quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

A ti Mãe... III



Mais do que a tua falta, dos teus beijos ternos e carinhosos, dos teus abraços acolhedores e protectores, das tuas palavras simplesmente sábias; sinto falta dos teus pormenores.
Daqueles detalhes que são tão e apenas teus.
Dos teus olhos de um azul acinzentado como o céu depois de uma chuva de Outono.
Das tuas unhas perfeitas mesmo que nunca desses trabalho às meninas que insistem em nos colorir com o verniz sensação da estação. (E a inveja que tenho disso: as minhas não passam de uns gafanhos tortos e quebradiços.)
Do teu cabelo com uns trejeitos que te tiravam do sério por não ser liso ou encaracolado: andava ali no meio, ondulando ao sabor da sua própria vontade.
Da tua voz... De te ouvir chamar por mim, com aquele tom que apenas quem ama incondicionalmente tem.
Do bater do teu coração, de encostar o ouvido ao teu peito e tudo no mundo parar, de todas as dores, as minhas dores, sararem.
Sinto falta de te saber perto, presente e constante na minha vida.
Sinto falta de (me) partilhar cada lágrima sombria e cada lágrima de alegria.
Sinto falta de tudo em ti. E começam-me a faltar os pormenores de ti.
Mas nunca, nunca te esquecerei e para sempre te amarei.
Porque nunca, mas nunca se esquece quem nos deu a vida...


13.Jan.2016

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