terça-feira, 24 de novembro de 2015
Odeio-te
Odeio-te.
Às vezes odeio-te ao ponto de querer bater-te. De querer trincar-te todo. De raiva,de um ódio que me sobe das entranhas. Que me enche por completo.
Às vezes odeio-te tanto que só me apetece mandar-te embora. Desistir de tudo. Viver só mas tranquila, sem este sentir que me mata e definha. Deixar de me sentir inútil e pequenina. Deixar de me sentir culpada sem ter culpa alguma.
Odeio-te.
Às vezes odeio-te ao ponto de odiar a mim mesma. Esta imperfeição de ser gente que odeia e ama e sente.
E por isso pareço demente, neste limbo de sentimento. De não te querer e desejar ter-te sempre presente.
Odeio-te.
Às vezes odeio-te. Quase tanto quanto te amo...
22.Nov.2015
Ridícula
Choro com pena de mim. Ridículo!
Choro com a ausência de ti. Ridículo!
Sofro por ser assim. Ridículo!
Sofro por depender de ti. Ridículo!
E há a culpa quando nem disso se trata. Ridículo!
E há o desespero de querer mudar. Ridículo!
E eu a querer ser perfeita. Ridículo!
E a aumentar a imperfeição. E a insegurança. E o não gostar de mim. Ridículo!
E a dúvida de não ser o melhor que sei.
E a certeza de ser o melhor que sou.
E o ciclo completou: choro com pena de mim.
Ridícula. Não há pessoa tão ridícula como eu.
22.Nov.2015
Thoughts XXIX
Porque morta já eu estou.
Porque a vida já não vive em mim.
Porque o tempo já não é de viver. É de aos poucos me deixar morrer.
22.Nov.2015
Não há viver sem ti
Não há viver sem ti...
Há uma estranha forma
De os dias passarem,
Envoltos nessa norma
De todos iguais serem.
Há sim, um passar de horas
Perdido em cenas de um filme
Igual, compassado e sem demoras,
E tudo é inerte, incólume.
As pessoas são meros transeuntes
Num passeio de rua, para mim vazia,
Meros passageiros, por mim passantes,
Num dia de sol parecendo chuva fria.
E eu preciso-te,
Do perigo que me és,
Na alegria no meu olhar-te,
Do me sentir voar, mesmo com a terra aos pés.
Não, não há viver sem ti.
18.Nov.2015
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