quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Para sempre, perdida



E o medo invade-a
Como uma onda que se agiganta,
Dentro do corpo,
Crescendo intenso até à garganta.
O medo de ser esquecida,
Mais uma no rol das amadas,
No desfile de mulheres deitadas naquela cama,
Sem mais nada que lhes una as almas.
Medo de agora ser um retrato,
Guardado sem zelo,
Perdido no meio de outros tantos,
Guardados na memória do que foram um dia.
Medo de não já não ter importância
O que lhe chamaram um dia:
Deusa, Mulher perfeita,
Insubstituível e magnífica...
Mas sobretudo medo,
Medo de que este amor por ele não passe,
E ela fique nele,
Para sempre,
Perdida.



4.Agosto.14

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