A tarde avança no seu correr habitual, com as horas a durarem o mesmo de sempre e os minutos a dominarem o tempo sem que passe ou avance mais ou menos devagar.
Não é Verão e o rio está da mesma cor do céu: um cinza sem vida, sem brilho, sem luz, sem chuva. Apenas se vislumbra vida quando as embarcações dão um ar da sua graça, movimentando, agitando e criando abstractos desenhos ondulantes nas sua...s águas.
Não há cheiros no ar, que o vento hoje está adormecido.
Não há pássaros a chilrear, que o sol não os convida a cantar.
Não há fotografias nas margens, que as cores das paredes das casas empalidecem.
Há contudo, uma letargia que se entranha em tudo. Como se fosse uma névoa, escurecendo, adormecendo, fazendo perder a vida em tudo quanto toca no seu quase imperceptível avanço.
Uma letargia que também me conquista, me desanima, me conquista numa guerra surda que não se faz sentir.
E o corpo apenas reage ao que olhos vão desvendando por entre o cinza, por entre os baços brancos e azuis quase mortos. E parece que pouco há para ver, que pouco há para sentir, que muito pouco há para viver... E o coração quase pára. Quase desiste de bater. Quase se deixa levar pela vontade de não resistir, de não querer vencer.
Quase.
Quase. Porque o (sobre)viver depende sempre de nós. Depende sempre do que há cá dentro do peito. E se há dias em que parece vazio, apertado e estreito, caregado de solidão ou tristeza infinita, outros há em que a vida mais alto grita, em que a vontade se agita e o sangue fervilha!
Não importa o dia lá fora.
Não importam as presenças ou as ausências, o brilho ou a escuridão, a felicidade ou a solidão. Importa o que sou e o que dou. Importa a diferença que faço no meu (tão pequeno e ínfimo) Mundo, na pessoas que amo.
E eu amo! Tanto que eu amo! Com todos os poros do meu corpo, com toda a força do meu ser, com todo o amor que a Alma pode conter!
E eu amo! Tanto que eu amo! E isto, por si só, é suficiente para querer voltar a viver.
Não é Verão e o rio está da mesma cor do céu: um cinza sem vida, sem brilho, sem luz, sem chuva. Apenas se vislumbra vida quando as embarcações dão um ar da sua graça, movimentando, agitando e criando abstractos desenhos ondulantes nas sua...s águas.
Não há cheiros no ar, que o vento hoje está adormecido.
Não há pássaros a chilrear, que o sol não os convida a cantar.
Não há fotografias nas margens, que as cores das paredes das casas empalidecem.
Há contudo, uma letargia que se entranha em tudo. Como se fosse uma névoa, escurecendo, adormecendo, fazendo perder a vida em tudo quanto toca no seu quase imperceptível avanço.
Uma letargia que também me conquista, me desanima, me conquista numa guerra surda que não se faz sentir.
E o corpo apenas reage ao que olhos vão desvendando por entre o cinza, por entre os baços brancos e azuis quase mortos. E parece que pouco há para ver, que pouco há para sentir, que muito pouco há para viver... E o coração quase pára. Quase desiste de bater. Quase se deixa levar pela vontade de não resistir, de não querer vencer.
Quase.
Quase. Porque o (sobre)viver depende sempre de nós. Depende sempre do que há cá dentro do peito. E se há dias em que parece vazio, apertado e estreito, caregado de solidão ou tristeza infinita, outros há em que a vida mais alto grita, em que a vontade se agita e o sangue fervilha!
Não importa o dia lá fora.
Não importam as presenças ou as ausências, o brilho ou a escuridão, a felicidade ou a solidão. Importa o que sou e o que dou. Importa a diferença que faço no meu (tão pequeno e ínfimo) Mundo, na pessoas que amo.
E eu amo! Tanto que eu amo! Com todos os poros do meu corpo, com toda a força do meu ser, com todo o amor que a Alma pode conter!
E eu amo! Tanto que eu amo! E isto, por si só, é suficiente para querer voltar a viver.
11.Agosto.2015