quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Thoughts XXV





Permite que o Teu sabor perdure para sempre nos meus lábios...
Que nunca se acabem os nossos beijos!
 
 
06.Fev.2014

Saudade é...


A saudade
Cheira a mar revolto
Batendo em turbilhão
Na areia,
Num dia de Inverno.
Cheira a flores frésias
Regadas de orvalho
Numa morna manhã de primavera.
 
A saudade
Sabe a frutos maduros
Escorrendo sucos
A cada trinca.
Sabe a vinho
Despreocupadamente bebido
Em redor de uma conversa
Inaudível,
Feita de palavras escritas
Pelo olhar.
 
A saudade
É o sentir o coração
Acelerar perante o teu olhar.
É sentir a pele arrepiar sob
O comando dos teus beijos,
Na minha boca,
Na minha língua
A tua a brincar.
É o sentir o meu corpo
A desejar o teu,
Humedecendo-me,
Excitando-me a cada toque,
A cada deslize de cada dedo teu.
É o sentir-me entregue,
Sem reservas a cada desejo,
A cada vontade e capricho que tenhas.
 
A saudade
É pertencer-te,
Por completo,
De corpo e Alma,
É ter-te aqui tão perto,
E já te sentir a falta.
 
 
02.Fev.2014

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Gosto tanto disto...







I’ve seen the highs, i’ve hit the lows
You can’t surprise me, i’ve seen them coming, i’ve seen them go
But it feels like there’s something , a fire in the distance that won’t go out
It’s fast and it’s dangerous, a mystery running deep underground

I’ve loved and lost, i held the cross, i’ve seen it all
I wore the clothes, i hit the ropes and still i stood tall
And it feels like there’s someone who’s still waiting for me to come around
And i see your hands but it’s so hard to find your face in the crowd



I wanna be there when the horses are running
I wanna see your smiling face in the morning
I wanna be there when you wake up, wake up
I wanna hear you when you call me
Now will you call me?



My hands are tired, my weary soul
The hard lessons, i took them in just to let them go
And it feels like i’m closer, a peasant parading next to the crown
And i’m touching the sky but i can’t seem to lift my feet of the ground



I wanna be there when the horses are running
I wanna see your smiling face in the morning
I wanna be there when you wake up, wake up
I wanna hear you when you call me


And there’s a sign on the wall
They’re shooting flares just like a warning to my heart
No matter where these lights are heading
I will be following that road

Now will you call me, call me?


I’m on that road

And it feels like there’s someone who’s still waiting for me to come around
And i see your hands but it’s so hard to find your face in the crowd

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Desistir

 

Desistir,
Há dias em apenas isso apetece,
Desistir.
Entregar-me ao desalento
Dos dias carregados de ausências,
Das horas em que o silêncio impera,
Dos minutos que teimam em não partir,
Em não se largarem dessa lentidão
Que me tortura,
Que me impede de olhar,
De ver o que há de bom.


Desistir,
Cair desamparada no caminho
Do não lutar,
Render-me à evidência do não vencer
E deixar-me,
Indefinidamente,
Levar pelo conformismo
Do meu perder.

Desistir,
De lutas incompreensíveis,
Feitas de batalhas mesquinhas
De sentimentos opostos,
De diferenças que parecem,
Nestes dias de perda,
Insuperáveis.

Desistir,
De mim,
Do que sou,
Das minhas crenças
E da minha forma de ser,
Fraca, demasiado fraca
Perante o meu sentir por ti,
Imensa,
Estúpida,
Incompreensivelmente maior
A cada dia que vai passando,
Tomando-me por completo,
Quase me anulando...

Desistir,
De fazer valer o amor,
De acreditar que este pode,
Mais e melhor
Que qualquer orgulho,
Qualquer palavra dita com mais furor,
Qualquer acção menos digna de louvor.

Desistir
De mim,
De ti,
De nós,
E deixar-me viver,
Sem esperança,
Sem alegria,
Viver por viver,
Como que quase a morrer.

30.Jan.2014