terça-feira, 24 de novembro de 2015

Ridícula


Ridícula. Não há pessoa tão ridícula como eu.
Choro com pena de mim. Ridículo!
Choro com a ausência de ti. Ridículo!
Sofro por ser assim. Ridículo!
Sofro por depender de ti. Ridículo!
E há a culpa quando nem disso se trata. Ridículo!
E há o desespero de querer mudar. Ridículo!
E eu a querer ser perfeita. Ridículo!
E a aumentar a imperfeição. E a insegurança. E o não gostar de mim. Ridículo!
E a dúvida de não ser o melhor que sei.
E a certeza de ser o melhor que sou.
E o ciclo completou: choro com pena de mim.
Ridícula. Não há pessoa tão ridícula como eu.


22.Nov.2015

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