Escorre-me
Pela pele molhada,
De gotas salivada,
A ânsia do teu querer.
Escorre-me
Pelo corpo a vontade,
De sentir a tua boca
Lânguida,
Demorada e lenta,
Desenhando-me desejos.
Escorre-me
Pela carne o tesão
De me querer em ti perder,
De te querer em mim a entrar,
A tomar,
A me fazer te pertencer.
Escorre-me
Pelas entranhas o líquido
Que louca,
Demente e
Insanamente
Em mim derramas,
Num momento
Em que os corpos
São apenas e tão somente
Um.
13.Maio.2014