Espero-te.
Num misto de ansiedade e desespero. Sim, desespero. Mas daquele
bom, do que nos deixa um frenesim no corpo, o coração a bater acelerado.
Saudades de te sentir entrar e o teu aroma tudo, à tua volta
inundar e até mim chegar.
Do teu toque. Preciso, certeiro, único no me fazer despertar
os sentidos, que quando não estás, ficam quietos, adormecidos.
Do teu beijo. E do teu sabor. E do teu calor húmido saindo
por entre os lábios, num língua sedenta de mim. Esfomeada da minha pele, da
minha carne, do meu gosto e do meu prazer.
Espero-te.
Num misto de desejo e expectativa. E não, nunca me
desiludes. Mesmo quando os beijos são serenos e ternos. E o teu olhar se perde,
demorada e apaixonadamente, no meu.
Sempre, tenho sempre esta necessidade de ti. Como do ar para
respirar. Como do coração a bater. Como do alimento para não morrer.
Louca, pensas. Louca, sim. Por tudo que me fazes sentir. Por
tudo que me fazes viver. Por tudo que me fazes acreditar e sonhar e querer e
fazer.
Tudo. Desde o que de mais banal um casal pode partilhar às
mais insanas entregas e fantasias.
Espero-te.
Sem receio do que hoje possas ser, do que amanhã me irás
fazer, do que poderás um dia vir a matar por culpa do que quer que seja.
Hoje espero-te. Como nunca por alguém, ou por ti, já antes esperei...
18.Jan.2016