Abraçando-me quando quase me afogo.
Amando-me com todas as minhas fraquezas.
Porque sem ti, não há rumo, futuro ou o quer que seja.
Apesar de não to estar a conseguir mostrar como me preenches as horas, os vazios, os dias, o respirar e a minha vida.
Jamais deixarei de te amar, só para que saibas.


Cat.
2020.06.29