terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Vazio silêncio.




Vazio que me entorpece,
Que me invade o corpo
E me suga a Alma,
Despojando-me de sentir
Sonhos e lembranças,
Desejos e esperanças
De dias que ainda tenho para viver.

Silêncio que me atormenta,
Que me inunda os sentidos
E me adormece o pensar,
Tirando-me o raciocínio
De saber o que quer,
De recordar o que já fui.

Vazio que as horas teimam
Em deixar solto,
Navegando num corpo
Inerte,
Rendido ao correr
De um tempo
(Quase) perdido.

Silêncio em que tento,
No meio dos seus não-ruídos,
Perceber o que vem de ti,
O ouvir do teu sorrir,
O som do teu olhar,
O barulho dos teus dedos
Na minha pele a deslizar.

Um vazio silêncioso
De todo o teu sabor,
De todo o teu calor,
De todo o suor
Escorrido de mim,
Imiscuído em ti.

Um silêncio vazio
De todo o teu som,
De todo o teu sorriso,
De cada um dos gemidos
Por ti gritados ao meu ouvido.

Vazio,
Silêncio,
É o que sinto quando não estou contigo.
 
 
14.Fev.2014

Escreve

Escreve, com as pontas dos dedos,
Na pele
Quente,
Arrepiada,
Palavras de amor
Invisíveis aos olhos de outros,
Apenas possíveis de ler
Por quem ama de forma igual,
Por quem sente com a mesma intensidade,
Por quem promete continuar a escrever
Sempre esta mesma verdade:
De se pertencerem,
Nesta cama e por toda a eternidade!
 
 
13.Fev.2014

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Já te disse?

 



Já te disse?
Que os dias só têm sol
Quando o teu sorriso,
Cheio de alegria,
Me recebe.

Já te disse?
Que as horas voam
Sem que o tempo tenha a sua posse,
Quando o teu olhar,
Apaixonado,
Se cruza com o meu.

Já te disse?
Que os minutos são imparáveis,
Impiedosos e insuficientes,
Quando o teu abraço,
Carregado de amor,
Se entrelaça nos meus braços.

Já te disse?
Que as noites tardam em chegar,
Demoram-se a permitir
O momento de te amar,
O momento de te sentir
O gosto dos beijos no paladar,
O cheiro que é teu e me inibria,
O toque da tua pele,
Roçando a minha,
Levando-me ao êxtase
De te pertencer,
De me fazeres a tua raínha.

Já te disse,
Que te amo com toda a minha força,
Que te desejo com todos os meus poros,
Que te pertenço com todo e cada
Respirar deste meu corpo.
Já te disse?


12.Fev.2014

Na pele




Há na pele um fervilhar,
Um estremecer,
Um arrepiar
Sob o suave deslizar
Do toque de dedos
Que marcam o corpo,
Que acordam desejos,
Que me invadem de fantasias,
Intensas,
Imensas,
Despertas pelo frenesim
Do percorrer-me os pontos certos.

Há na pele um chamamento,
Um desejo que se sente,
Um querer o toque
Quente,
Premente,
De mãos que sabem caminhos,
Que abrem novos trilhos,
Que seduzem e induzem
O sentir na conquista,
Na meta do prazer.

Há na pele a marca
Da insana loucura
Do nosso amar,
Do nosso pertencer,
Do nosso nos dar,
Entregar,
Tomar,
Receber.

Há na pele o teu nome gravado
Em beijos que nunca cessam,
Em abraços que são eternos,
Em palavras sussurradas
Na emoção do gemer dos nossos corpos,
Na emoção do falar dos nossos olhos!
 
10.Fev.2014