quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Saudades

 
 
 
 
 
Há ausências demasiado grandes
Que se revelam, não no tempo,
Não no passar dos dias,
Mas nas saudades.
Ausências que a memória
Se recusa a apagar,
Se nega a esquecer,
Se obriga a lembrar.
O toque dos lábios nos dela,
A saliva quente na sua mesclada,
O gosto de um beijo,
Único, de bocas que se conhecem.
O odor dos corpos acabados de se amar,
Nessa união de vontades,
Nessa fusão de prazeres.
O som da sua voz debitando palavras,
Soltando sorrisos,
Falando de sonhos com ela partilhados.
O toque das mãos roçando no rosto,
Acariciando o cabelo,
Enquanto mergulham olhos nos olhos,
Como se as Almas fossem
De um azul mar, profundo.
E as saudades são muito mais reais que
Recordações gravadas na pele,
Feridas abertas nos corações
 
 
04.Set.2014
 

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

XXIV Verdade Irrefutável


Muitos podem ter o meu corpo... Poucos terão a minha Alma, pois que nela está o meu mais precioso bem: este amor incondicional por quem me ocupa o coração!


01.Set.2014

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Quase não tem valor









Há uma brisa no ar
Que a envolve nesse aroma
Que a faz viver o amor
Desse homem que ela relembra.
O paladar desperta o gosto
De beijos trocados ao luar,
De abraços que foram demasiado curtos,
Que desejaria ter feito durar.
A pele volta a arrepiar
Ao imaginar os seus dedos,
Deslizando ágeis, certeiros,
Pelo seu corpo a desenhar
Tatuagens fictícias de fantasias
Que na cama de ambos tinham lugar.
E o corpo padece da ausência
Como a Alma desse amor,
O coração apenas bate
E a vida,
Essa,
Quase não tem valor...










11.Agosto.14

Para sempre, perdida



E o medo invade-a
Como uma onda que se agiganta,
Dentro do corpo,
Crescendo intenso até à garganta.
O medo de ser esquecida,
Mais uma no rol das amadas,
No desfile de mulheres deitadas naquela cama,
Sem mais nada que lhes una as almas.
Medo de agora ser um retrato,
Guardado sem zelo,
Perdido no meio de outros tantos,
Guardados na memória do que foram um dia.
Medo de não já não ter importância
O que lhe chamaram um dia:
Deusa, Mulher perfeita,
Insubstituível e magnífica...
Mas sobretudo medo,
Medo de que este amor por ele não passe,
E ela fique nele,
Para sempre,
Perdida.



4.Agosto.14