segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Oculto

Há um desejo
Oculto no meio
Do meu peito,
Que se estende
Pela pele,
Que escorre de mim,
Por mim toda.
Há um desejo
Que não controlo,
Que me enche
O pensar,
O querer
E o agir,
Sem tréguas,
Sem clemência.
Há um desejo
Que me comanda,
Me faz delirar
Só de imaginar
As tuas mãos
Nas minhas coxas,
A tua boca entre elas,
A tua língua sorvendo-me,
Degustando-me,
Provando-me.
Há um desejo
Neste corpo,
Nesta carne que anseia
Pelo teu prazer deposto,
Nos meus lábios,
Nesta boca...

7.Out.13

XVIII Verdade Irrefutável



A vida é feita de momentos e os que me são inesquecíveis, são aqueles em que me olhas e me vês perfeita, apesar de todos os meus defeitos.
 
14.Out.13

XVII Verdade Irrefutável



 Não há melhor sensação que a do teu apaixonante desejo a arrepiar-me a pele.

13.Out.13

Desilusão


A noite vive o seu momento de glória: a lua brilha sobre a névoa da madrugada, brincando às escondidas com as sombras desenhadas na calçada.
O cheiro que inunda a brisa é de orvalho e a erva molhada e o silêncio é quebrado pelo cair de uma ou outra gota que escorrem por entre as folhas das árvores ou por algum transeunte perdido no tempo que passa em passos idênticos ao passar do tempo: demasiado depressa.
Aqui, o silêncio é quem comanda, enchendo cada recanto deste quarto. E o corpo, confinado a este leito onde repouso, respira com custo, com o peso desse sentimento.
Esta noite é o silêncio que me acompanha, que me oprime e carrega o peito.
O silêncio de me confrontar com o que sou, com o que mostro e aparento.
O silêncio de perceber que são demasiadas as imperfeições.
Mas sobretudo, esse terrível silêncio que acompanha o receio da (tua) desilusão.
 
11.Out.13