O dia vai começando a despontar, devagar, lento, absorvendo e tomando como seu o frio da noite. Não há sons que sejam de vida, que mostrem que a escuridão já não reina, já não assusta de tanta solidão, de tanto silêncio. Não, o dia ainda não nasceu e os seus sons mantêm-se apenas como uma longínqua recordação das minhas memórias.
Os dias são todos iguais, seguidos de noites igualmente repetidas.
Os sons são sempre cadenciados em ritmos monótonos de repetições infinitas: silêncio, chilrear, passos a caminho do emprego, risos e brincadeiras até à escola, campaínhas freneticamente carregadas sob a esperança de um abrir de porta para o som metálico das caixas do correio invadir o hall da entrada, telefones secretária a disputar com o típico toque de chegada de mail, os talheres em mesas postas e levantadas num frenezim que se sucede, de novo os telefones, o bater de portas de carros, as conversas sempre resmungando do dia, da escola, do chefe, o bater da colher de pau na panela e a varinha (pouco) mágica, as notícias sussurradas perante o (surpreendente) espanto de mais uma catástrofe, silêncio...
Não há mudanças nos sons dos dias. Para mim há apenas a forma como faço a interpretação dos sons.
Há dias em que o dançar das folhas das árvores me fazem viver.
Há noites em que a ausência do teu respirar me faz morrer.
Há dias em que o cair da chuva impede o tempo de passar.
Há noites em que o calor do teu corpo me faz acreditar que é possível sonhar.
Há horas em que me sinto apenas e somente a (sobre)viver!
Os dias são todos iguais, seguidos de noites igualmente repetidas.
Os sons são sempre cadenciados em ritmos monótonos de repetições infinitas: silêncio, chilrear, passos a caminho do emprego, risos e brincadeiras até à escola, campaínhas freneticamente carregadas sob a esperança de um abrir de porta para o som metálico das caixas do correio invadir o hall da entrada, telefones secretária a disputar com o típico toque de chegada de mail, os talheres em mesas postas e levantadas num frenezim que se sucede, de novo os telefones, o bater de portas de carros, as conversas sempre resmungando do dia, da escola, do chefe, o bater da colher de pau na panela e a varinha (pouco) mágica, as notícias sussurradas perante o (surpreendente) espanto de mais uma catástrofe, silêncio...
Não há mudanças nos sons dos dias. Para mim há apenas a forma como faço a interpretação dos sons.
Há dias em que o dançar das folhas das árvores me fazem viver.
Há noites em que a ausência do teu respirar me faz morrer.
Há dias em que o cair da chuva impede o tempo de passar.
Há noites em que o calor do teu corpo me faz acreditar que é possível sonhar.
Há horas em que me sinto apenas e somente a (sobre)viver!
22.Jan.2014